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Como reformar uma sociedade que abusa das drogas?

Da edição de junho de 1991 dO Arauto da Ciência Cristã


Os Jovens Que vêem seus familiares tomando pílulas para dormir ou para ficar acordados, para ter mais energia, para combater resfriados e as mais diversas moléstias, talvez não percebam a diferença entre comprar drogas com receita médica na farmácia da esquina e adquirir drogas ilícitas na outra esquina, a alguns metros dali.

Segundo opinam alguns dos observadores mais atentos do cenário moderno, a difusão do uso de tóxicos tem ligação íntima com um hábito ainda mais difundido em nossa sociedade, qual seja, depender de remédios e drogas em geral.

Junto com todas as providências importantes que a polícia, a comunidade e os órgãos governamentais tomam para impedir o tráfico de drogas e erradicar suas fontes de produção, talvez seja indispensável ir mais a fundo na questão. Um passo essencial para enfrentar o abuso de drogas poderia ser o de que o público reconheça, cada vez mais claramente, que uma sociedade saturada de medicamentos oferece solo fértil para a disseminação de drogas que viciam. É preciso encarar as drogas de forma diferente. E, para que isso aconteça, é necessário, sem dúvida, que tenhamos um modelo melhor de homem.

Serão os seres humanos, por exemplo, meros mecanismos materiais a serem ligados, impulsionados, acelerados ou desacelerados pela ingestão ou injeção de substâncias materiais? Se somos apenas mecanismos materiais, então, é razoável que façamos remendos nessa máquina, tirando-lhe ou acrescentando-lhe algo, tal como um mecânico coloca aditivo na gasolina e no óleo. Se, porém, o primordial são as atitudes mentais e morais, e estas estão sendo ignoradas, não é de surpreender que o sistema funcione mal quando as pessoas são tratadas como se fossem máquinas.

Lembro-me de que, anos atrás, comecei a sentir intensas dores de cabeça no meu local de trabalho e, freqüentemente, tinha de voltar para casa ainda no meio da manhã. Levava um dia ou mais para me recuperar e logo o ciclo se repetia. Essa situação continuou por algumas semanas e meu empregador ficou preocupado. De início, parecia que a causa era puramente física, possivelmente os vapores que exalavam da cola utilizada no processo de montagem e paginação. Mas, numa consulta a um optometrista, este opinou que poderia ser uma grave forma de sinusite e recomendou tratamento médico. Como Cientista Cristão, eu estava cônscio de que, qualquer que fosse a causa física imediata, o problema em essência estava naquilo que eu pensava. E o que eu vinha pensando era que, por diversos motivos, minha situação naquele local de trabalho era intolerável.

Orei a respeito do problema e também pedi auxílio pela oração a um praticista da Ciência Cristã. Não tomei medicamento algum. Após um dia ou dois de tratamento pela oração, a dor de cabeça subitamente cessou, certa noite, e foi interessante que não tive medo algum de que retornasse. Aquele foi, de fato, o fim do problema. Ao mesmo tempo, meus sentimentos para com o serviço e os colegas de trabalho se modificaram.

O praticista e eu havíamos orado tomando por base um modelo de homem diferente do conceito mecânico e material. Era preciso melhorar meu pensamento, não com doses de remédios, mas sim com a verdade espiritual.

No meu caso, por exemplo, a verdade espiritual de que o homem nunca está realmente excluído do cuidado de Deus, corrigiu o erro de eu crer que me achava num ambiente sem perspectivas e nocivo. Como Deus é a causa suprema do homem e como essa causa sempre é boa, o efeito exercido sobre o homem terá necessariamente de ser bom. É claro que nem sempre isso se torna evidente logo, mas a oração para compreender mais profundamente essa verdade espiritual, traz sem dúvida mudanças no pensamento e assim melhora a experiência humana.

Sendo o uso de medicamentos e de drogas tão difundido na sociedade, será realmente possível truncá-lo? Sim, é possível, à medida que formos crescendo em direção a um modelo de homem melhor, de maneira que o velho conceito mecanicista relativo ao homem não mais influa na sociedade.

Mary Baker Eddy, a Fundadora da Ciência Cristã, observa: “A descoberta científica e a inspiração da Verdade ensinaram-me que a saúde e o caráter do homem se tornam mais perfeitos, ou menos, à medida que seus modelos mentais sejam mais, ou menos, espirituais” (The People’s Idea of God). Os longos embates pessoais que a Sra. Eddy teve com a doença, que ela finalmente venceu graças a um novo discernimento dos efeitos práticos dos ensinamentos de Cristo Jesus, convenceram-na de que o modelo verdadeiro de homem não era o de uma frágil máquina. Encontrava-se ilustrado, isto sim, na vida de Jesus, que reconhecia a si mesmo como o Filho de Deus e instava a que todos se vissem espiritualmente como filhos de um Pai divino e amoroso.

Essa compreensão acerca do homem criado à imagem e semelhança do Espírito capacitava Cristo Jesus a curar as pessoas. Jesus viveu a eterna verdade, o Cristo, que é o sanador do gênero humano.

Cada vez que alguém aprende algo mais da Ciência do Cristo e da sua capacidade de elevar e curar a humanidade, reduz-se de certa maneira o hábito generalizado de depender de drogas, o que contribui para diminuir seu abuso. Aliás, essa redução efetiva da confiança nas drogas e no modelo mecânico do homem, é um dos passos mais importantes que podemos dar, agora mesmo, para ajudar a reformar uma sociedade que abusa das drogas.

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