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“Eles me apreciavam como eu era”

Da edição de junho de 1991 dO Arauto da Ciência Cristã


Quem não precisa de mais luz? de maior clareza numa época em que se questionam tantos assuntos? Se nós mesmos estivermos em busca da luz, a experiência de outros “que honestamente procuram a Verdade” Ver Ciência e Saúde, p. xii. poderá servir de ajuda. Esta seção apresenta experiências que podem ser úteis àqueles que estão à procura de novas respostas. Os relatos são mantidos anônimos a fim de dar aos autores a oportunidade de falar livremente sobre estilos de vida e atitudes que talvez tenham sido consideravelmente diferentes dos valores que agora adotam. Tais relatos focalizam necessariamente um determinado período e não têm a pretensão de contar uma história completa. Essas experiências, porém, mostram realmente um pouco da ampla variedade de pessoas que procuram a verdade e a maneira como a luz do Cristo, a Verdade, restaura, redireciona e regenero o modo de viver das pessoas.

Deixar de beber não é fácil. O uso contínuo do álcool, mesmo uns poucos copos por dia, modifica a pessoa, sobrando pouca energia e discernimento. A pessoa perde a auto-estima e única coisa que adquire importância é ter em casa bebida suficiente para o fim-de-semana. Surgem mentiras, a vergonha, a culpa e os subterfúgios. E isso sucede dia após dia.

Meu marido bebia muito e eu bebia todos os dias. Possuíamos uma bela casa, eu trabalhava numa universidade e ele era um artista de sucesso. Essa era a fachada, mas a verdade era bem diferente. Muitas pessoas conheciam o vício de beber de meu marido, mas poucas conheciam o meu.

Nosso casamento desfez-se. Houve uma época em que me senti muito deprimida, infeliz, sozinha. O que eu fazia me desgostava. Só queria que me deixassem em paz. Outra pessoa talvez tivesse pensado em suicídio. Eu, decerto, não encontrava razão para continuar a viver.

Certo dia, durante a hora do almoço, saí para comprar um jornal, à procura de anúncios de quartos mobiliados para alugar. Por algum motivo, porém, entrei numa Sala de Leitura da Ciência CristãChristian Science (kris’tiann sai’ennss), frente à qual passava todos os dias no intervalo do almoço. A bibliotecária me cumprimentou. Senti-me pouco à vontade e disse: “Acho que me enganei de lugar.” E ela retrucou: “Não, não se enganou.” Contei-lhe o que estava procurando e ela disse que tinha um quarto livre na casa dela. Mudei-me para lá no dia seguinte.

Então senti-me em paz. Naquela casa não eram permitidas bebidas alcoólicas e eu sentia-me bem e em segurança. A bibliotecária e algumas de suas amigas convidaram-me a ir à igreja com elas, mas eu respondi-lhes que não estava interessada em religião. Não insistiram. Durante os meses seguintes só tomava bebidas alcoólicas quando saía para comer fora, o que era raro.

Entretanto, fiz amizade com a organista da igreja da Ciência Cristã. Já que não tinha outra coisa para fazer aos domingos, passei a ir à igreja com ela.

Havia tanto amor naquela igreja! Os membros não eram intrometidos, talvez por sentirem que eu preferia ficar de parte, mas eu podia sentir o amor que expressavam. Algumas vezes nem me atrevia a falar, com medo de desatar a chorar. Olhava à minha volta e pensava: “Estas pessoas sabem de algo que eu não sei, tenho de descobrir o que é.” Havia nelas paz, serenidade e uma luz interior. E eles me apreciavam como eu era, não pelo que parecia ser ou por aquilo que eu possuía.

Era o solo que me atraía e que de início me dava alento. Isso e um sorriso encorajador dos membros, de vez em quando. Comecei a ler a revista Christian Science Sentinel e uma pessoa amiga ofereceu-me um exemplar de Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras, de autoria de Mary Baker Eddy, a Descobridora e Fundadora da Ciência Cristã. De cada culto extraía alento para chegar até o culto seguinte.

Um dia tomei uma bebida alcoólica e achei o sabor horrível. Foi a última. A essa altura, fui conversar com uma praticista da Ciência Cristã. Disse-lhe que havia muitos anos sofria de febre do feno. Embora estivesse muito grata por ter sido curada do vício de beber, ainda não acreditava na cura física por meio da Ciência Cristã. Por isso fiquei surpresa quando descobri que fora curada da febre do feno após minha visita à praticista. Isso aconteceu há muitos anos.

Quando me recordo desse período e do amor que sentia nessa igreja filial, lembro-me desta passagem de Ciência e Saúde: “A palavra de ternura e o encorajamento cristão dados a um doente, a paciência compassiva para com seus temores e o afastamento destes, valem mais do que hecatombes de borbotantes teorias, de discursos estereotipados e plagiados, e de argumentos que não passam de outras tantas paródias à Ciência Cristã legítima, abrasada de Amor divino.”

Hoje em dia moro noutro lugar e sou membro ativo de uma igreja filial próxima de minha casa. Embora muitos anos tenham decorrido, ainda me mantenho em contato com os amigos que fiz naquela igreja da Ciência Cristã que freqüentei primeiro. Eles me deram os primeiros vislumbres do que é a Ciência Cristã. Foi durante esse período que aprendi a amar, a não ter medo. Entendi que sou a amada filha de Deus, reconheci os valores verdadeiros que são importantes na vida. Tento repetir esse amor em minha igreja atual.

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