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Amplie sua visão e descubra a harmonia

Da edição de julho de 1992 dO Arauto da Ciência Cristã


Você Já Teve algum conflito na vida, em que, embora esforçando-se por fazer a coisa certa, não conseguiu resolver nada? Talvez você tenha até duvidado se haveria, mesmo, solução para o caso e tenha se resignado a acreditar que a vida é assim mesmo, não há nada que se possa fazer.

Com o estudo da Bíblia e dos ensinamentos da Ciência Cristã, fui aprendendo que há uma coisa que podemos fazer para enfrentar os problemas. Ainda que não possamos esperar passar a vida toda sem desafios, a compreensão da lei divina certamente traz paz e cura ao nosso dia-a-dia. Quando entendemos um pouco a verdade eterna de que Deus é perfeito e criou um universo perfeito e harmonioso, começamos a vivenciar mais essa perfeição e essa harmonia aqui, neste mesmo instante.

Esse universo perfeito, criado por Deus, é o universo real. É espiritual e está livre de contendas e divisões. A imperfeição e as discórdias que nos rodeiam não são indicadores confiáveis da criação de Deus. Elas resultam da falta de conhecimento da verdadeira natureza de Deus e do homem.

Comecei a entender um pouco mais sobre a ordem e a lei de Deus quando estudava música. Certo dia, o quarteto de cordas do qual eu participava começou a tocar uma peça de Beethoven. Cada um tocava à sua maneira. Nosso professor escutou um pouco e gritou: “Parem! Vocês não podem acertar, se cada um tocar para si mesmo! Um tem de escutar o outro, para que haja música!” Ele tinha toda a razão. Nós quatro voltamos a ensaiar, com essa nova perspectiva em mente. Esforçamo-nos para abandonar nossa visão limitada, pessoal e para abrir nossos ouvidos e nossos corações para o conjunto, o quarteto todo. Logo pôde-se ouvir uma música muito agradável. Percebemos que, enquanto tocávamos cada um para si, pensando: “Bom, eu estou tocando minha parte corretamente”, não havíamos conseguido um bom resultado.

Naquele quarteto, descobrimos que não podíamos ficar indiferentes uns aos outros, pois cada um de nós era parte integrante do conjunto todo. Para que houvesse harmonia, precisávamos incluir a todos e dar valor ao desempenho de cada um. Poder-se-ia dizer que precisávamos amar mais nosso próximo! Em uma mensagem para A Igreja Mãe, a Sra. Eddy expõe a necessidade de desprendimento para haver harmonia. Ela explica: “Quando um homem está certo, seus pensamentos são corretos, ativos e frutificam; ele desfaz-se do eu pessoal no amor, e não consegue ouvir a si mesmo, a não ser que tenha perdido a harmonia” (Message to The Mother Church for 1900— Mensagem À Igreja Mãe para 1900).

Essa necessidade de dissolver no amor o egocentrismo se aplica tanto à nossa própria vida, como também aos assuntos comunitários e internacionais. Cristo Jesus ensinou: “Amarás o teu próximo como a ti mesmo.” Esse ensinamento aplica-se a indivíduos e nações. Indubitavelmente é essencial amar e sentir apreço por nosso próximo, quer more na casa ao lado, quer viva do outro lado oceano.

A humanidade está descobrindo a importância desse modo de pensar e de viver, que exige que se valorize cada pessoa e cada parte do mundo. Norman Cousins, reconhecendo que é preciso levar em consideração as necessidades do mundo todo e as unidades básicas da humanidade, escreveu no livro Agenda for the 21st Century (Planos para o Século XXI): “A grande notícia do próximo século será a de que o mundo tem de ser administrado como um todo e não somente em partes.” Rushworth Kidder comenta em sua obra Reinventing the Future (Reinventando o futuro) que “as nações já não podem tomar decisões bem sucedidas sem levar em conta o contexto global”.

Seguramente todos precisamos ponderar sobre a mensagem de Paulo aos Filipenses: “Não tenha cada um em vista o que é propriamente seu, senão também cada qual o que é dos outros.” A fim de obedecer a essa mensagem, precisamos sair de nós mesmos e ampliar nossa visão, para que possamos ver o contexto maior. Não se trata de muitos povos em muitos países com muitas idéias diferentes, freqüentemente em choque entre si. Para encontrar cooperação duradoura e verdadeira harmonia, temos de ir além dos conceitos materiais do mundo, com todas as suas limitações, e perceber a criação como Deus a vê. Precisamos prestar mais atenção ao universo verdadeiro, presente aqui e agora, povoado com as idéias puras e boas de Deus.

Deus sabe que Seu próprio universo espiritual é absolutamente bom e completamente harmonioso. Isso concorda com a primeira parte da Bíblia, onde lemos: “Viu Deus tudo quanto fizera, e eis que era muito bom.” Tudo quanto fizera! Deus valoriza cada um de Seus filhos, e deveríamos valorizá-los também. Talvez isso não pareça fácil, mas é possível e necessário; por meio da oração, perceberemos que podemos realmente estimar a identidade verdadeira que Deus criou em todas as pessoas, sem exceção.

Todas essas idéias precisam, naturalmente, ser postas em prática. Certo dia, durante um conflito em meu local de trabalho, pensei: “Está bem. Posso levar em consideração os interesses de meu próximo, mas ele não leva em consideração os meus; portanto, até que ele mude de atitude, não há nada mais que eu possa fazer. Estou fazendo meu serviço e o faço direito.” Recordando o episódio do quarteto de cordas, logo percebi o quanto esse raciocínio era fútil, pois levava, por assim dizer, a um beco sem saída. Não levava a nada e de forma alguma preparava o caminho para a cura.

Considerei mais profundamente qual seria a melhor solução para mim e para meu colega. Não seria apenas um acerto superficial de um conflito arraigado que pareceria resolvido por algum tempo, apenas para explodir de novo em algum outro lugar ou ocasião, talvez de forma diferente. O que seria melhor, tanto para meu colega quanto para mim? Não seria que eu estabelecesse, pela oração, uma verdadeira paz espiritual interior que resultasse também numa solução visível? Não é exatamente disso que o mundo inteiro precisa agora mesmo?

Orei por aquela situação. Com a oração, vieram à luz a inteireza de Deus e a inteireza de Sua criação. No livro Ciência e Saúde de autoria da Sra. Eddy, lemos que Deus é Princípio, Vida, Amor, Verdade, Espírito, Alma, Mente, que é divino. Pensei nesses sinônimos de Deus. Como são abrangentes! Reconhecer que Deus, em Sua natureza infinita, está sempre presente e é todo-poderoso, e que o homem criado por Deus, à Sua imagem, tem de ser à semelhança de todos os sinônimos de Deus (tendo princípios, vigor, veracidade e assim por diante), fez com que eu sentisse algo diferente em relação a meu próximo e ao trabalho a ser feito. Refleti que não precisamos escolher entre as qualidades espirituais aquelas que podemos manifestar, e sim que, sendo nós o homem criado por Deus, já incluímos todas essas qualidades.

Eu estava começando a ver a situação de um modo mais amplo. A Sra. Eddy explica em Ciência e Saúde: “O fato espiritual, repetido na ação do homem e de todo o universo, é harmonioso e é o ideal da Verdade.” Sem dúvida não era isso o que aparentemente estava acontecendo em meu local de trabalho, mas no que iria eu acreditar? Em meus olhos e em meus ouvidos, ou naquilo que Deus me revelava pela oração? Não havia o que discutir. Agora eu tinha um quadro maior para olhar, uma visão menos limitada. Esse quadro não era apenas maior, era também mais exato. Na verdade, era o único quadro verdadeiro.

Essa visão espiritual trouxe e conservou a harmonia. Terminou o conflito no trabalho e nossas atividades prosseguiram harmoniosamente. Não houve mais nenhuma tensão. O que aconteceu não foi a simples ausência de discórdia: era tangível o sentimento da presença de Deus.

Descobrimos efetivamente a presença da lei divina e da ordem pacífica que se origina em Deus, quando buscamos com sinceridade nEle o quadro verdadeiro, que inclui a nós mesmos, ao nosso próximo e ao nosso mundo. Como essa realidade espiritual é acessível a todos, por que não buscar em Deus agora mesmo, a paz altruísta e permanente para nós e para todos os nossos vizinhos, no mundo inteiro?

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