Skip to main content Skip to search Skip to header Skip to footer

Às vezes é indispensável, neste mundo tão necessitado, ver as coisas sob nova luz. Novas Perspectivas é uma seção apropriado para aqueles que querem dar um enfoque especial a assuntos de interesse comum.

Você está preparado para assistir à Associação de Alunos?

Reunião de trabalho

Da edição de outubro de 1991 dO Arauto da Ciência Cristã


Sua Mala Já está feita, assim como seus planos de viagem. Já tomou as medidas necessárias para que a família receba bons cuidados, durante sua ausência. Talvez você anseie ouvir verdades espirituais que sabe serão partilhadas nesse dia. Será que é só isso que se faz necessário para você tirar o máximo proveito de uma Associação de Alunos de Ciência Cristã, a reunião anual das pessoas que fizeram o Curso Primário de Ciência Cristã com um dado professor?

Bem, esse é um bom começo. Superar a resistência à Verdade que pretende afastar-nos dessa reunião de alunos, é um passo importante. Alguns dos argumentos que dizem que não poderemos ir desta vez, talvez sejam velhos conhecidos nossos: falta de dinheiro, muito trabalho, impossibilidade de tirar férias ou de deixar a família, falta de inspiração, desinteresse pelo orador do dia, pouco proveito tirado da reunião anterior.

Considerando que a Associação de Alunos simboliza o amor de Deus, há muito mais que podemos fazer a fim de captar, em sua plenitude, a mensagem ali partilhada. Para usar uma só palavra: comunhão. A comunhão com Deus prepara o pensamento para receber a mensagem inspiradora d'Ele, a única Mente divina.

Cristo Jesus é o modelo da comunhão devota. O Evangelho de Marcos (1:35) assevera: "Tendo-se levantado alta madrugada, saiu, foi para um lugar deserto, e ali orava."

O fator-chave aí exposto é que Jesus reservava momentos especiais para afastar-se dos outros, indo a um lugar sossegado onde podia ficar sozinho para ouvir a Deus. Não era raro nem fora do comum que Jesus agisse dessa forma. Os quarenta dias que passou no deserto e a ocasião relembrada no Evangelho de Marcos, quando se levantou "alta madrugada" e "foi para um lugar deserto", ilustram momentos específicos em que Jesus buscou a comunhão com Deus. É evidente que Jesus sentia necessidade de, vez ou outra, avivar sua visão espiritual ou de se preparar para algum acontecimento vindouro.

Uma Associação de Alunos de Ciência Cristã merece que nos preparemos assim em oração. Para dar direção aos membros da Associação e encorajá-los, é costumeiro dar-se trechos da Bíblia e dos escritos da Sra. Eddy para serem estudados. Essa pesquisa pode resultar em muita inspiração, quando feita em obediência, humildade e gratidão. Levar a Deus, e à reunião, nossas dúvidas honestas, talvez ajude o ouvinte a encontrar as respostas necessárias. Fomenta-se a receptividade quando se escuta com humildade e nova inspiração, como se dava logo após a conclusão do Curso Primário de Ciência Cristã.

"As Associações de Alunos nada têm de passivo"

Durante Cerca De doze anos, na noite anterior à Reunião Anual da nossa Associação de Alunos, dois de meus familiares e eu tínhamos por hábito hospedar-nos num hotel sossegado, próximo ao local onde nos reuniríamos no dia seguinte. Aconteceu um ano que, devido a mudanças na estrutura familiar, pareceu-nos melhor ficar em casa de parentes.

As janelas do quarto em que eu iria dormir estavam trancadas e a onda de calor na cidade era a mais alta de que havia registro. Eu estava grávida de sete meses e o pequenino me fazia sentir muito o calor. Deitada em minha cama durante várias horas, sem poder dormir, fiquei irritada, achando ter cometido um grande engano em não me hospedar no hotel com ar condicionado e que se eu não conseguisse repousar, iria me sentir sonolenta durante a reunião do dia seguinte e assim perderia parte da inspiração pela qual ansiara o ano todo.

Por fim, volvi-me a Deus. Veio-me a idéia de deixar de me preocupar comigo e de orar altruisticamente pela Associação do dia seguinte. Constatei que podia fazê-lo e quase de imediato senti diminuir a anseidade. Comecei a ver que a reunião era algo bem diferente de um evento complexo, cuidadosamente planejado, em que pessoas procedentes de diversos lugares, num raio de milhares de quilómetros se congregam, por lealdade pessoal a um professor humano, dependendo de preparativos de viagem e refeições, do tempo, etc. Se a provisão quanto às associações não provinha de Deus, então não valia a pena todo o tempo e o esforço despendido para comparecer. Mas se era atividade orientada pelo Amor divino, então o amor e a simplicidade, não a preocupação e o planejamento humano, caracterizariam o acontecimento todo, inclusive os preparativos e a atenção a ser dada à Comecei a sentir que a realidade da Mente, a única Mente que é Deus, é o fato supremo que governa as idas e vindas da idéia da Mente, o homem. O crescimento espiritual marcado pela cura, é, nada mais, nada menos, do que o único propósito de qualquer aspecto do sistema educativo fundado pela Sra. Eddy. Essa era a razão de meu comparecimento à Associação de Alunos, e nada tinha o poder de separar-me desse propósito. A certa altura, adormeci suavemente.

Na noite seguinte, após voltar para casa ao término da Associação de Alunos (onde, diga-se de passagem, não senti vontade de dormir), notei algo interessante. Enquanto alimentava um de meus filhos, dei-me conta de que a gengiva da criança, que por muito tempo perdera sua cor normal (no lugar em que um dente deixara de nascer na época em que os outros dentes surgiram), havia recuperado a cor normal e um novo dente perfeito estava nascendo. Imediatamente percebi que essa cura estava relacionada com o sentimento vívido que eu tivera, na noite anterior, de que a Mente envolve de forma absoluta cada aspecto de nosso progresso e de que a cura não pode ser dissociada das Reuniões Anuais da Associação de Alunos de Ciência Cristã. Nada há de passivo na Associação de Alunos. O que dela obtemos está na proporção direta ao que nela colocamos, em termos de oração científica, tanto por nós mesmos como pela finalidade curativa impelida por Deus e que é a substância das Associações de Alunos.

UMA CARTA RECEBIDA DE SÃO PAULO

Numa ocasião, eu sabia com bastante antecedência que minha Associação de Alunos seria realizada em agosto e aguardava com um sentimento de expectativa esse momento especial, enquanto fazia os preparativos necessários e as reservas de viagem a outro continente, onde a reunião se daria. Quando recebi a notícia de que a data fora adiantada para abril, previ muitos obstáculos que impediriam minha viagem: despesas imediatas, o compromisso de lecionar, pressões por parte da família de que não viajasse naquela época e impossibilidade de conseguir reservas.

Telefonei à minha professora, que me ajudou a me libertar do sentimento de pressão para resolver a questão. Disse que eu não dependia da vontade humana para chegar lá e que não seria condenada caso não o conseguisse. Disse-me que é natural comparecer à Associação e que as coisas que interferem não são naturais. Ela me animou a deixar de lutar e a me entregar à orientação de Deus, a fim de fazer o que era certo.

Embora, naquele momento, eu não conseguisse ver o modo humano de resolver a situação, orei e, enquanto orava rebatendo os argumentos contra minha ida, eles começaram a enfraquecer cada vez mais e a sensação de que eu iria passou a ficar cada vez mais forte e estimulante. Dei-me conta de que não mudamos a lei de Deus, mas nos alinhamos com ela. Também senti que não havia necessidade de preocupar-me com dinheiro. Uma praticista ajudou-me a ver que jamais alguém pode estar separado de sua Associação. O que cada um faz para preparar-se fortalece e ajuda outros nos seus preparativos. Na realidade não dependemos dum avião, do dinheiro ou de tempo. Isso me fez sentir incluída, embora ainda não tivesse conseguido adquirir a passagem.

No dia anterior àquele em que eu esperava viajar, recebi um telefonema da agência de viagens, dizendo que dispunham de uma passagem que surgira "milagrosamente". Custava menos da metade do que eu me comprometera a pagar para a viagem em agosto, meus alunos estariam ausentes nessa mesma semana e minha família concordava com a viagem. Embora, de certa forma, isso tudo pareça milagroso, senti que era clara prova de que a lei divina do bem se manifestara.

Em anos recentes, a dificuldade de comparecer à minha Associação parecia ficar cada vez maior. Mas este ano valeu a pena tudo o que aprendi, ao preparar-me para estar presente. Aprendi quão importante é não me deixar vencer por um falso conceito de responsabilidade e de não colocar dinheiro, tempo ou raciocínio humano acima do crescimento espiritual.

DOIS MÚSICOS ENSINAM UMA LIÇÃO

Recentemente deparei com dois comentários similares, um feito por um pianista e outro por um violoncelista. Ambos diziam que não se pode esperar ser um músico muito melhor durante uma apresentação importante do que quando se está praticando o instrumento.

A observação acima iluminou-me, quando orei com relação à minha Associação. De certa forma, não podemos esperar ser Cientistas Cristãos melhores ou diferentes no dia de nossa Associação, do que somos durante o resto do ano. Não podemos nos tornar repentinamente mais santos, mais receptivos do ponto de vista espiritual, só porque assim o desejamos nesse dia.

O melhor preparo para a próxima Associação é vivenciarmos mais — a cada dia do Senhor — aquilo que gostaríamos de ser na Associação. Isso talvez requeira oração mais vigorosa, a fim de demonstrar a falta de poder de tudo o que pretenda distrair-nos ou desanimar-nos quanto ao crescimento espiritual constante. Talvez requeira amor e apoio mais sinceros ao nosso professor e menos apego e adulação pessoais. Assim seremos menos susceptíveis a uma "alta" espiritual momentânea e cíclica, no dia da Associação, seguida do previsível retorno ao status quo. Constataremos que, ao nos prepararmos, nosso pensamento estará menos preocupado com cortar o cabelo ou comprar sapatos novos e mais com orar e renovar-nos interiormente.

A santidade, aquele quê especial do dia da Associação alude ao fato de que, sem dúvida, cada dia é um dia igualmente santo, cheio de oportunidades para sermos ensinados por Deus, para acolher de bom grado o Cristo.

A primeira professora de Ciência Cristã esperava que seus alunos curassem. Aliás, durante as aulas a Sra. Eddy, às vezes, dava a cada um dos seus alunos o encargo de encontrar alguém que necessitasse de cura — e de curar essa pessoa — antes da aula do dia seguinte. Muitos alunos voltaram para casa, após terminado o curso, e logo começaram a praticar publicamente a cura Ciência Cristã.

Muitas pessoas, hoje em dia, sentem o mesmo impulso enquanto estão assistindo a uma Associação de Alunos ou fazendo o Curso Primário de Ciência Cristã. Uma senhora, que agora é praticista registrada nesta revista, recorda como começou sua prática pública:

Eu estava grávida de oito meses de meu primeiro filho. Acabava de pedir demissão de meu antigo emprego de professora, a fim de dedicar-me ao que pensei seria uma década tranqüila na qual criar meus filhos. Enquanto ouvia a mensagem inspiradora da Associação, veio-me com toda a força este pensamento: "É hora de você dar início a sua prática pública." Voltei a prestar atenção à palestra e esqueci o incidente.

Dois dias mais tarde, voltei para casa. Mal entrei e larguei a mala, o telefone tocou. Do outro lado da linha, uma pessoa me perguntou se eu estava disposta a dar tratamento pela Ciência Cristã. Para surpresa minha, aceitei o caso e logo houve uma maravilhosa cura. Isso aconteceu faz muitos anos e desde essa ocasião, o telefone não parou de tocar, com pacientes pedindo tratamento.

Para conhecer mais conteúdo como este, convidamos você a se inscrever para receber as notificações semanais do Arauto. Você receberá artigos, gravações em áudio e anúncios diretamente via WhatsApp ou e-mail.

Inscreva-se

Mais nesta edição / outubro de 1991

A missão dO Arauto da Ciência Cristã 

“...anunciar a atividade e disponibilidade universal da Verdade...”

                                                                                        Mary Baker Eddy

Conheça melhor o Arauto e sua missão.