Quando Ficamos Doentes, por que orar a Deus para curarnos, ao invés de recorrer a remédios ou tratamento médico? Essa pergunta talvez seja inquietante. No entanto, podemos encontrar uma resposta que satisfaça às nossas necessidades individuais e nos dê confiança em Deus.
Sabemos pela Bíblia que, há séculos, as pessoas se volviam a Deus para curar-se. A cura cristã foi praticada por Cristo Jesus e seus discípulos, com amor e êxito.
Jesus nunca usava nem recomendava o emprego de remédios para obter a cura. Ao contrário, ele disse: “Orarás a teu Pai que está em secreto; e teu Pai que vê em secreto, te recompensará.” Tal oração inclui o humilde desejo de alcançar uma compreensão melhor sobre Deus e o homem. Oramos para ver a realidade espiritual do homem, que, segundo a Bíblia, foi criado à imagem de Deus.
Quando começamos a compreender que o homem, em realidade, sempre expressa as qualidades espirituais de Deus, o bem sempre presente e supremo, adquirimos mais confiança no cuidado que Deus tem por nós. Descobrimos que a cura é o resultado natural da oração. Podemos dizer, com o profeta Jeremias: “Cura-me, Senhor, e serei curado, salva-me, e serei salvo; porque tu és o meu louvor.”
A oração coerente aumenta nossa fé e confiança em Deus, porque nos torna mais conscientes de Deus, que declarou: “Eu sou o Senhor que te sara” (Êxodo).
Obviamente, é mais fácil reconhecer a amorosa onipresença de Deus quando tudo está bem, ao passo que é necessária muita fé para enxergar a harmonia de Deus, quando as coisas não vão bem. É aí que a oração se faz mais premente.
A Sra. Eddy incluiu todo um capítulo sobre a oração em Ciência e Saúde. Ali, ela afirma: “A oração que reforma o pecador e cura o doente é uma fé absoluta em que tudo é possível a Deus — uma compreensão espiritual acerca dEle, um amor abnegado.”
Não é essa onipotência de Deus uma boa razão para apoiar-nos na oração a fim de obter a cura? Nenhum poder ou pretensão de doença é capaz de resistir ao poder de Deus. Acaso tal conhecimento não nos fortifica?
Em silenciosa comunhão com Deus, examinamos nossos pensamentos. Devemos rejeitar toda e qualquer condição insalubre e desarmoniosa que pretenda fazer parte de nossa experiência. Substituímo-la pelo fato espiritual de que somos filhos de Deus, amados e espirituais. Assim agindo, compreenderemos que a desarmonia e a doença não fazem parte da infinita bondade de Deus e, por isso, não fazem parte de nosso verdadeiro ser como homem espiritual, jamais separado de Deus.
Gradativamente, nossos temores a respeito do corpo físico vão cedendo lugar à fé e à confiança em Deus, a Vida e a Verdade divinas. A desarmonia e a doença cedem à verdade de que o homem é puro e saudável. Os errôneos conceitos humanos são substituídos por uma compreensão mais profunda de Deus e de nossa identidade espiritual como descendência dEle.
À medida que progredimos no reconhecimento da Mente divina e do Princípio divino da cura espiritual, encontramos consolo em nossas orações, reivindicando a onisciência de Deus. A Ciência divina é a única que sempre foi, sempre é e sempre será perfeita e completa, pois está baseada na Mente divina, Deus, não no cérebro humano limitado.
Ao contrário da medicina, que não tem a intenção de melhorar-nos moral e espiritualmente, cada prova de cura através da oração, por menor que seja, transforma-nos em pessoas melhores. Esse tipo de cura nos regenera, nos reforma e nos ajuda a progredir espiritualmente, porque traz à tona nosso ser real como filhos de Deus. Prova que não podemos ser separados do amor e do cuidado que Deus tem por nós.
A cura espiritual é prova da unidade do homem com Deus. Como só pode haver uma Mente infinita, toda inteligência e todo verdadeiro conhecimento a respeito do homem só podem vir dessa fonte divina. A realidade espiritual da Mente divina anula as pretensões dos sentidos materiais de haver escassez e doença. Aí está outra razão válida para uma pessoa volver-se à oração em busca de cura. O livro-texto da cura espiritual, Ciência e Saúde, explica: “Não pode haver cura a não ser por essa Mente, por muito que confiemos num remédio ou em qualquer outro meio para o qual se dirija a fé ou o empenho humanos.”
Na Ciência Cristã, a cura pela oração não é o emprego da vontade humana ou do pensamento dito positivo, que muitas vezes expressa fé cega e ignora aparências e desenvolvimentos negativos. Pelo contrário, a oração nos abre os olhos para ver a realidade de Deus e do homem e, assim, com alegria, aceitamos os fatos espirituais.
Na prática da cura cristã, não ignoramos o mal, o pecado e a doença, mas nos esforçamos para ver e demonstrar a nulidade deles diante de Deus. Qualquer coisa fora de Deus, o bem infinito, tem de ser uma ilusão. Essa certeza espiritual elimina o medo e a dúvida.
Não são necessários anos de estudo para sermos curados pela oração. Às vezes, um vislumbre da realidade espiritual resulta numa cura física imediata.
A oração ajuda-nos a manifestar mais de nosso ser verdadeiro e perfeito na experiência humana atual. Compreender os fatos de nosso verdadeiro ser e aplicá-los a necessidades específicas, eis a compreensão espiritual que leva à cura física. E é uma cura permanente porque o Princípio subjacente da cura, ou seja, Deus, é permanente. A cura espiritual é o desdobramento natural do sempre presente amor de Deus, o reflexo do Princípio divino.
Ciência e Saúde mostra as raízes espirituais de tal cura. Diz: “A cura física pela Ciência Cristã resulta hoje, como no tempo de Jesus, da operação do Princípio divino, ante o qual o pecado e a doença perdem sua realidade na consciência humana e desaparecem tão natural e tão necessariamente como as trevas dão lugar à luz, e o pecado cede à reforma. Hoje, como outrora, essas obras poderosas não são sobrenaturais, porém supremamente naturais.”
A resposta à pergunta “Por que escolher a oração como meio de cura?” pode ser diversa para cada um de nós. Mas o poder sanador da Ciência do Cristo é sempre o mesmo. Satisfaz às necessidades individuais por meio da oração. Faz da oração um modo de viver.
