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Aprender o máximo com o testemunho dos outros

Da edição de março de 1996 dO Arauto da Ciência Cristã


A Bíblia, Bem Como Ciência e Saúde e Miscellaneous Writings, livros da Sra. Eddy, incluem relatos pessoais sobre o poder de Deus para curar. Os periódicos da Ciência Cristã publicam, em cada número, novos testemunhos de cura. Aqueles que foram curados expressam em narrativas comovedoras e sinceras, gratidão pela bondade e pelo poder de Deus. Qual é a reação de algumas pessoas a esses testemunhos?

Há os escarnecedores, aqueles que aparentemente se recusam a aceitar os relatos da Bíblia sobre a cura e negam-lhe toda e qualquer validade. Também rejeitam as incontáveis curas alcançadas por Cientistas Cristãos, nos mais de cem anos em que a Ciência Cristã vem sendo praticada.

Há também os que acreditam, aqueles que aceitam a idéia de que o poder de Deus pode curar, e se regozijam com o testemunhante. Talvez você seja um dos que acreditam, ou pelo menos está "aberto" ao conceito da cura espiritual. Frequentemente nos maravilhamos com a rapidez da cura ou com a vitória sobre um problema aparentemente de grande magnitude. Será que nos lembramos, porém, de aceitar esses relatos, não só como provas diretas do amor de Deus pelo testemunhante, mas também como evidência do amor divino por nós? Será que aceitamos o fato de que as verdades espirituais demonstradas no testemunho são verdadeiras também para nós e que podemos confiar nas mesmas leis, agora mesmo, para nos curar? Ou será que em vez disso caímos em uma ou mais das seguintes armadilhas mentais, que nos impedem de tirar o máximo proveito do testemunho de outra pessoa?

Armadilha no 1: "Como é que ele conseguiu e eu não consigo? Faz anos que eu estudo e pratico a Ciência Cristã, ele chega, lê uma frase e é curado. O que há de errado comigo?"

Armadilha n° 2: "Que fé enorme deve ter essa pessoa! Só de pensar que eu poderia passar pelo mesmo problema, já me assusta. Duvido que eu consiga ter a firmeza que ela teve".

Armadilha n° 3: "Que cura maravilhosa! Está claro que essa pessoa compreende muito mais do que eu a respeito de Ciência Cristã".

Armadilha n° 4: "As coisas eram bem mais simples no tempo de Cristo Jesus, mesmo no tempo da Sra. Eddy. Agora o mal está muito mais difundido, o materialismo é muito mais gritante".

Essas armadilhas e outras similares são o resultado de um conceito errôneo sobre Deus e o homem, conceito esse que aceitamos como se fosse nosso próprio pensamento. Essas sugestões infundadas derivam da premissa falsa de que somos mortais separados de Deus, de que existimos como mentes materiais independentes, dentro de um corpo material. Precisamos ver com mais clareza quem somos realmente, onde vivemos e o que é que produz a cura. Precisamos estar mais conscientes de que, como só existe uma Mente, uma causa, ou seja, Deus, não existe uma mente pessoal, material, controlando o que quer que seja, a não ser na crença.

Se acreditarmos ter uma mentalidade material e particular que controla nossa experiência, estaremos, em realidade, acreditando numa espécie de isolamento pessoal e supondo que somos pequenos deuses. Com isso, nos consideraríamos pessoalmente responsáveis por nossa cura ou pela falta dela.

Ao lermos um testemunho de uma cura "notável", então deduziríamos, erroneamente, que ela ocorreu porque a pessoa tinha uma capacidade especial ou fé e compreensão espiritual muito acima de nosso nível. "Bom para ela, mas ... e eu?"

No entanto, se reconhecermos mais claramente que Deus é a Mente única, a causa única, o único sanador, perceberemos que a cura se realiza pela atuação das leis divinas invariáveis e sempre presentes, que forçosamente se aplicam também a nós, aqui e agora. Pedro reconheceu que "Deus não faz acepção de pessoas". Atos 10:34.

Isso não significa que nós não tenhamos nada a fazer, no processo de cura. Temos de nos empenhar ativamente em mudar nosso pensamento: primeiro, prestando atenção ao Cristo, a mensagem divina que vem da Mente, Deus. Depois, ajustando nossos pensamentos e ações de acordo com a orientação divina, aceitando a Mente única como nossa única consciência. A cura decorre do ato de ceder lugar à Mente divina, não da pressão exercida sobre a mente humana. É uma atividade espiritual, não intelectual. É Deus, não o homem, que controla a situação.

Dessa forma, não pode haver um poder de cura pessoal, particular. A cura é evidência da atuação do Cristo. A Sra. Eddy dá a seguinte definição de Cristo, em Ciência e Saúde: "A divina manifestação de Deus, que vem à carne para destruir o erro encarnado". Ciência e Saúde, p. 583. Por isso, a cura é evidência do Cristo universal. É evidência da Verdade divina, que destrói a suposição incorreta. A Verdade está em todo lugar, o tempo todo. Como a suposição não é a Verdade, mas um erro, o oposto da Verdade, a suposição, não existe em lugar algum nem em momento algum.

Assim sendo, o reconhecimento da Verdade eterna e onipresente que propicia a cura vem quando cedemos à Mente única, divina, aceitando o fato de que o homem é a própria evidência e expressão da Mente.

A suposição de que o homem seja material, em vez de espiritual, sujeito aos males da carne, talvez pareça fazer parte da sua ou da minha experiência, mas em realidade é uma mentira, uma inverdade. Por mais real que pareça, continua sendo apenas uma suposição, que a Verdade sempre destrói. A Verdade não pode ser verdadeira para alguns e não para nós. Ela não pode ser mais accessível para mim do que para você. A Verdade é. A suposição não é.

Vejamos a experiência de alguém que, ao ouvir o testemunho de cura de outra pessoa, não caiu em nenhuma das "armadilhas" que mencionamos, pelo contrário, teve uma atitude inspirada. O capítulo intitulado "Frutos", em Ciência e Saúde, consiste de testemunhos de pessoas que se curaram exclusivamente pela leitura desse livro-texto. Na página 624, começa o relato dessa senhora que estava em situação desesperada. Estava com o corpo inteiramente coberto de feridas, sua visão ia de mal a pior. Ela conta que foi visitar uma irmã, que fora curada pela Ciência Cristã. Logo no primeiro dia, a irmã leu para ela trechos da Bíblia e de Ciência e Saúde. "Eu sabia que Deus não faz acepção de pessoas", narra a testemunhante, "e quando vi o que a Ciência Cristã tinha feito por minha irmã, ... eu disse: 'Deus pode fazer outro tanto por mim, se eu a aceitar.' Fiquei curada instantaneamente pela Ciência Cristã ....".

Ela não se perdeu em comparações entre a experiência dela e a da irmã. Reconheceu que a Verdade é universal e concluiu que devia ser verdadeira para ela também, naquele exato momento, e que ela poderia ser curada, com a única condição de que a aceitasse.

Quanto mais podemos nós ser abençoados, se aprendermos a evitar as armadilhas que tentam nos impedir de reivindicar nossa união com Deus e com as verdades que fundamentam a demonstração da presença divina que o testemunhante teve. Reconheçamos o testemunho dos outros como evidência tangível do amor misericordioso que Deus tem por nós e como prova irrefutável do poder desse amor para nos curar, agora mesmo.

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