Você já viu alguma vez um nevoeiro bem forte, a ponto de não conseguir enxergar até o fim da rua? Eu já vi neblina assim. Atrás do meu quintal há um grande terreno com uma escola de primeiro grau. Em dias de muito nevoeiro, eu nem consigo ver a escola, e olha que o prédio é enorme! Se passar alguém que não conhece o lugar, nem percebe que a escola está ali. Mas eu tenho certeza de que ela continua no mesmo lugar.
Eu sei que o nevoeiro não pode mudar o prédio de lugar, nem sequer um pouquinho. A neblina não pode levá-lo estrada abaixo, nem virá-lo de lado, nem mudar sua forma e nem mesmo retirar alguns tijolos. Também nunca fiquei preocupada, pensando que as crianças pudessem ficar sem a escola devido ao nevoeiro. Isso porque eu sei como é o nevoeiro. Eu compreendo que ele é como uma nuvem baixa que encobre as coisas até o sol sair ou até o vento levá-la embora.
Sabe de uma coisa, os problemas que nos assustam são um pouco como a neblina. Eles tentam esconder a bondade de Deus, Sua onipresença e onipotência. Eles tentam nos enganar e fazer-nos acreditar que são reais, e que a bondade de Deus não está conosco. Eles tentam nos amedrontar e nos fazer esquecer a criação perfeita, feliz e totalmente boa de Deus, para assim prestarmos atenção ao mal. Mas veja, assim como o nevoeiro que esconde o prédio da escola, essas mentiras nunca podem, nem por um instante, apagar ou prejudicar nenhuma parte do bem de Deus.
O primeiro capítulo do Gênesis, na Bíblia, conta tudo o que realmente pode acontecer na criação espiritual e perfeita de Deus. Ali diz que Deus fez tudo e viu que era muito bom. Peça ao seu pai ou à sua mãe, ou a algum amigo, para ajudá-lo a ler esse capítulo. Procure o que é que Deus fez e o que é “bom” e “muito bom”.
Você achou o ponto onde fala das plantas? E sobre as criaturas do mar e os animais do campo? Você achou onde estão incluídos os animais de estimação? E o ponto em que foram criados seus amigos, sua mãe e seu pai? E você mesmo se achou nessa narração?
Agora, olhe no segundo versículo do capítulo dois, no Gênesis, e veja como ficou a criação de Deus. Ali diz que Deus tinha “terminado”. Isso quer dizer que não era preciso fazer mais nada. Não precisava acrescentar nem tirar nadinha. A criação estava muito boa e não necessitava de nenhuma mudança, nem uma mudança pequenina. Como quando você termina um desenho na escola e o entrega à professora. Já está feito e terminado. A criação de Deus é assim também, completa, acabada, perfeita.
Se a criação está completa e é toda boa, então não pode haver espaço para problemas. Veja o que é que assusta você e verifique se aquilo está incluído no primeiro capítulo do Gênesis. Se não estiver ali, significa que Deus não o criou, então não faz parte de Sua criação e não pode existir em lugar algum. Também não pode estar onde você está agora.
Quando você entender que o problema não está incluído na criação de Deus, não terá mais medo dele, nem se deixará convencer de que o bem de Deus pode ser encoberto. O problema não pode atingir você. As crianças vão à escola perto de minha casa, felizes e contentes, mesmo nos dias de nevoeiro. Assim também você pode seguir seu caminho, feliz e livre, certo da presença de Deus e de sua perfeição.
Todas essas idéias me ajudaram na ocasião em que ouvi no noticiário que alguém havia cometido um crime horrível, com muitas vítimas. As pessoas em toda parte ficaram muito impressionadas e com medo. Eu também fiquei tão triste, que quase me esqueci de que somente a criação de Deus é real e que só existe o homem bom que Deus criou.
Eu orei para ver as coisas do jeito que Deus havia feito, do jeito que Ele as conhece, tudo “muito bom”. Foi quando me lembrei do nevoeiro. Minhas orações me ajudaram a entender que os filhos de Deus nunca podem estar separados dEle, que é o bem. Tal como o prédio da escola não pode ser retirado, mudado ou destruído pelo nevoeiro, assim o homem de Deus nunca pode ser encoberto ou prejudicado pelo mal.
Toda aquela situação era, em realidade, uma mentira, como um nevoeiro, tentando encobrir a verdade do homem de Deus, que é perfeito e muito bom. A oração me mostrou que eu não precisava ficar na neblina, mas sim podia confiar nos fatos sobre Deus e sobre o homem, como estavam descritos no primeiro capítulo do Gênesis. Eu podia seguir adiante em meu caminho, livre para sentir e expressar a bondade e o amor de Deus. Eu podia ver, em mim mesma e nos outros, os fatos espirituais. E minhas orações iriam me guiar a fazer algo para ajudar.
Em Ciência e Saúde, a Sra. Eddy fala da “luz solar da Verdade”.Ciência e Saúde, p. 162. O que o raio do sol faz com a neblina? Faz com que ela desapareça. A Sra. Eddy nos diz que é exatamente isso que a Verdade, Deus, faz com o erro. Ela escreve: “A Ciência divina dispersa as nuvens do erro com a luz da Verdade, levanta a cortina e deixa ver que o homem nunca nasce e nunca morre, mas coexiste com seu criador.” Ibidem, p. 557. A Ciência divina, ou Ciência Cristã, é a lei de Deus. Coexiste significa que vive junto e ao mesmo tempo, no mesmo lugar.
Sempre que afirmamos a verdade sobre a criação perfeita de Deus e permanecemos fiéis a ela, nós estamos dispersando o nevoeiro das mentiras. Elas não têm chance nenhuma na presença da luz da Verdade! E nós ficamos livres do problema.
Nós ajudamos o mundo quando somos mais alertas e deixamos os fatos espirituais brilhar em nós, a cada instante. Sabemos que a mentira é como um nevoeiro e não permitimos que ela esconda a luz que é nossa. Nós ficamos firmes na verdade da criação de Deus, perfeita e sempre presente, e mantemos a certeza de que estamos sempre sob os cuidados de Deus e nada nos pode tirar dali.
 
    
