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A prática da Ciência Cristã — ao alcance de todos

Uma entrevista com uma praticista da Ciência Cristã

Da edição de maio de 1995 dO Arauto da Ciência Cristã


As pessoas às vezes consideram os praticistas da Ciência Cristã um grupo muito especial. É verdade que esse trabalho pertence a um pequeno grupo de pessoas especialmente dotadas? Não, essa atividade está ao alcance de qualquer pessoa. Aliás, está intimamente relacionada com o nosso desejo de conhecer a Deus. Todos nós temos uma capacidade inata para perceber que somos filhos de Deus. Ele não nos criou como Seus filhos para depois deixar-nos incapazes de o saber ou provar que o somos. Todos temos uma compreensão inerente que precisa ser cultivada e cabe a nós cultivar essa compreensão. Dedicamo-nos à prática da Ciência Cristã na proporção de nosso amor a Deus e nosso desejo de ser úteis.

Houve uma época na minha vida, em que eu era muito ativa na política e ao mesmo tempo estava aprendendo cada vez mais sobre Deus e sobre o amor à Ciência Cristã. Por vezes dava comigo, sentada do lado de fora de uma reunião política, falando com alguém que sabia que eu era Cientista Cristã, e essa pessoa começava a pedir-me ajuda. Comecei então a receber telefonemas de membros da igreja pedindo tratamento pela Ciência Cristã. Isso aconteceu-me naturalmente como resultado do meu desejo de servir a Deus. E descobri que a prática da Ciência Cristã era uma atividade que me satisfazia mais do que a política! Percebi, então, que tinha de optar por uma delas. No momento em que me apercebi disso, foi como se não houvesse possibilidade de opção. A prática era aquilo que eu queria mesmo fazer. É o que de fato acontece quando se põe a Deus em primeiro lugar. Todo o resto torna-se secundário.

Mas, com certeza, o seu pensamento sempre esteve voltado para ajudar os outros, mesmo quando do seu envolvimento na política. Isso é verdade. É dar atenção a Deus e ao nosso próximo, de outro modo não se poderia estar na prática. Você ama a Deus e ao próximo. Não se pode, aliás, amar a Deus sem amar o próximo, porque grande parte da sua compreensão de Deus resulta em você desejar ajudar os outros. Na Ciência há respostas — você está convicto desse fato. As pessoas sentem isso e são atraídas pelo amor que você está sentindo. Se você realmente compreende a Ciência Cristã, então você não pode guardá-la só para si.

É, então, essencialmente um amor a Deus e ao próximo que leva à prática pública? É o desejo de pôr esse amor em prática! É também amor pela Ciência Cristã. É o seu reconhecimento de que esta Ciência é tão maravilhosa e pode ser tão útil, que você deseja partilhá-la com outras pessoas. Você quer ajudar. Francamente, é verdade. Isso aconteceu-me mesmo em festas — as pessoas simplesmente dirigiam-se a mim e começavam a falar dos seus problemas. Muitas vezes elas nem sequer sabiam que eu era Cientista Cristã.

A senhora não tinha receio de falar-lhes sobre a Ciência Cristã? De modo algum! Ansiava por fazê-lo. Tinha enorme desejo de falar sobre a Ciência, e ainda hoje sinto o mesmo. Ela é, pura e simplesmente, a maravilhosa verdade. Se você reconhece o que é a Ciência, então você é impelido a falar sobre ela. Você lê um livro de que gosta muito e deseja contar sobre o que leu. Você assiste a um filme e o comenta. Se você tem uma religião que aprecia, você a menciona. Quando eu falo na Ciência, é sempre porque percebo que a pessoa precisa de algo, caso contrário não diria nada. Quando, por exemplo, me encontro num jantar festivo, não pergunto: “Você ouviu falar na minha religião?” Só o faço quando vejo que há alguém necessitando de ajuda. Penso que é nessas situações que nós damos a Ciência Cristã, onde há uma perceptível necessidade, ou quando alguém nos pede. Você ama aquilo que tem, ama seu próximo e deseja juntar essas duas coisas.

A senhora alguma vez duvidou da sua capacidade para ajudar uma pessoa que lhe pedisse para ser curada? A Verdade divina é eficaz porque é a Verdade. É essa Verdade que cura. Apercebi-me disso quando comecei a dedicar meu tempo à prática.

Um dia olhei pela janela da cozinha e vi uma jovem subindo a rua a coxear. Trazia um bebê nos braços. Ela vinha para me ver. Eu não sabia quem ela era e saí para recebê-la. Ela aproximou-se de mim e disse: “É você a mulher que cura?” Fiquei surpreendida, mas disse “sim” porque sabia o que ela queria dizer. Disse-me que tinha um problema num quadril e tinha ido a vários médicos e continuava com dores, e ninguém, quiropráticos ou médicos, tinha conseguido ajudá-la.

Sentamo-nos e comecei a falar-lhe de Deus e do quanto Ele a amava, quem ela era na realidade, e que não era possível existir esse problema no reino de Deus. Ela era Sua filha, e Ele cuidava dela e nunca havia deixado que tal coisa lhe acontecesse. Disse-lhe algo mesmo simples. Ela absorveu minhas palavras e isso foi tudo. Ficamos conversando cerca de três quartos de hora. Ela foi-se embora e nunca mais a vi, mas mais tarde foi-me dito que ela tinha sido curada e que nunca mais teve esse problema. Muito embora nessa época eu já tivesse recebido instrução em classe primária e tivesse cerca de dez anos de experiência como Cientista Cristã ativa, nunca pensei que eu a estivesse curando enquanto falava com ela. Isso não me ocorreu. Eu estava apenas falando com ela sobre a Verdade.

Lembro-me de mais tarde estar sentada no meu escritório a pensar: “Gostaria de poder apertar um botão e, como acontecia com Cristo Jesus, as pessoas serem imediatamente curadas. Como gostaria de possuir esse maravilhoso dom da cura.” De repente despertei. “Se eu fizesse isso ou se essa fosse a maneira como as curas se realizam, se isso fosse algum dom pessoal, então essa capacidade estaria apenas confinada à minha pessoa, e quando eu deixasse este planeta, ela deixaria de estar presente novamente.” À medida que propunha essas questões a mim mesma, apercebia-me de que isso é precisamente o que muitas pessoas pensam acerca de Jesus. Elas consideram que a cura era um dom pessoal que só pertencia a ele e que quando ele nos deixou esse poder se perdeu. As pessoas presumem que ele tenha levado essa capacidade consigo e que ninguém mais possa praticar a cura como ele. E então pensei: “Ridículo! A Ciência Cristã é a mesma verdade em que Jesus se apoiava para curar. E essa é a razão pela qual ela dá resultados. É a Verdade que cura, não nós.”

Como é que a senhora estabelece suas prioridades na prática da Ciência Cristã — como é que arranja tempo para todas as coisas que fazem parte de uma vida normal? É uma coisa difícil de explicar, mas ao entrar para a prática comecei a aprender a orar sobre tudo, mesmo sobre as coisas rotineiras do dia-a-dia, como o ir às compras! Assim, na maior parte das vezes, tudo se processa suavemente e não requer muito tempo extra. Nunca me havia ocorrido, antes de entrar na prática, orar por tudo isso. É como se você envolvesse tudo no manto da prática. Toda a sua vida se torna sua prática. Não há dúvida, Se você não o fizer, então estará constantemente sentindo que tudo requer um grande esforço. Esse é o grande segredo. Se você se entrega totalmente à prática, ela não apenas traz recompensa, mas você encontra seu equilíbrio.

Você melhora sua forma de orar enquanto está fazendo outras coisas. Compreendi também que descascar uma batata e preparar o jantar são atividades divinas. Quando você reconhece que tudo aquilo que faz é para glorificar a Deus, então nada é incompatível com a sua prática ou com a ajuda que presta a seus pacientes. Nada é considerado uma interrupção da prática. A Ciência Cristã é o manto sob o qual eu vivo minha vida. Ela não faz parte da minha vida, ela é a minha vida. Ela penetra e permeia tudo aquilo que eu faço.

Não posso deixar de pensar que as recompensas valem a pena. A prática traz verdadeira alegria às atividades da nossa vida. Todos os aspectos da minha vida melhoraram! Tanto faz, se você conheceu a Ciência há pouco tempo ou retorna a ela, como é o meu caso. Quando você volta à Ciência Cristã, talvez você deixe de fumar e de beber, e todos pensam que você está fazendo sacrifícios, mas você percebe que, na verdade, isso é uma libertação. A prática livra-o de uma série de discórdias e limitações, e quando você olha para trás, pensa: “Por que é que eu haveria de desejar fazer essas coisas?”

E quanto aos sacrifícios financeiros? É realmente possível estar envolvido na prática e continuar a manter uma boa casa, uma boa qualidade de vida para nós mesmos e para a nossa família? Antes de mais nada, penso que os praticistas ativos conseguem proventos perfeitamente adequados, coisa que as pessoas talvez não saibam. Mas há vários tipos de compensação, além do dinheiro, que podem satisfazer às suas necessidades. Os proventos não estão limitados a um salário. Existem muitas maneiras pelas quais as bênçãos podem chegar, e que não têm nada a ver com um cheque ou pagamentos de pacientes. Você deixa de limitar a Deus, você não pensa que Ele provê somente por um único meio. Há milhões de maneiras para o Amor poder chegar até nós. Já tive prova disso na minha própria família. É surpreendente, tudo é uma demonstração e não um fardo. Sempre pensei na prática como um grande privilégio — com chuvas de bênçãos.

Se você está interessado em saber mais sobre a prática pública da Ciência Cristã, ou quer receber um formulário para se registrar, telefone ou escreva para:

Office of the Clerk
The First Church of Christ, Scientist
Practitionar Services, A–170
175 Huntington Avenue
Boston, 02115–3187 U.S.A.
(617) 450–3451

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