O Que Faz Com que um estudante da Ciência Cristã decida se tornar membro d'A Igreja Mãe? No meu caso, foi o exemplo de meus colegas da organização da Ciência Cristã, na universidade em que eu estava estudando. Os relatos de curas, da solução de problemas através da oração e de inspiração recebida eram tão encorajadores, que comecei a compreender que eu mesma podia pôr em prática a Ciência Cristã, em vez de me apoiar nas orações de meu pai por mim, como eu costumava fazer até esse momento.
A organização universitária da Ciência Cristã era como uma família para mim. Todos se ajudavam uns aos outros, o que fez com que eu quisesse tornar-me parte dessa organização. Comecei a perceber como a Igreja de Cristo, Cientista, é universal. Quando me tornei membro d'A Igreja Mãe, senti-me segura e protegida, amada e apoiada pelas orações de todos os membros.
Pouco tempo depois de eu me haver filiado, tive uma cura que fortaleceu esses sentimentos. Uma quinta-feira, eu estava estudando na biblioteca da universidade. Subitamente, senti-me muito mal e com fortes dores do lado. Consegui me deitar num local calmo e orar. As dores diminuíram a ponto de eu poder assistir a minhas aulas da tarde. Depois, porém, a dor voltou, e achei melhor voltar para casa. Ao sair pela porta principal da universidade, desmaiei, e fui levada para o escritório da diretora. Apesar das minhas objeções, ela chamou uma ambulância e fui levada para um hospital.
Antes de sair, pedi à diretora para contatar um colega de classe, que também era membro da organização universitária da Ciência Cristã. Fiquei muito grata ao saber que ele havia vindo diretamente ao hospital e estava na sala de espera. O efeito de sua oração foi imediato. Fui curada antes que o médico pudesse me examinar.
Pedi desculpas ao médico por havê-lo incomodado e expliquei que eu não queria ter sido trazida para o hospital, pois sempre havia me apoiado em Deus para a cura, com sucesso. O médico disse que meu problema provavelmente era apendicite. Uma enfermeira trouxe um medicamento para eu beber, mas não o tomei. Ela me disse para voltar dali a quatro dias. Assegurei-lhe de que eu estava perfeitamente bem e não precisaria retornar. Então ela me deu um formulário para assinar, eximindo o hospital de toda e qualquer responsabilidade. Assinei-o com gratidão, dando como razão o fato de ser membro d'A Igreja Mãe, em Boston, e de me apoiar inteiramente em Deus para a cura.
Quando encontrei meu colega na sala de espera, ele me perguntou se deveria ligar para um praticista da Ciência Cristã, para continuar me apoiando através de oração. Mas não foi necessário, eu já estava me sentindo perfeitamente bem, tanto que mais tarde nadei um quilômetro e meio, como fazia todos os dias. Depois, na reunião de testemunhos de nossa organização universitária, tive a oportunidade de agradecer a Deus com alegria por essa cura rápida e completa, e por se membro d'A Igreja Mãe. Isso aconteceu há muitos anos, e nunca mais tive nenhum vestígio desse problema. Meu amor e minha apreciação pelo Amor divino e pel'A Igreja Mãe eram realmente grandes.
Muitos membros certamente já sentiram amor pel'A Igreja Mãe. Talvez a experiência inicial desse amor tenha sido como o "primeiro amor" de que o autor do Apocalipse fala na carta à igreja de Éfeso (ver Apoc. 2:4). Mas já me perguntei várias vezes qual é o conceito que os membros d'A Igreja Mãe têm dela, à medida que o tempo passa. Será que somos tão leais e ativos em nosso compromisso para com A Igreja Mãe como o somos em relação ao nosso casamento, à nossa família, ou mesmo a um empregador, a uma equipe esportiva ou a um coral?
O compromisso para com a Igreja implica demonstrar a abrangência do Amor todo-includente, e é corroborado pelo que Cristo Jesus disse a seus discípulos antes da crucificação: "O meu mandamento é este, que vos ameis uns aos outros, assim como eu vos amei". Ele também lhes disse: "Nisto conhecerão todos que sois meus discípulos, se tiverdes amor uns aos outros". João 15:12; 13:35. E em sua oração por aqueles a quem ele havia tão fielmente ensinado, disse: "Pai justo, o mundo não te conheceu; eu, porém, te conheci, e também estes compreenderam que tu me enviaste. Eu lhes fiz conhecer o teu nome e ainda o farei conhecer, a fim de que o amor com que me amaste esteja neles e eu neles esteja". João 17:25,26.
O amor abnegado, a obediência aos mandamentos de nosso Mestre e a disposição de nos dedicarmos por inteiro à família da Igreja permitem que a harmonia, a alegria, o bem-estar, o vigor e a satisfação sejam expressos pelos membros. Nós, os membros, representamos A Igreja Mãe. Quão seriamente encaramos esse papel? Quão maternais somos? Um aspecto desse amor maternal é nosso amor entre nós. O outro é nosso amor pela humanidade. Juntos expressamos, individual e coletivamente, o amor d'A Igreja Mãe pelo mundo. Em sua mensagem Á Igreja Mãe em 1896, a Sra. Eddy escreveu: "Até hoje, tenho observado que, à medida que esta igreja foi bondosa com Seus "pequeninos", Ela a abençoou. Durante todo o tempo em que estive ligada À Igreja Mãe, notei que, à proporção que esta amou aos outros, assim Deus lhe concedeu Seu amor; regando seus lugares desertos e alargando suas fronteiras". Miscellaneous Writings, p. 127.
Isto é algo pelo qual vale a pena trabalharmos, algo que merece nossa maior dedicação. Nada traz mais bênçãos ou uma satisfação e realização mais profundas do que aprender, a cada dia, a expressar o Amor de Mãe, que cura. Os membros se comprometem a demonstrar esse Amor quando dão o primeiro passo, requerendo filiação n'A Igreja Mãe. E é o Amor divino, nosso Pai-Mãe, que nos dá o desejo e o vigor para continuarmos a dedicar nossa vida a ajudar, confortar e curar aqueles que o necessitam. Nós o fazemos à medida que reconhecemos e nos alegramos na verdadeira natureza do homem como a imagem e semelhança de Deus, totalmente perfeito, livre do contágio, da doença, do pecado, da superstição, do medo, da necessidade, do ódio. Cada pessoa é digna de nosso amor e do amor de Deus.
Poderá alguém assumir um compromisso maior, mais carinhoso ou mais essencial do que o de expressar o amor maternal de Deus? Certamente, tudo o mais empalidece à luz dos efeitos de um amor cristão tão maravilhoso. Não pode haver nada mais gratificante do que amar do modo que nosso Mestre, Cristo Jesus, amou — um amor que curava, qualquer que fosse o problema que o mundo oferecia, para tentá-lo.
À medida que cada membro expressa mais das qualidades maternais do Amor divino, inclui cada vez mais gente, até que todo o mundo se sinta incluído na abrangência do Pai-Mãe, o Amor divino. Esse trabalho é fundamental ao propósito d'A Igreja Mãe e cada um de seus membros, ou seja, curar e salvar.
Sabei que o Senhor é Deus:
foi ele quem nos fez e dele somos;
somos o seu povo, e rebanho do seu pastoreio.
Entrai por suas portas com ações de graça,
e nos seus átrios com hinos de louvor;
rendei-lhe graças e bendizei-lhe o nome.
Salmos 100:3, 4
