Um dia, perto do lugar onde meu pai trabalha, ele encontrou no chão um filhote de passarinho que tinha caído do ninho. Era bem pequeno, nem tinha penas ainda. Meu pai o abrigou dentro do casaco e trouxe-o para casa. Nós fizemos uma espécie de ninho para ele. Eu gosto muito de animais, mas nós moramos em um apartamento pequeno e meus pais acham que não podemos ter animais em casa. Minha irmã Carolina e eu ficamos muito felizes com o bichinho.
Na Escola Dominical da Ciência Cristã aprendemos que Deus é Amor e os animais são idéias menores de Deus. Aprendemos também que Deus cuida de toda a sua criação e a protege. Todos nós ficamos gratos a Deus pela oportunidade de cuidar desse filhote de passarinho, com muito carinho e amor.
O filhotinho foi crescendo. Fazia sempre um barulhinho que soava como zi ... zi ... zi ... por isso começamos a chamá-lo simplesmente de Zi. Quando tomou mais forma, vimos que era uma rolinha. Ela se acostumou a viver solta pela casa e é só chamar que ela vem. Muitas vezes, quando chegamos em casa, ela vem voando ao nosso encontro. Pegou o hábito de dormir atrás da geladeira, pois ali tem o calor-zinho do motor, mas mamãe põe comida e água para ela dentro de uma gaiola, para não fazer desordem na casa. A porta da gaiola fica sempre aberta e ela entra para comer. Às vezes, quando a Zi está ali dentro, fechamos a portinha e colocamos a gaiola para fora, para ela tomar sol.
Num fim de semana, papai e mamãe precisaram viajar e nosso tio viria nos buscar para passarmos aqueles dias na casa dele. Antes de o meu tio chegar, colocamos a Zi para tomar sol, dentro da gaiola. Aí a Carolina abriu a portinha para fazer carinho nela e ela voou para longe. Minha irmã gritou pr mim e nós dois saímos correndo para procurar nossa rolinha, mas não conseguimos encontrá-la. Nisso, meu tio chegou, apressado, e tivemos de parar de procurá-la para ir embora com ele.
Ficamos muito tristes, mas resolvemos orar, como aprendemos na Ciência Cristã. Nós tínhamos certeza de que Deus estava com ela. Reconhecemos que a Zi era uma idéia de Deus, perfeita e completa, portanto sempre teria tudo o que precisava, ela estaria bem onde quer que estivesse.
Eu orei, lembrando duas passagens da Bíblia: "No amor não existe medo: antes, o perfeito amor lança fora o medo". João 4: 18. Com isso, eu me acalmei. E também pensei neste trecho da Bíblia: "E, se sabemos que ele nos ouve quanto ao que lhe pedimos, estamos certos de que obtemos os pedidos que lhe temos feito". 1 João 5:15. Tive confiança em Deus. Pensei nessas idéias muitas vezes, e isso me ajudou a ficar tranquilo, quando eu achava que a Zi nunca tinha vivido sozinha nem tinha aprendido a procurar comida por conta própria. Às vezes eu orava também para não ter medo que algum cachorro a atacasse. Esses versículos da Bíblia me ajudaram a ficar firme e calmo.
Três dias depois, voltamos todos para casa. A Carolina e eu contams ao papai e à mamãe o que havia acontecido. Logo saímos pela vizinhança e perguntamos a várias pessoas se alguém havia visto a nossa rolinha, mas ninguém sabia nada da Zi. Voltamos para casa e a mamãe e o papai também nos ajudaram com pensamentos reconfortantes e seguros acerca de Deus e Seu amor para com toda a Sua criação.
De repente a mamãe, lá da cozinha, teve uma idéia e nos chamou: "Vão até o prédio que fica ao lado do nosso, e perguntem se alguém não achou a nossa rolinha". Fizemos como ela mandou. Justamente num dos apartamentos daquele prédio encontramos a Zi. A senhora que morava ali a pegara, antes que o cachorro dela chegasse perto.
Ficamos muito, muito contentes de ver nossa rolinha sã e salva! E também agradecemos a Deus pela proteção que ela tivera nos dias em que ficara longe de nós.
Tudo aquilo que aprendemos na Escola Dominical nos ajudou a orar, a ficar tranquilos e ter confiança de que nenhuma idéia de Deus fica sem defesa ou fora da presença de Deus. Pudemos confiar em Deus para cuidar da Zi, e ela foi protegida.
