Quando Pensamos Na família “ideal”, não pensamos nos garotos de rua. Mas foi na vida em família que eu fiquei pensando, após ter visto Salaam Bombay (Salve, Bombaim), um filme que segue um menino de rua e seus companheiros através dos detalhes de sua luta pela vida. O filme é sobre crianças que vivem realmente nas ruas e a cada dia lutam para ganhar seu minguado sustento.
Um dos aspectos mais notáveis do filme é ter sido feito partindo do ponto de vista da criança. O cineasta demonstrou enorme e habilidosa empatia, ou seja, capacidade de viver os sentimentos alheios, neste caso, ao ver o mundo através dos olhos de uma criança. Em conseqüência, o filme é comovedor, muitas vezes triste, mas quando saí do cinema não tinha o coração pesado, como inicialmente pensara.
O filme havia ultrapassado, e muito, o mero entretenimento. Embora minha infância não tenha incluído as duras experiências daquelas crianças, reconheço que o filme me recordou como eu poderia ver as coisas do ponto de vista de uma criança. É extraordinário o sentimento de compreensão e interesse mútuo que pode ligar um adulto, eu, vivendo no Ocidente, às crianças que vivem uma experiência tão distinta.
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