Quando Eu Era ainda uma jovem mãe, meu marido e eu nos divorciamos, depois de apenas três anos e meio de casamento. Ele parecia incapaz de sustentar a família e tinha um problema de alcoolismo. A responsabilidade pela minha subsistência e a de meus filhos recaiu sobre os meus ombros. Desejei filiar-me a uma igreja para me aproximar de Deus, a fim de encontrar soluções para os desafios. Por alguma razão, sentia que minha mãe não sossegaria enquanto eu não visitasse a igreja dela, a Igreja da Ciência Cristã. Decidi fazer essa visita e depois dizer-lhe que não tinha gostado. Meu pensamento era completamente contrário à Ciência Cristã. Entretanto, quando assisti a um culto, constatei que nunca antes tinha visto uma congregação tão sincera, com tanta vontade de ouvir a palavra de Deus. Foi a dedicada atenção das pessoas, ao prestar culto a Deus, que tocou meu coração.
Comecei a estudar a Ciência Cristã e depois filiei-me À Igreja Mãe e a uma igreja filial.
Eu trabalhava de quarenta a sessenta horas por semana. Havia uma rotatividade enorme de babás. Meu filho de quatro anos começou a agir de maneira estranha à sua natureza. Eu sabia que ele precisava da estabilidade de ter a mãe em casa. Pondo de lado o orgulho que sentia por me achar capaz de sustentar dois filhos, fui levada a aceitar o auxílio da previdência social para poder ficar em casa com as crianças. Através de muita oração, amor e afeto, meu filho tornou a expressar sua meiguice natural. Passados dois anos após iniciar meu estudo da Ciência Cristã, dispensei o auxílio da previdência social. Não sabia como nos sustentaríamos; apenas sentia que não devia mais aceitar aqueles pagamentos. Sentia-me próxima a Deus, minha fé tinha se fortalecido.
A disposição de confiar na orientação de Deus teve como resultado que eu aprendi a datilografar teses e dissertações para alunos da faculdade. Também ocorreu que meu ex-marido começou a mandar pequenas quantias para o sustento das crianças. Minha família continuou a nos dar apoio moral e a orar por nós e ajudou de várias outras maneiras. Durante três anos datilografei em casa trabalhos para estudantes. As entradas não eram constantes mas, como diz um hino: “Sempre vinha o maná” (Hinário da Ciência Cristã, N° 46). Devido à natureza sazonal daquele tipo de trabalho, era necessário datilografar tanto quanto possível quando havia trabalho a ser feito. Isso significava datilografar sem parar, dia e noite, no final de cada trimestre. O período mais longo em que tive de ficar diante da máquina de escrever, sem interrupção, foi de quatro dias e cinco noites.
Nos idos de 1950, a regra para datilografar trabalhos para a faculdade exigia do datilógrafo a revisão da parte gramatical, da ortografia, além da adaptação às especificações da escola. Eram trabalhos com prazo para serem entregues, e nesses manuscritos havia ainda notas de rodapé que tinham de ser colocadas na parte inferior de cada página, num espaço com determinadas margens horizontais e verticais; não eram permitidas rasuras. Com toda certeza, eu fui divinamente ajudada a executar, sob pressão, esse trabalho detalhado. Por saber que o cansaço é meramente uma sugestão que vem ao pensamento e não faz parte da natureza espiritual do homem, sempre fui capaz de completar o trabalho.
Em certa ocasião, as contas a pagar se amontoaram. Orei e abri a Bíblia em busca de uma resposta. Li: “Não temais, nem vos assusteis por causa desta grande multidão, pois a peleja não é vossa, mas de Deus.. .. Tomai posição, ficai parados, e vede o salvamento que o Senhor vos dará” (2 Crôn. 20:15, 17). Sabia que eu não precisava ficar ansiosa devido àquelas contas e, cada vez que me vinha ao pensamento a pergunta de como iria pagá-las, recusava-me a ficar preocupada: confiava em Deus. Um dia, meu ex-cunhado veio e me perguntou se ele podia dar-me certa quantia por conta da dívida do irmão com relação à pensão das crianças. Pareceu-me justo aceitar a oferta e a quantia recebida excedeu o montante das contas a serem pagas.
Tem-se tornado claro para mim que Deus tem Seus próprios meios de suprir nossas necessidades. Um desses meios que Jesus ensinou e que tenho constatado em minha experiência, é o de dar aos outros. A Sra. Eddy escreveu: “Os ricos em espírito ajudam os pobres numa grande fraternidade, em que todos têm o mesmo Princípio, ou Pai; e bem-aventurado é aquele homem que vê a necessidade de seu irmão e a satisfaz, buscando o seu próprio bem no bem que proporciona a outrem” (Ciência e Saúde, p. 518). Inúmeras vezes, fui levada a dar, quando via uma necessidade, e isso pareceu abrir a porta a maior suprimento para nós. Não houve empréstimo nem apoio financeiro por parte da família; nosso sustento começava com a Lição Bíblica semanal da Ciência Cristã. Eu aceitava as promessas da ajuda divina que apareciam em cada lição, e o suprimento necessário se seguia.
Deus fez com que as crianças contribuíssem a seu modo para o suprimento: a atitude despreocupada de meu filho mais novo, com freqüência me fazia esquecer as ansiedades com relação a dinheiro. Ele nunca deixou de ajudar com projetos para a manutenção da casa; por trabalharmos juntos, tornou-se desnecessário contratar alguém de fora para fazer o serviço. Ele pôde freqüentar a faculdade com subsídio especial por ter servido nas Forças Armadas. Em momentos críticos, tanto nos negócios como na vida pessoal, meu filho mais velho dizia a palavra certa no momento certo: isso me ajudava a tomar a decisão apropriada ou levantava minha moral.
Certo domingo, a porta do carro se fechou sobre minha mão. Eu tinha planejado datilografar naquela noite para entregar o trabalho no dia seguinte. Enfaixei a mão com um pano. Louvando a Deus, fui conseguindo, aos poucos, usar a mão toda e, na manhã seguinte, o trabalho estava pronto. Essa cura ensinou-me a importância de ser grata, mesmo diante de situações críticas. Numa outra ocasião, estava com todos os sintomas de gripe. De novo, eu tinha uma tarefa programada para aquela noite. A mensagem angelical veio: “A Ciência Cristã declara que a Mente é substância e também que a matéria não sente, não sofre, nem goza” (Ciência e Saúde, p. 414). Pouco depois, o mal-estar desapareceu por completo e eu pude trabalhar livremente. Senti-me revigorada.
Depois de executar por três anos esse serviço de datilografia em casa, fui levada a abrir uma loja de serviços de datilografia e impressão, próxima a uma universidade das cercanias. Tudo o que era necessário para seu funcionamento revelou-se numa seqüência ordenada. Os horários de trabalho foram combinados de tal forma que eu podia estar em casa quando as crianças chegavam da escola. O negócio prosperou. Pude adquirir um carro e, mais tarde, nossa casa. Todos foram abençoados.
Em certa época, sofri de dores agudas no braço, que persistiram por dois ou três dias. Através da prece e prestando atenção às idéias sanadoras de Deus, ocorreume orar com relação ao medo do futuro. Considerei a continuidade do Amor divino — Deus como Amor que sempre estará aqui para mim, cuidando de mim e suprindo-me com tudo aquilo de que vier a necessitar. As dores cessaram e nunca mais voltaram.
Estou estudando a Ciência Cristã há quarenta anos e testemunhei muitas outras curas, inclusive a cura de infecção aguda na garganta, pneumonia e queimaduras de sol. Agradeço a Deus de quem veio todo o bem que eu já tive.
Com fervor, expresso gratidão pelo Cristianismo e pela Ciência Cristã e seus seguidores.
Columbus, Ohio, E.U.A.
