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Religião e política

Da edição de maio de 1995 dO Arauto da Ciência Cristã

The Christian Science Monitor


Todos Sabemos, Do fundo do coração, que religião é basicamente uma questão individual e pessoal. Não se trata de algo que possa ser determinado de maneira cabal por um grupo de pessoas, mesmo que seja uma maioria. Não é algo produzido pelos homens, mas vem de Deus. Vem do íntimo, não de fora. E só toma forma coletiva quando as pessoas de convicção semelhante se unem voluntariamente para adorar a Deus.

É por isso que as pessoas instintivamente desconfiam, quando a autoridade civil é dominada por uma igreja, assim como quando uma igreja é governada pelo estado. O conceito de religião imposta simplesmente não está de acordo com a liberdade, a justiça e o amor, que constituem a parte fundamental da verdadeira adoração. A imposição impede o progresso da humanidade, um progresso que, tanto o governo, quanto a religião, pretendem promover. É claro que o verdadeiro governo e a verdadeira religião não apenas pretendem promover o progresso, mas de fato o promovem. E assim o fazem, não por dominarem um ao outro, mas sim porque se baseiam em sua verdadeira origem comum, ou seja, Deus.

Nos tempos bíblicos, Deus era reconhecido tanto como o único legislador, “o governador dos povos”, como também o mais alto Deus, o mais santo, o Santo de Israel. O Salmista alude à natureza espiritual e à coincidência entre a religião e o governo, quando escreve: “O Santo de Israel é o nosso rei.” Salmos 89:18 (conforme a versão King James).

Cristo Jesus representou a manifestação ideal da santidade e da majestade de Deus. Ele mostrou, de modo perceptível, a divindade do governo e da religião verdadeira. Sua política não era partidária, nem se baseava em opiniões humanas, mas era divinamente imparcial. Sua religião não era pessoal nem sectária, mas universalmente espiritual. Para Jesus, as origens do governo e da religião não eram distintas, mas sim uma só, pois tanto a santidade como a autoridade só podem ser encontradas em Deus.

Jesus mostrou que não se obteria governo justo e religião verdadeira mediante a destruição, mas sim pela regeneração individual e vidas cada vez mais puras, santas e saudáveis.

Jesus trouxe ao mundo essa perspectiva divina, honrando tudo o que era bom e correto, tanto na adoração religiosa, quanto no governo civil. Respeitava os dias santos, estudava as Escrituras e ensinava na sinagoga. Também obedecia à lei romana, pagava os impostos e aconselhava tanto aos discípulos quanto aos detratores, dizendo: “Dai. .. a César o que é de César.” Mateus 22:21. Reprovava, porém, o que não estava de acordo com a lei de Deus. Expulsou os mercadores materialistas do templo e afrontou alguns conceitos da religião tradicional, curando no sábado. Quando falsamente acusado e levado perante o governador civil, Pilatos, que o desafiou com a pergunta: “Não sabes que tenho autoridade. .. para te crucificar?” Jesus declarou: “Nenhuma autoridade terias sobre mim, se de cima não te fosse dada.” João 19:10, 11. Sua ressurreição provou que é a lei de Deus, a que realmente impera, suprema.

O mais interessante, talvez, foi Jesus ter-se negado a ser proclamado rei. No entanto, insistiu em afirmar que ninguém podia entrar no reino de Deus, senão através dele, “o caminho, e a verdade, e a vida” João 14:6..

Jesus mostrou que não se obteria governo justo e religião verdadeira mediante a destruição, mas sim pela regeneração individual e vidas cada vez mais puras, santas e saudáveis. Os meios devem ser espirituais e sanadores, não ilegais, nem semeadores de discórdia, nem movidos por vontade férrea. A iniciativa parte do foro interior, não vem de fora. A maneira de consegui-lo é progressiva, passo a passo, indivíduo após indivíduo, conforme o ilustram as curas realizadas por Jesus.

A Ciência Cristã ensina que o governo justo começa com o autodomínio individual. A Sra. Eddy escreve: “O homem só é propriamente governado por si mesmo quando bem guiado e governado por seu Criador, a Verdade e o Amor divinos.” Ciência e Saúde, p. 106. A religião pura consiste em agir de acordo com a lei de Deus e assim agir corretamente mente para com nosso próximo; em honrar a Deus como o Criador, Pai, perfeito Amor, Espírito infinito, o verdadeiro Criador do homem. Consiste, outrossim, em compreender nossa verdadeira natureza como o homem criado por Deus, a expressão individual de Deus, inteiramente espiritual, todo amada. A Sra. Eddy escreve: “Aproxima-se a época em que a compreensão da verdade do ser será a base da religião verdadeira.” Ibidem, pp. 67–68.

Não precisamos ser afligidos pela religião ou pela política. Precisamos compreendê-las em seu significado espiritual. Nossa demonstração individual de autogoverno e de religião genuína ajudará a manter o equilíbrio e a ordem em todos os campos em que a administração civil e a igreja atuam e se interrelacionam. Ajudará também, de maneira eficaz, a aperfeiçoar essas instituições, qualquer seja seu aspecto atual, até a estrutura humana não ser mais necessária, constatando-se então que Deus é a única verdadeira autoridade em toda a terra.

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