Por Toda Parte, ouvimos dizer que a inflação está incontrolável, é difícil encontrar emprego, as contas precisam ser pagas, as crianças requerem mais atenção, as pessoas estão fazendo de tudo para arranjar-se, porém está sendo difícil manter-se à altura das exigências. Meu país não é, com certeza, o único que se defronta com tais desafios. Temos até uma frase muito usada, que é: “Dê um jeitinho, por favor.” Esse pedido transmite a idéia de se procurar uma solução fora das regras e padrões do transmite a idéia de se procurar uma fora das regras e padrões estabelecidos.
Quando até mesmo as atividades mais rotineiras da vida diária se apresentam repletas de dificuldades, desafios e carências, não é difícil compreender por que se desenvolve essa adaptação ao “jeitinho”. Tampouco é difícil perceber que o próprio pedido e o desânimo que ele deixa transparecer afeta muito as pessoas.
Às vezes, parece que nenhuma situação está livre desses desafios. Não há mais lugar no ônibus, mas a gente precisa ir para o trabalho — por certo pode-se “dar um jeitinho”, apertando mais as pessoas. Está vencendo o prazo de um compromisso, mas achamos que com certeza haverá um “jeitinho” de se conseguir mais uma prorrogação. Tem-se impressão, então, de que há em todas as coisas um “jeito” de acomodar atrasos, “driblar” uma situação inconveniente, contornar um erro.
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