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A verdade a respeito da atração

Da edição de maio de 1995 dO Arauto da Ciência Cristã


A Viagem De regresso, após participar da reunião comemorativa dos dez anos de minha formatura do colégio, proporcionou-me a oportunidade de fazer uma profunda análise de minha vida. Havia três anos que eu me tornara membro de uma igreja filial da Ciência Cristã, tendo-me filiado posteriormente À Igreja Mãe, A Primeira Igreja de Cristo, Cientista, em Boston, Massachusetts.

Entretanto, ali estava eu, num avião de volta para casa, sofrendo dos efeitos de um fim de semana durante o qual minha conduta não se havia pautado pelos Dez Mandamentos nem pelos padrões da Ciência Cristã. Em realidade, parecia que esses padrões haviam simplesmente deixado de existir naquele fim de semana. A vergonha e o senso de culpa que eu sentia eram quase insuportáveis. Contudo, eu tinha aprendido, em meu estudo da Ciência Cristã, que esses sentimentos negativos podiam ser superados e que a cura verdadeira das falsas atrações e tentações podia ser alcançada. Mas, por onde começar?

Eu havia aprendido muita coisa a respeito da verdadeira natureza de Deus e de Sua criação, uma natureza inteiramente espiritual, que não tem relação nenhuma com aquilo que os sentidos materiais percebem. Todas as chamadas leis materiais que encaramos como realidades concretas, das leis da gravidade às teorias que supõem estarem os seres humanos à mercê de corpos físicos que agem por sua livre vontade, são baseadas num sentido errôneo da criação.

Se aceitamos como realidade o conceito material da criação, que inclui pecado, doença, morte e injustiça, somos então forçados a nos sujeitar às “leis” que acompanham essa realidade. E se as leis materiais governam o universo, desde as amebas de uma só célula até a vastidão do espaço, que esperança pode ter a humanidade de se livrar das tendências e atrações físicas que parecem governar grande parte de nossa existência?

Felizmente, podemos confiar no que está escrito no primeiro capítulo do Gênesis, na Bíblia, e desviar-nos do círculo vicioso das crenças materiais que escravizam a humanidade. Nesse relato da criação, não existem atrações materiais capazes de exercer controle — nem sobre estrelas e planetas nem sobre o homem. Tudo é criado pela Palavra de Deus, o Espírito divino. Em realidade, ao homem foi dado domínio sobre essa criação espiritual! Ele é governado apenas por seu Pai celeste, Deus.

Em Ciência e Saúde, a Sra. Eddy nos diz que Deus, a Mente, é o criador e governador da lei verdadeira. “A adesão, a coesão e a atração são propriedades da Mente. Pertencem ao Princípio divino e mantêm o equilíbrio daquela força-pensamento que lançou a terra em sua órbita e disse à onda orgulhosa: 'Até aqui virás, e não mais adiante.' ” Ciência e Saúde, p. 124. Essa percepção espiritual apresenta a Deus como todo-poderoso, exercendo atração sobre todas as coisas. Seu descendente, o homem, criado à Sua imagem, é, portanto, governado e atraído apenas por leis e verdades espirituais. As hipóteses e as leis materiais não estão incluídas na verdadeira criação.

Ao elevarmos nossos pensamentos até essa compreensão espiritual, podemos nos sentir livres das limitações de uma realidade baseada na matéria. Podemos nos libertar do círculo vicioso das crenças humanas que nos dizem constantemente que somos controlados por forças, impulsos e influências de natureza física. Essas forças podem tomar forma em atitudes humanas que contradizem os Dez Mandamentos, embora sejam consideradas como uma conseqüência natural de nossa natureza biológica — competição agressiva, ódio, embriaguez, promiscuidade sexual e até mesmo homicídio.

O exemplo de Cristo Jesus, nosso Guia, pode ajudar-nos, quando procuramos dominar tentações pecaminosas e compreender nossa origem espiritual. Certa ocasião ele foi tentado por sugestões do diabo, que lhe ofereceu todos os encantos do mundo, contanto que ele se prostrasse e adorasse o diabo, ou seja, “o oposto da Verdade”.Ibidem, p. 584. Essa expressão faz parte da descrição de diabo em Ciência e Saúde. Mas a compreensão que ele tinha de sua união com Deus, o Espírito, ajudou-o a firmar-se no bem. Sua ordem: “Retira-te, Satanás, porque está escrito: Ao Senhor teu Deus adorarás, e só a ele darás culto” Mateus 4:10., preparou o caminho para a incomparável carreira de cura que teve a seguir.

Jesus rejeitou totalmente a noção de uma criação material com seus falsos prazeres e seus intermináveis infortúnios de pecado, doença e morte. Entretanto, seu domínio sobre a matéria não era o resultado da força de vontade humana. Ele não andou sobre o mar Ver Mateus 14:23–25. nem ressuscitou a Lázaro Ver João 11:1–44. por meio do poder da mente mortal, mas sim, através do poder divino e do domínio que se manifestam naturalmente quando compreendemos que a criação é espiritual e não inclui nenhum elemento material.

Essa era uma parte dos conceitos que eu tinha de entender, enquanto lutava com minha própria noção de que a vida está contida na matéria e sujeita a falsas atrações e tentações. Percebi que havia muita força de vontade humana no fato de eu aderir aos Dez Mandamentos e aos padrões da Ciência Cristã. Eu ainda não tinha compreendido que estar livre das leis materiais era algo que me é inerente por eu ser uma idéia existente no reino do Espírito.

A luta para nos livrarmos do pecado — se for baseada apenas na força de vontade humana — está fadada ao malogro. Temos de nos apoiar no poder do Espírito. E essa foi minha decisão. A fim de me ver livre das tentações pecaminosas, orei humildemente, baseando-me no reconhecimento de que a espiritualidade e a pureza me eram inerentes. Em pouco tempo, já não me sentia mais atraída ou tentada por comportamentos que antes pareciam irresistíveis, nem voltei a ter esse tipo de tentação.

A seguinte mensagem de Paulo aos filipenses significou muito para mim. Ele diz: “.. . perdi todas as cousas e as considero como refugo, para ganhar a Cristo, e ser achado nele, não tendo justiça própria, que procede de lei, senão a que é mediante a fé em Cristo, a justiça que procede de Deus, baseada na fé. .. . Uma cousa faço: esquecendo-me das cousas que para trás ficam e avançando para as que diante de mim estão, prossigo para o alvo, para o prêmio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus.” Filip. 3:8,9,13,14.

Se você está se sentindo preso na armadilha das tentações pecaminosas, ou está amargando um senso de culpa e de vergonha, saiba que existe um caminho seguro para a cura. Você pode banir a maneira de pensar e a conduta destrutiva. Ao volver-se a Deus, não à força de vontade humana, Ele lhe mostrará cada passo do caminho para a liberdade. Isso talvez exija muito auto-exame, lágrimas e arrependimento. Mas se você não esmorecer — se continuar a volver-se a Deus, reconhecendo a pureza espiritual de Sua criação e esforçando-se para viver de acordo com sua verdadeira natureza — o resultado será a cura espiritual.

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