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Escassez ou abundância?

Da edição de julho de 1992 dO Arauto da Ciência Cristã


No Decorrer Da história, desde os tempos mais remotos, a humanidade tem lutado corajosamente contra a doença, a pobreza, a ignorância, a guerra e a corrupção. Entretanto, uma simples leitura de qualquer jornal mostra-nos que, atualmente, continuamos a enfrentar esses mesmos problemas básicos. Por que não houve soluções permanentes? Talvez porque a humanidade as tenha buscado na materialidade, tentando guardar a matéria, consertar a matéria, criar ou destruir a matéria. Mas tudo o que é material, por mais excelente que pareça, é sempre limitado, falível e incompleto. Encontramos soluções permanentes e definitivas somente à medida que colocamos nossa vida cada vez mais sob a orientação de Deus, a Mente divina, sob o governo do bem. Dessa forma, evitamos erros e as coisas se desenrolam progressivamente de forma mais harmoniosa, justa e eficiente.

Entretanto, para alcançar a verdadeira confiança em Deus, é necessário familiarizar-se com Ele e, assim, começar a compreender Seu poder, Sua sabedoria e especialmente Sua infinita ternura e amor para com cada um de nós, Seus filhos e filhas. Também podemos orar. A oração sincera faz com que nosso pensamento se espiritualize, adquira um conceito mais correto sobre Deus, o Espírito, e sobre o homem; isso por sua vez nos leva a abandonar gradualmente os pontos de vista limitados ou meramente pessoais e a alcançar a ampla perspectiva do Espírito infinito, que abrange tudo.

A espiritualização do pensamento exige muito mais do que a mera repetição de petições ou de palavras. Exige a purificação da consciência. Em Provérbios lemos: “...como [o homem] imagina em sua alma, assim ele é”. Isso indica claramente que é necessário controlar o pensamento. Para isso, devemos eliminar a crença em tudo o que não vem de Deus ou é dessemelhante dEle, isto é, a crença na limitação, medo, hereditariedade física, catástrofe, enfermidade, terrorismo, pecado. Esse propósito é alcançado por meio de uma vigilância mental que rejeita as influências que não vêm de Deus.

Aquilo que pensamos a respeito de nós mesmos, do que nos cerca, de nosso país e do mundo, determina o que acontece conosco e o que ocorre em nosso mundo. A Sra. Eddy escreve em seu livro Unity of Good (A Unidade do Bem): “Tudo tem apenas a realidade que tu lhe dás, e não mais. Aquilo que vês, ouves, sentes, é uma forma de consciência e não pode ter outra realidade a não ser o conceito que dele guardas.”

Lembro-me que meu pai costumava dizer que para obter uma boa colheita, é necessário utilizar sementes da mais alta qualidade e plantá-las em terra bem arada. Posso confirmar que ele obteve colheitas maravilhosas seguindo seu próprio conselho! Perguntemo-nos: que tipo de semente estou plantando para colher bons frutos? Precisamos de pensamentos altruístas, benevolentes, sábios, inspirados, juntamente com outras qualidades inerentes à espiritualidade. Esses pensamentos são verdadeiramente substanciais porque sua fonte é o Espírito que, em contraposição à matéria, nunca se corrompe, nem é destruído ou alterado; nunca pode oscilar nem faltar. “O Espírito inteligente, a Alma, é substância, muito mais segura e sólida do que a matéria, pois esta é temporal, enquanto aquele é eterno, a essência e a expressão do ser”, explica a Sra. Eddy em Miscellaneous Writings (Escritos Diversos).

Deus, a Mente, é o único Ego, o eterno Eu que tudo conhece, tudo faz e é ativo desde o princípio e por toda a eternidade. Aquilo de que necessitamos já está incluído na Mente e não é escasso, prejudicial ou inadequado. O alimento que Cristo Jesus deu à multidão faminta, tal como consta nos evangelhos, era apropriado para todos, sem exceção, independentemente de idade, sexo, clima ou condição social. Só havia uma pequena porção de pão e peixe, perceptível aos sentidos físicos, mas foi o suficiente para satisfazer o apetite de mais de cinco mil pessoas. E ainda restaram sete cestas cheias de alimento, muito mais do que parecia haver no início.

Deus, a Alma, satisfaz constantemente tudo o que Ele criou. Uma vez que Deus é infinito, a verdadeira satisfação é infinita e se evidencia de diferentes modos, tanto em suprimento necessário para alimentação e vestuário, como em amizade, emprego adequado, oportunidades para estudo, lar estável e até mesmo férias oportunas. Sabendo disso, podemos começar a libertar-nos do materialismo que sugere: “Você tem recursos insuficientes, pouca inteligência, atividade medíocre, pouco afeto.” Na verdade, isso é ignorância espiritual, ignorância acerca da imensa abundância de bem que incessantemente flui do Amor divino.

Podemos colher frutos abundantes, plantando sementes de pensamento espiritual numa consciência elevada, confiante e honesta. O arrependimento é vital nessa linha ascendente de correção e regeneração.

Será necessário, às vezes, fazer a nós mesmos algumas perguntas e, é claro, responder com o maior cuidado e sinceridade. Por exemplo: em que medida expresso integridade e respeito pelos outros, em minha vida diária? Quanta tolerância, caridade, perdão e justiça demonstro para com meu próximo? Eu permito que críticas mesquinhas, intolerância, sexualidade ou violência controlem meu pensamento? Reconheço o valor genuíno dos outros e o meu próprio? Ou considero-me superior (ou inferior), tendo mais (ou menos) habilidade e mérito do que os demais?

As respostas honestas nos mostrarão que tipo de pensamento necessita ser reavaliado, que defeitos devem ser corrigidos, assim como quais virtudes e talentos devem ser desenvolvidos e cultivados como dádivas de Deus. A correção e o desenvolvimento surgem à proporção que aprendemos mais sobre nossa verdadeira natureza como filhos de Deus, sempre sob o governo do Amor divino.

Cristo Jesus disse: “O reino de Deus está dentro em vós.” Isso significa que a riqueza que buscamos já está aqui, na consciência. O homem, como expressão da Mente, é suprido de todo o bem, agora. Nada lhe falta. O homem, a idéia de Deus, é — por reflexo — criativo, dinâmico, substancial, eternamente no momento da oportunidade infinita.

Agora podemos olhar e ver que nossa colheita não é limitada, nem são escassos nossos recursos. Podemos começar a compreender que a Vida dá de si em profusão, que a Alma preserva para sempre a harmonia e a beleza e que o Amor expressa amor sem falha, incluindo a todos. Verdadeiramente, cada um de nós é abençoado de forma abundante, agora mesmo.

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