Skip to main content Skip to search Skip to header Skip to footer

O que é que tem influência?

Da edição de outubro de 1994 dO Arauto da Ciência Cristã


Quando Minha Filha mais velha começou a namorar a sério, fiquei preocupada com a influência que a música, a imprensa e os filmes podiam ter tido em sua formação. As mensagens dos filmes, dos programas de televisão, da publicidade e da música popular de modo geral toleram e até promovem a liberdade sexual. Um estilo de vida imoral é apresentado como sendo “a boa vida”, livre e agradável, e viver sem prazeres sensuais é como se se estivesse “perdendo algo.”

Apesar de ter ensinado à minha filha o valor de uma moral sadia, receei que o que ela tinha aprendido não era páreo para a influência dos tão difundidos estilos de vida modernos. Lutei com o pensamento de que esses comportamentos destrutivos são contagiosos, comunicando-se da maneira mais insuspeita, sendo tão geralmente aceitos que é difícil resistir-lhes. Sabia que outras pessoas estavam também preocupadas com essas influências nos jovens. Parecia que minha filha, e a humanidade em geral, tinha sido posta numa situação irremediável, sem defesa.

Quando orava, confiante de que o que aprendia pelo meu estudo da Ciência Cristã era a verdade sobre Deus e o homem, sempre encontrava a solução para problemas que pareciam insuperáveis. Vi que a crença de que o homem possa estar numa situação desesperada baseia-se em alguns pressupostos errados: de que o homem é material, essencialmente egoísta, impelido por instintos, com uma mente própria, mas influenciável pelos pensamentos dos outros. E esse homem é deixado à mercê dos seus próprios meios para se livrar das falsas influências.

Sabia, pela leitura da Bíblia, que Deus fez o homem à Sua imagem e semelhança. Se Deus é Espírito, como o dizem as Escrituras, o homem é espiritual, não material. Se Deus é bom, o homem é genuinamente bom. Se Deus é santo, o homem é puro, íntegro e inocente. Se Deus é Mente infinita, então o homem, o reflexo de Deus, tem pensamentos espirituais.

A Ciência Cristã ensinou-me a confiar no fato de que, como Deus é um só, há uma única Mente. Não há outros poderes, mentes ou deuses, apenas um! Deus é absolutamente bom, imutável, amoroso e digno de confiança, criando o universo para expressar Sua própria substância e natureza. Uma vez que Ele não contém mal algum, nunca poderia ter criado o mal e não pode haver elementos maus no homem. Por isso, o homem genuíno tem de ser algo bem diferente do conceito comumente aceito.

Ao orar, esforcei-me por reconhecer aquilo que era espiritualmente verdadeiro acerca de minha filha, bem como acerca de toda a gente. Sabia que bem ali onde parece haver um homem material, capaz de pecar, está o homem criado por Deus, puro, íntegro, espiritual e governado por Deus, o bem. Quando oramos, temos de deixar de lado a noção de que o homem seja material e vulnerável, para discernirmos aquilo que Deus vê. A Bíblia, em Habacuque, diz de Deus: “Tu és tão puro de olhos, que não podes ver o mal, e a opressão não podes contemplar”. Habac. 1:13. Quando discernimos o homem espiritual, vemos nossa verdadeira identidade, à qual foi dado domínio. Esse homem não é vulnerável ou impressionável, nem pode ser influenciado por pessoas, lugares ou coisas, ou por alguma influência externa. Cristo Jesus mostrou-nos esse conceito verídico do homem na sua própria vida, ao curar os doentes e reformar os pecadores.

No livro-texto da Ciência Cristã, Ciência e Saúde, a Sra. Eddy dá esta revolucionária descrição do homem: “Na Ciência o homem é o descendente do Espírito. O belo, o bom e o puro constituem sua ascendência. Sua origem não está no instinto bruto, como a origem dos mortais, e o homem não passa por condições materiais antes de alcançar a inteligência. O Espírito é a fonte primitiva e derradeira de seu ser; Deus é seu Pai, e a Vida é a lei de seu ser.” Ciência e Saúde, p. 63.

O homem, vivendo na atmosfera do Espírito, não está sujeito a impulsos físicos ou biológicos. Seus motivos, desejos e atrações são totalmente espirituais. Só o espiritual é que satisfaz.

O que é então aquilo que parece ser esse homem mortal, lutando contra muitas tentações, não fazendo aquilo que quer, mas aquilo que não quer, parafraseando São Paulo? Ver Romanos 7:19. É uma falsa crença acerca do homem, argumentando através dos cinco sentidos e tendo sua origem na mente carnal, que Paulo diz ser “inimizade contra Deus”. Mas essa mentalidade carnal não tem poder sobre nós, quando a desmascaramos.

Na carta de Paulo aos romanos, vemos que o homem é, de fato, governado por um poder superior. Paulo escreve: “A lei do Espírito da vida em Cristo Jesus te livrou da lei do pecado e da morte.” Romanos 8:2.

Após ter orado e meditado dessa maneira, lembrei-me duma experiência que tive há alguns anos, que provou de modo cabal nosso domínio, dado por Deus, sobre sugestões hipnóticas. Dava aulas particulares a um rapaz apenas um pouco mais velho do que meu filho adolescente. Já fazia dois anos que eu lhe dava aulas, quando comecei a sentir atração física por ele. Fiquei horrorizada. Isso, para mim, era um opróbrio. Eu era feliz no meu casamento, desejando apenas ser boa e fazer o bem. Esses pensamentos e sentimentos invasivos eram a última coisa que eu queria! Podem crer que orei sobre a situação, mas parecia que quanto mais orava, mais fortes se tornavam esses pensamentos. Era assustador. Senti-me indefesa. Tentando esconder meus sentimentos do rapaz, sugeri que procurasse outra professora, mas ele não aceitou a idéia.

Geralmente, quando me defronto com uma situação difícil, telefono a uma praticista da Ciência Cristã para me ajudar pela oração, mas não tive coragem de lhe telefonar nessa ocasião. Estava muito envergonhada! Após muita angústia e confusão mental, uma manhã decidi que tinha de pedir ajuda à praticista, pois ela sem dúvida entenderia que esses pensamentos agressivos não me pertenciam!

Ao tomar essa resolução, um maravilhoso sentimento se apoderou de mim. Eu sabia que estava livre! Com a resolução, um fluxo de luz inundou minha consciência. A praticista saberia que eu estava livre porque eu realmente estava! Os pensamentos invasivos de fato não me pertenciam. A culpa não me pertencia e tampouco a vergonha. Agora eu o sabia. Deus, bem como a praticista, sabiam quem eu era. E agora eu também o sabia. Eu era a idéia espiritual de Deus. Assim, só podia ter pensamentos vindos da Mente divina. Em Ciência e Saúde, a Sra. Eddy diz: “As idéias imortais, puras, perfeitas e duradouras, são transmitidas pela Mente divina através da Ciência divina, que corrige o erro mediante a verdade e exige pensamentos espirituais, conceitos divinos, a fim de que estes possam produzir resultados harmoniosos.” Ciência e Saúde, p. 259.

Não telefonei à praticista, pois já não precisava. Nunca mais fui perturbada por esses pensamentos e, pouco depois, o estudante decidiu acabar com as lições devido a uma incompatibilidade de horário com seu emprego.

Quando pensei nessa experiência, vi que o que se aplicava a mim, também se aplicava à minha filha. Os pensamentos invasivos não tinham poder para influenciá-la, assim como não podiam influenciar-me. Após raciocinar desse modo, não mais temi por ela. Tinha confiança em seus princípios morais, mas ainda precisava me libertar completamente da preocupação de que a televisão podia ter influência negativa sobre ela.

Algum tempo mais tarde, quando soube que ela ia visitar o namorado noutro estado, onde ele trabalhava, telefonei-lhe para lhe sugerir que ficasse num hotel. Ela mostrou-se surpreendida e perguntou-me “Por quê?” Disse-lhe que sabia que ela era uma boa jovem e que não eu, mas Deus, estava tomando conta dela. Mas queria dizer-lhe o que sentia acerca de certas coisas, entre as quais a importância de ela poder se sentir bem e honesta na presença da mãe do rapaz. Ela respondeu: “Mãe, se estás preocupada com o dormirmos juntos, não precisas te preocupar mais. Já falamos sobre isso e não vai acontecer.” E depois perguntou: “Por que estás preocupada?”

Respondi: “Porque tudo o que vês na televisão mostra exatamente o oposto daquilo que estou a dizer.”

Sua resposta foi: “Mas isso é apenas televisão.”

Insisti: “Mas algumas pessoas não sabem a diferença entre a televisão e a vida real.”

Ela assegurou-me: “Bom, eu sei.”

Como isso me tranqüilizou! Era claro para mim que o senso moral de minha filha tinha sido, e continuava a ser, influenciado por Deus e não por algum outro poder inferior.

Com freqüência, consideramos as pessoas como sendo pecadoras, em vez de percebermos que o pecado procura impor-se através de falsas crenças e que temos o direito de elevar nossa visão sobre o homem a um ponto de vista cristão. Desse modo, promovemos a libertação, nossa e dos outros, do assim chamado poder do pecado. Aquilo que parece ser o homem vulnerável e dominado por impulsos da carne, não é o homem, mas apenas uma falsa imagem do homem, uma inversão da verdade, que é uma mentira tão grande quanto aquela primeira falsidade da serpente, de que Adão e Eva poderiam tornar-se como deuses e conhecedores do bem e do mal. Ao resistirmos a esse argumento, qualquer que seja o disfarce com que ele se apresente, percebendo que é uma promessa vazia, destruímos sua suposta influência. Provamos assim que o homem não pode perder sua pureza, sua inocência.

Ainda tenciono vigiar, o mais que puder, aquilo que minha filha mais nova vê na televisão e falar-lhe do que é certo e do que é errado. E daí, deixar tudo nas mãos de Deus, a única influência.

Para conhecer mais conteúdo como este, convidamos você a se inscrever para receber as notificações semanais do Arauto. Você receberá artigos, gravações em áudio e anúncios diretamente via WhatsApp ou e-mail.

Inscreva-se

Mais nesta edição / outubro de 1994

A missão dO Arauto da Ciência Cristã 

“...anunciar a atividade e disponibilidade universal da Verdade...”

                                                                                        Mary Baker Eddy

Conheça melhor o Arauto e sua missão.