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Você não está preso ao passado

Da edição de maio de 1995 dO Arauto da Ciência Cristã


Algumas Pessoas Não sabem o que fazer da vida porque se sentem presas ao passado, como se este fosse uma armadilha da qual não podem mais sair. Se você acha que esse é seu caso, existe algo que você pode fazer. Qualquer que seja a situação, é possível libertar-se de um passado opressor. O ponto de partida para essa libertação é espiritual, à maneira do Cristo.

Está comprovado que a Bíblia é uma fonte de ajuda. Suas páginas inspiradas contêm ensinamentos práticos que conferem liberdade. Suas promessas são válidas até hoje, não importa qual tenha sido nosso passado. Por exemplo, certa vez Jesus disse: “Se, pois, o Filho vos libertar, verdadeiramente sereis livres.” João 8:36.

Quem é o “Filho” a que Jesus se refere? E como é que o Filho nos liberta? De acordo com os ensinamentos da Ciência Cristã,Christian Science (kris’tiann sai’ennss) cujo fundamento está nas palavras e obras do Mestre, o Filho é o Cristo — a mensagem divina da onipresença de Deus e de Seu terno amor para com cada um de Seus filhos. O Cristo está sempre conosco. Revela, a cada momento, a natureza imutável de Deus, trazendo à luz nosso verdadeiro ser criado por Deus.

Quando somos receptivos ao Cristo, somos capazes de ver a vida em sua verdadeira luz — eterna, espiritual e completa. No entanto, sem a luz do Cristo, assemelhamo-nos a alguém que está viajando à noite por uma estrada que oferece uma vista muito bonita, mas sem poder ver o lindo panorama, devido à escuridão. Quando surge o sol, porém, que maravilha aparece por todos os lados! Toda essa beleza ali estivera o tempo todo, para ser vista e apreciada, mas, sem a luz, não era visível. Com a disposição de andar na luz do Cristo, a Verdade, conseguimos nos libertar das limitações mortais e vislumbrar a realidade espiritual e eterna, vivendo assim com mais liberdade e plenitude.

Quando crescemos naquela compreensão cristãmente científica que Jesus tinha e, de forma tão maravilhosa empregava, tornase gradativamente mais claro que há, na verdade, apenas uma realidade — a espiritual. Deus, a Mente divina, só tem conhecimento da natureza atemporal e perfeita de tudo o que Ele criou. Pouco a pouco, passamos a conhecer-nos como a Mente nos conhece — como seus descendentes, sem mácula. A partir dessa perspectiva espiritualmente iluminada, somos capazes de ver além da evidência enganadora dos sentidos físicos; não vemos apenas um passado comprometido, ou um presente conturbado. Passamos a perceber a realidade das possibilidades infinitas e a totalidade do Amor eterno.

Mary Baker Eddy diz em seu livro Retrospecção e Introspecção: “É bom saber, caro leitor, que nossa história material, mortal, é apenas um registro do sonhos, e não da existência real do homem, e o sonho não tem lugar na Ciência do ser. É como um conto ligeiro’, e ‘como a sombra que declina’. As sombras terrenais servem ao propósito do céu de purificar os afetos, repreender a consciência humana, fazê-la voltar-se com satisfação de um sentido material e falso de vida e felicidade, para a alegria espiritual e a apreciação verdadeira do ser.” Retrospecção e Introspecção, p. 21.

Essas palavras de conforto encorajaram muitas pessoas a reivindicar libertação de um passado infeliz e a começar a perceber seu potencial e natureza espirituais. O reconhecimento de que de fato somos o reflexo de Deus, o Amor divino, ajuda-nos a radicalmente dar as costas às considerações materiais e negativas a nosso respeito, que nos retratam como seres derrotados, infelizes, frustrados, perdidos ou sem recursos. Em vez disso, somos levados a aceitar a verdade espiritual imutável a nosso respeito, ou seja, a verdade de que, como semelhança de Deus, somos tão eternamente satisfeitos quanto Ele o é.

Conquanto nunca tenha havido um momento em que tenhamos sido menos do que a idéia completa de Deus, a Mente divina, talvez seja necessário fazermos um esforço persistente e vigoroso para reconhecer esse fato e assim demonstrar que não podemos estar separados de Deus, nem mesmo se somos assediados por lembranças desagradáveis e pelo remorso por atos reprováveis do passado. Por que fazermos esforço persistente e vigoroso? Devido ao argumento de que existe uma outra mente além de Deus. Essa assim chamada mente mortal tenta nos afogar no sonho de limitação e medo. No entanto, essa falsa mente nada mais é do que ilusão, o sonho de vida na matéria, e Jesus descartou esse sonho com as seguintes palavras: “Quando ele profere a mentira, fala do que lhe é próprio, porque é mentiroso e pai da mentira.” João 8:44. Nosso Mestre provou que a mente mortal é fraudulenta em tudo o que crê ou argumenta. Nunca conseguiu colocar alguém sob sua suposta jurisdição, a partir de alguma combinação de circunstâncias humanas. A verdadeira identidade espiritual do homem nunca foi, por nenhum momento, moldada ou danificada pela mortalidade. Tudo o que a história material diz sobre uma pessoa não tem uma única partícula de realidade no universo de Deus, o bem.

Não importa qual tenha sido o passado de alguém, não há portas fechadas. A partir do momento em que à consciência é iluminada pela compreensão espiritual, vemos e sentimos a liberdade e começamos a vivenciá-la. Deus criou o homem como Sua expressão perfeita. Portanto, cada um de nós está dotado dos meios para viver uma vida ativa, feliz e plena. Nosso Pai, a Vida infinita, estabeleceu essa ordem para todos os Seus filhos.

Alguém talvez pondere: “No passado tive inúmeras oportunidades de levar uma vida útil e frutífera. No entanto, deixei escapar as oportunidades e, agora, é tarde demais.” Não é tarde demais. Nunca é tarde demais. A Sra. Eddy, a Descobridora e Fundadora da Ciência Cristã, escreve: “O Ser incansável, paciente com as procrastinações do homem, concede-lhe novas oportunidades a cada hora. .. .” Christian Healing, p. 19. Pense bem, a cada hora! Se há uma hora encarávamos nosso caso sob o ponto de vista dos argumentos da mente humana, podemos agora, neste momento, pensar de forma contrária — sob o ponto de vista espiritual. Podemos encarar as coisas a partir do que a Mente sabe. É aí que reside a verdadeira liberdade.

Em retrospectiva, talvez identifiquemos um caminho que não deveríamos ter tomado. E então? O que fazer? “Águas passadas não movem moinhos” é o ditado que todos nós conhecemos. A Ciência divina vai além da mera sabedoria humana, e mostra-nos como lidar definitivamente com o passado. Está claro que os erros do passado precisam ser revistos e deles precisamos nos arrepender. No entanto, viver preocupados com os acontecimentos do passado, remoer constantemente o que nós ou os outros dissemos ou fizemos, significa permanecer presos à armadilha daquilo que é, em essência, um sonho material. E isso resulta em problemas para o momento presente.

Para alcançar o progresso espiritual de que precisamos, e que podemos conseguir, a fim de receber as bênçãos infinitas que Deus reserva para nós, precisamos manter nossos pensamentos afastados do passado-mortal-que-nunca-foi-real. E isso é possível. Quando compreendemos e mantemos a verdadeira idéia de quem somos, e sempre fomos, não podemos nos tornar presas de nenhuma encenação da mente mortal. Aquilo que compreendemos sobre a realidade espiritual, e o que pomos em prática, determina nosso bem-estar e harmonia. A compreensão espiritual é a chave da alegria, domínio e propósito cada vez maiores.

Ao sentido mortal, que diz: “Você não entende, minha vida é um caos, meu caso não tem remédio!”, o sentido espiritual eternamente retruca: “Ah! Senhor Deus! eis que fizeste os céus e a terra com o teu grande poder e com o teu braço estendido; cousa alguma te é demasiadamente maravilhosa.” Jeremias 32:17. Ninguém precisa, por nenhum dia mais, lamentar-se do passado ou deixar que o presente seja sufocado. Não quando há uma oração cristãmente científica à qual podemos recorrer, uma oração que trouxe libertação espiritual a tantas pessoas no mundo. Reconhecendo o homem que Deus criou, utilizando os meios que Ele continuamente nos proporciona para que expressemos nossa identidade espiritual, podemos começar a tirar o máximo proveito do dia de hoje. Para nossa alegria e alívio, não mais nos sentiremos presos ao passado. Ao contrário, repetiremos com o apóstolo Paulo: “Eis agora o tempo sobremodo oportuno, eis agora o dia da salvação”. 2 Cor. 6:2.

O Deus que me revestiu de força,
e aperfeiçoou o meu caminho,
ele deu a meus pés a ligeireza das corças. .. .

Salmos 18:32, 33

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