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Confiança na única atração

Da edição de junho de 1991 dO Arauto da Ciência Cristã


No Mundo Material, a gravitação é entendida como sendo uma força que se manifesta na atração ou na aceleração de corpos materiais, uns em direção aos outros. Ora, o mundo material é um conceito falso ou enganador acerca da criação. O universo da realidade é a criação do único criador, Deus. Uma vez que Deus, o Espírito, está sempre presente e tem todo o poder sobre Sua criação, toda força verdadeira é espiritual. O Espírito não podia criar a matéria (e, de fato, não o fez), da mesma forma como a luz é incapaz de produzir a escuridão. Assim sendo, a lei do Espírito é a única força ou poder que se manifesta na criação de Deus, governando sua expressão, inclusive o homem, feito à semelhança de Deus. Isso constitui a gravitação espiritual.

Em Ciência e Saúde, no parágrafo em que está escrita a anotação marginal “A queda do erro”, a Sra. Eddy escreve: “Se a gravitação e a atração espirituais do homem para o único Pai, em quem ‘vivemos, e nos movemos, e existimos’, se perdesse, e se o homem fosse governado pela corporalidade em vez de o ser pelo Princípio divino, pelo corpo em vez de pela Alma, o homem seria aniquilado. Criado que fosse pela carne em vez de pelo Espírito, oriundo da matéria em vez de oriundo de Deus, esse homem mortal seria governado por si mesmo.”

É o reconhecimento da “gravitação e atração espirituais do homem” para o seu Pai-Mãe Deus, o que o habilita a emergir das trevas de um sentido de existência pessoal e material. Quando somos erradamente levados a acreditar sermos materiais ou finitos e bastante independentes de Deus, podemos ser mal governados por vontade, objetivos e ambições pessoais. Nessa altura, pode-nos parecer que somos vulneráveis a falsas atrações, a relações prejudiciais, a atividades atribuladas e improdutivas. Contudo, quando nos sentimos desapontados com o que é mortal e errôneo, ansiamos escapar a tudo aquilo que se constata como insatisfatório e frustrante. Aí começamos a capitular ante a verdade da gravitação espiritual e descobrimos que esta tem todo o poder de romper a força mesmérica do mundo e das suas trevas, que nos arrasta para baixo. Ao procurar iluminação espiritual e ao viver de acordo com o que aprendemos sobre Deus, adquirimos a certeza cada vez maior da presença de Deus e do Seu bem. Assim, fica-nos revelado que Deus é Tudo-em-tudo.

A Sra. Eddy assegura: “O infinito não ficará sepultado no finito. O pensamento verdadeiro escapa do interior para o exterior. Essa é a única atividade correta, ou seja, aquela pela qual atingimos nossa natureza mais elevada. As teorias materiais tendem a entravar a gravitação espiritual, ou seja, a inclinação para Deus, o infinito e o eterno, através de uma atração oposta em direção ao que é temporário e finito. A verdade, a vida e o amor são as únicas exigências legítimas e eternas feitas ao homem; elas constituem leis espirituais compelindo à obediência e punindo a desobediência” (The First Church of Christ, Scientist, and Miscellany).

O bem perdurável encontrado na experiência humana, quer se manifeste como um gesto generoso, como inspiração para a invenção de algo que beneficie a vida humana, ou como uma bela peça de arte ou de música, aponta para as idéias ou conceitos espirituais da única Mente. O que quer que genuinamente abençoe a humanidade, dá prova de o indivíduo ceder ante a gravitação espiritual.

Os escritos da Sra. Eddy dizem-nos bastante acerca de o humano ceder ante o divino, ou de render-se ao divino. Hora após hora, é-nos dada a oportunidade de largar, pôr de lado ou renunciar, àquilo que não provém de Deus. Como é que podemos ter a certeza de que estamos a expressar Deus e a ser atraídos para aquilo que é verdadeiramente bom? Podemos aprofundar nossa compreensão sobre o que Deus é, fazer esforço consciente para reivindicar e expressar as qualidades às quais Deus deu vida, e segui-las, agradecendo a Deus por nos ter criado à sua semelhança. Então, o bem que expressarmos estará protegido, uma vez que estamos, conscientemente, a utilizá-lo para glorificar a Deus. Aquilo que é errado (o pessoal e material) e de que conseguimos libertar-nos através do nosso amor por Deus, é, rapidamente, reconhecido como não tendo constituído perda alguma. Então, a substância obtida graças a cedermos ante a gravitação espiritual é apreciada e estimada.

A certa altura da minha vida, eu pensava e sentia que tudo o que era importante e necessário para o meu bem-estar e felicidade, dependia de uma determinada pessoa. Então, subitamente, essa pessoa desapareceu da minha vida. Quando me libertei do conceito errado de que o bem era dado por pessoas e podia ser tirado pelas pessoas, a gravitação espiritual provou ser eficaz em redimir-me e restabelecer-me. À medida que fui abandonando o conceito pessoal sobre mim mesma e os outros, o sofrimento foi cessando. Deu lugar a um crescente sentimento de gratidão para com a presença constante e protetora de Deus. Cansada de tatear no escuro, do sentimento de temor e de incerteza quanto ao futuro, encontrei conforto e alento através de uma crescente iluminação espiritual.

Embora eu acreditasse estar desesperadamente infeliz, ao ponto de pensar em me suicidar, mesmo assim o impulso de caminhar em direção à Verdade, em busca de verdades para a minha vida, abasteceu de óleo a minha candeia. Em Ciência e Saúde a Sra. Eddy interpreta o termo bíblico óleo como sendo “consagração; caridade; doçura; oração; inspiração celestial”. O óleo não forneceu apenas a luz necessária para iluminar meu caminho. À medida que eu crescia em humildade e sincera gratidão, descobri que minha candeia irradiava luz também para outras pessoas necessitadas. Todas as vezes que uma dúvida existente no meu pensamento era desfeita, cumpria-se uma promessa das Escrituras. Descobri que a relação entre Deus e o homem tinha se tornado mais clara para mim. As contendas travadas com o sentido pessoal eram menos prolongadas, menos difíceis e o júbilo sentido após o despertar espiritual tornou-se mais freqüente. Como a Sra. Eddy escreve: “Quando as contendas humanas cessarem e os mortais cederem carinhosamente ao propósito do Amor divino, não haverá mais doença, pesar, pecado, ou morte” (Não e Sim).

A gravitação espiritual age, na experiência humana, como uma influência para o bem. Não só eleva nossa própria vida, como permite que possamos orar mais eficazmente para a libertação da humanidade das imposições da mortalidade. À medida que a gravitação espiritual, ou seja, a atividade da Verdade divina, é mais assimilada pela consciência humana, pode acontecer que terríveis males venham à superfície, mas essa exposição das pretensões do mal é vital para sua destruição. Aqueles que compreendem a relação existente entre Deus e Sua manifestação, o homem, deviam orar com mais fé em prol do despertar da humanidade para o Cristo, a verdadeira idéia de Deus. A lei do Espírito é, efetivamente, capaz de anular a pretensão de que os padrões morais e os direitos individuais do homem podem ser furtados, devido à influência de forças pessoais, físicas, planetárias ou nucleares.

A gravitação espiritual é o amor de Deus em ação, é o Amor divino abraçando-nos para sempre na Sua semelhança. A gravitação espiritual expressa a própria lei de Deus, do bem. É o governo do universo pelo seu Princípio divino.

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