Certa noite chovia torrencialmente e eu ia indo a pé para a igreja. A certa altura, deparei-me com uma mulher sentada à chuva, tremendo de frio. Tentei falar-lhe, mas não entendi o que ela disse, creio que estivera bebendo.
“É melhor eu ir para a igreja”, pensei comigo mesma. Não havia me distanciado muito quando me ocorreu o seguinte pensamento: “Igreja significa cuidarmos uns dos outros.” Dei meia volta, comprei algo quente para comer e o dei à mulher, que se abrigou debaixo de um pequeno toldo.
Fui para a igreja onde teria de servir como indicadora. Estava com muito frio ao chegar, completamente molhada. Ocorreram-me, então, trechos de Ciência e Saúde, de autoria da Sra. Eddy, que deixavam claro que não há nenhuma lei de Deus a afirmar que devemos ficar doentes por fazer o bem. A lei divina do bem desconhece punição por um trabalho feito com abnegação.
Ao chegar em casa, recebi o telefonema de uma colega do escritório. Estava preocupada comigo, pois sabia que eu estivera sob a chuva e o frio. Esperava que eu não tivesse me molhado muito e apanhado um resfriado, ou algo parecido. Senti-me grata pelas frases de Ciência e Saúde que me haviam ocorrido, pois já tinham me protegido quanto à preocupação de minha amiga. Eu estava, de fato, me sentindo muito bem.
Para mim é muito importante ir à igreja, mas não poderia passar ao largo de alguém cuja necessidade havia chamado minha atenção. Eu não podia ir à igreja sem antes fazer algo para amenizar essa necessidade.
Não julgueis, para que
não sejais julgados. Pois
com o critério com que
julgardes, sereis julgados;
e com a medida com que
tiverdes medido vos
medirão também.. . .
Tudo quanto, pois,
quereis que os homens
vos façam, assim fazei-o
vós também a eles.. . .
Nem todo o que me diz:
Senhor, Senhor! entrará
no reino dos céus, mas
aquele que faz a vontade
de meu Pai que está
nos céus.
Mateus 7:1, 2, 12, 21
