Do Jeito Como ia minha vida, há muitos anos, eu estava convencido de que era absolutamente incapaz de fazer alguma coisa certa. Cometer erros parecia ser minha tendência natural. Eu estava certo de que não passava de um pobre coitado, pois, afinal, eu era um pecador. Contudo, algo dentro de mim continuava se rebelando contra esse conceito. Por isso, embora eu fosse um pecador bastante ativo, era também um pecador esperançoso, ou seja, eu achava sempre que algum dia conseguiria consertar minha vida e chegar à conclusão de que, no fim das contas, eu não era um caso perdido.
A educação religiosa que eu recebera havia me inculcado a noção de que o pecado é uma espécie de mancha indelével na ficha pessoal de cada um, como se fosse um ferimento que deixou uma cicatriz permanente em nosso ser. Esses ferimentos e essas cicatrizes vão se acumulando e acabam por cobrir nossa identidade até que ela desapareça. Quando isso acontece, o indivíduo está tão perdido, que não tem nenhuma alternativa a não ser sofrer nas chamas de um suposto inferno, no além.
Não resta dúvida de que o pecado é completamente errado e deve ser abandonado, mas o conceito contra o qual eu me debatia era aquele que faz com que a pessoa se sinta sempre uma perdedora na vida, incapaz de escapar do pecado, indigna de ser amada ou até mesmo de viver. Sob a tirania dessa crença, eu alternava meu comportamento entre o escrúpulo compulsivo e o abandono moral. Assemelhava-me bastante ao filho pródigo de que fala a Bíblia: eu dissipava minha vida “vivendo dissolutamente.” Ver Lucas 15:13.
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