Pode Parecer Presunçoso alguém, que nunca passou fome nem privações, dizer que compreende o sofrimento das multidões que vivem destituídas, famintas e desamparadas, nas ruas das cidades e nas regiões estéreis, seja devido à seca, seja devido à corrosão. Se pensarmos bem, no entanto, muitos de nós, (inclusive a autora deste artigo), já sentimos de certa forma essa sensação de abandono: talvez por que a família se tenha desfeito, ou por que se perdeu um emprego e parecia não haver dinheiro para pagar o aluguel ou a prestação da casa. Ou simplesmente porque nos sentimos rejeitados, solitários, sem raízes.
Tendo ponderado esse problema, estou convencida de que, independentemente da forma que ele tome ou de quem ele atinja, todas as suas manifestações têm aspectos em comum. Com essa convicção, comecei a sentir certa afinidade com as pessoas que, nos dias de hoje, são classificadas como “semtetos”. Já não penso nelas como uma massa de indivíduos sem identidade, que não têm nada a ver comigo. Do fundo do coração, sinto algo em comum com elas. Esse sentimento aprofundou meu desejo de ajudá-las.
É evidente que podemos fazer doações a organizações idôneas, para ajudar a suprir necessidades imediatas de alimento e abrigo. No entanto, eu me pergunto: “Que posso fazer para ajudar a erradicar a miséria para todos nós, num sentido mais amplo e de forma duradoura?”
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