Locutor: Este programa é The Herald of Christian Science, levado ao ar pela Sociedade Editora da Ciência Cristã, no setor de difusão, em escala mundial, d’A Primeira Igreja de Cristo, Cientista, em Boston, Massachusetts, Estados Unidos da América.
Elliott: Meu nome é Em nosso programa de hoje, vamos ouvir um relato que mostra como é importante as pessoas encontrarem, no dia-a-dia, libertação de todo tipo de cativeiro.
Moji: Eu sou ... e está conosco no estúdio para falar sobre esse assunto.
Pat: Conversei com uma senhora que se chama Morava com a família no estado da Flórida, nos Estados Unidos e recentemente se mudou para o estado de Massachusetts. Falou-me de sua família, especialmente sobre o que aconteceu com um de seus filhos quando ele era bem pequeno. Pedi que me contasse mais sobre sua experiência.
Judy: Temos três filhos, dois meninos e uma menina. Quando um dos meninos nasceu, disseram-nos que seu corpo não teria funcionamento normal. O diagnóstico era de que não conseguiria ficar de pé, pois suas pernas não teriam força suficiente para suportar o peso do corpo e suas mãos seriam fracas demais para segurar qualquer coisa.
Pat: Esse diagnóstico foi feito por ocasião do nascimento do menino?
Judy: Sim, e os médicos do hospital não sabiam como tratar o caso.
Pat: Como você se sentiu ao receber a notícia?
Judy: Meu marido e eu havíamos sido criados na Ciência Cristã e já havíamos presenciado outras curas em nossa família. Decidimos, então, pedir auxílio a uma praticista da Ciência Cristã. Perguntamos se poderia orar conosco para auxiliar nosso filho, o que ela prontificou-se a fazer com todo amor. Inúmeras vezes volvi-me ao livro Ciência e Saúde, de autoria da Sra. Eddy. Ela diz nesse livro: “O homem não é matéria; não é constituído de cérebro, sangue, ossos e de outros elementos materiais.” Então perguntei-me: “Se meu filho não é constituído de cérebro, sangue e ossos, o que é ele, então?” Encontrei a resposta na Bíblia, no livro do Gênesis: “Criou Deus, pois, o homem à sua imagem, à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou.” Senti que precisava saber mais a respeito de Deus. O que é Deus? É Ele um Deus amoroso? Ama Deus a cada um de nós? Será que Ele cuida de cada um de nós?
Pat: Que respostas você encontrou para essas perguntas?
Judy: Deus é bom. Ele é bom para com todos, e nossa família está incluída no amor de Deus. Todas as famílias estão incluídas no amor de Deus. Eu conseguia sentir isso.
Tinha em casa gráficos que indicavam quando as crianças começam a engatinhar e a pegar as coisas. Meu filho não se enquadrava nesses gráficos. Eu tentava colocar brinquedos perto dele para que os apanhasse, mas ele não o fazia. Decidi volver meu pensamento inteiramente a Deus e depositar minha total confiança n’Ele. Eu sabia que havia uma solução para o problema. Um dia deixei meu filho no chão, como sempre fazia, pois podia deixá-lo a sós sem receio de que ele saísse do lugar. Quando voltei, porém, ele não estava mais lá.
Pat: Onde estava?
Judy: Ele havia escapulido em direção à porta de entrada da casa. Que sensação maravilhosa eu tive! ... Daí em diante ele começou a fazer progresso. Começou a engatinhar e a segurar as coisas que lhe dávamos.
Pat: Até esse momento ele não havia conseguido coordenar seus movimentos?
Judy: Exatamente, mas pouco tempo depois ele começou a apoiar-se nos móveis para pôr-se de pé.
Pat: Depois disso ele caminhou normalmente?
Judy: Não. Não foi fácil para ele começar a andar. Meu marido e eu continuamos a orar, pois enfrentamos momentos difíceis. Era-nos doloroso ver que ele não tinha liberdade de movimentos, ... não conseguia movimentar-se como as demais crianças. Mas houve progresso. Quando cresceu um pouco mais, começou a sair de casa e a brincar ao ar livre com outras crianças. Seus movimentos, no entanto, eram desajeitados e as crianças percebiam. Nem sempre eram muito gentis com ele e isso o magoava...
Pat: Ele falava com você sobre isso?
Judy: Sim, ele vinha e me contava o que acontecia. Eu o punha no colo e falávamos sobre o amor. Falávamos sobre o amor de Deus. Realmente, não víamos esse amor, mas sentíamos o Amor divino à nossa volta. Para ele, no entanto, as crianças eram muito malvadas, ... eram cruéis e ele não tinha certeza de poder vê-las como crianças amorosas. Continuamos, porém, a afirmar que o Amor divino se expressa por meio de todas as Suas idéias. Era isso que precisávamos perceber.
Pat: O que vocês estavam fazendo era acudir a Deus em oração para encontrar uma solução para o problema, não é mesmo?
Judy: Justamente. Chegou o momento em que, por si mesmo, ele sentiu-se à vontade e um dia disse: “Vou lá fora brincar com as crianças.” E foi. Seus passos ainda eram desajeitados, mas as crianças o levaram pela mão e o convidaram para brincar. ... Nada mais foi dito sobre isso. Brincaram juntos e divertiram-se muito.
Pat: Isso aconteceu antes de ele entrar na escola, não foi?
Judy: Sim. Pouco tempo depois, ao completar cinco anos, ele entrou no Jardim de Infância.
Pat: Durante todo esse tempo, você e seu marido continuaram a orar sobre o caso?
Judy: Sim, diariamente procurávamos compreender a Deus um pouco melhor e compreender o amor de Deus para com todos os Seus filhos. Esforçávamo-nos para perceber a liberdade que cada um de nós tem, a inteireza que cada um de nós possui e a perfeição que cada um de nós inclui.
Pat: Perfeição espiritual?
Judy: Sim, perfeição espiritual, e isso abrange a todos, não apenas nossa família. Mais tarde, quando o menino iniciou o curso primário, seus passos tornaram-se mais naturais. Conseguia andar de bicicleta e fazer as coisas que outras crianças faziam.
Entrou depois no segundo grau. Certa tarde, eu estava assistindo a um jogo de futebol americano, na escola, quando uma das professoras percebeu que eu estava com o rosto banhado em lágrimas. Aproximou-se e perguntou-me por que estava chorando. “Estamos assistindo a um jogo de escola!”, disse ela. Respondi: “Estou vendo meu filho jogar, correndo pelo campo com pernas que nunca seriam capazes de sustentá-lo e veja o que ele tem nas mãos. Segura a bola com mãos que nunca iriam segurar coisa alguma.” ... Pude ver por sua expressão que ela nunca ouvira uma coisa assim. Continuei: “Foi o que nos disseram quando ele nasceu. Disseram que nada do que vemos hoje iria acontecer. E aqui está ele, na escola, jogando no time de futebol americano.” Ela ficou muito surpresa ao ouvir que uma coisa dessas podia ocorrer.
Pat: Onde está seu filho agora?
Judy: Ele mora na Flórida, é casado, muito feliz e tem um bom emprego. Há poucos dias telefonei para a casa dele e sua esposa disse-me que ele não estava. Estava praticando esportes.
Pat: Seu filho ficou completamente livre e curado?
Judy: Exatamente.
Pat: Muito obrigada, Judy, por ter vindo ao nosso programa e contarnos essa experiência.
Judy: Eu é que agradeço.
Moji: Evidentemente, há muitas pessoas, em todo o mundo, que ainda lutam para libertar-se de alguma espécie de cativeiro. Um trecho da Bíblia tem sido sempre de ajuda em momentos de dificuldades. Paulo diz o seguinte, na Segunda Epístola aos Coríntios: “Onde está o Espírito do Senhor aí há liberdade.” Esse trecho tem me auxiliado muito, pois sei que o espírito de Deus está sempre em toda parte.
Elliott: Isso lembra-me de uma frase de Ciência e Saúde. A Sra. Eddy a escreveu, ao referir-se à necessidade de se romper o jugo da opressão: “O Amor é o libertador.”
Se o leitor deseja ouvir um programa completo de The Herald of Christian Science, pode escrever pedindo uma lista das freqüências de ondas curtas da sua área. The Herald of Christian Science; P.O. Box 58, Boston, MA, E.U.A. 02123.
