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Bom dia!

Da edição de setembro de 1999 dO Arauto da Ciência Cristã


Todos nós repetimos essa saudação, quando encontramos amigos ou conhecidos, pela manhã. Pensando bem, essa expressão devia ter a intenção original de dizer: "Faço votos de que seu dia seja bom." Na verdade, é uma espécie de ritual. Nunca pensamos muito no significado dessas palavras.

Recentemente, comecei a levar essa frase a sério. O que é um "dia bom"? Será que um dia bom depende da sorte, ou dos caprichos do destino? O que podemos fazer para ter, realmente, um bom dia?

Em Ciência e Saúde, a Sra. Eddy nos dá um conceito de dia que eu aprendi a considerar como padrão: "Dia. A irradiação da Vida; luz, a idéia espiritual da Verdade e do Amor.

" 'Houve tarde e manhã, o primeiro dia.' (Gênesis 1:5.) Os objetos do tempo e dos sentidos desaparecem na iluminação da compreensão espiritual, e a Mente mede o tempo de acordo com o bem que se desdobra. Esse desdobramento é o dia de Deus, e 'já não haverá noite' " (p.584).

Essa definição nos assegura que podemos esperar para o nosso dia toda a abundância de bem incluída na "irradiação da Vida", que é Deus. Nosso dia inclui todo o amor que Deus tem por nós. E podemos ter certeza de que Ele não nos recusa nem sequer uma partícula do bem.

Saber que "não haverá noite" me ajuda a lembrar que, no dia planejado pela Mente divina, não falta a luz em nenhum momento. Nele não há carência de espécie alguma, nem de atividade nem de suprimento.

O estudo diário da Lição Bíblica que encontramos no Livrete Trimestral da Christian Science é uma maneira de tomar consciência desses fatos espirituais. Aprendi que esse estudo é uma ótima maneira de dizer "bom dia" a nós mesmos. Ajuda-nos a reconhecer a Deus como o instrutor de todas as nossas ações, a cada dia. Se confiarmos em Deus para nos guiar a cada passo, colheremos os frutos dessa confiança.

Isso ficou muito claro para mim, numa experiência recente. Uma manhã, eu havia acabado de estudar a Lição Bíblica daquela semana e ponderar as idéias de que falei acima, quando minha filha telefonou da escola. A diretora estava pedindo para eu comparecer lá, pois queria falar comigo pessoalmente. A menina não sabia do que se tratava. A princípio, fiquei apreensiva. Além de não saber o motivo da convocação, eu não tinha o dinheiro para o ônibus que precisaria tomar para ir e voltar. Nossa família vinha orando e esperando o suprimento diário, e a cada dia tínhamos nossas necessidades supridas. Mas nesse dia eu não tinha nenhum dinheiro.

Veio-me a idéia de pedir emprestado à minha vizinha. Afinal, seria uma quantia pequena. Ela era muito gentil e eu nunca havia lhe pedido nada antes. Descartei logo a idéia, porém: achei que esse não seria suprimento divino, não era a resposta que eu estava esperando. Pensei que Deus deveria ter uma maneira melhor de atender à necessidade.

Uns minutos depois, tocou o telefone novamente. Era uma amiga, dizendo que tinha um presentinho para me dar, em agradecimento por eu tê-la ajudado numa época difícil de sua vida. Queria que eu fosse buscá-lo na casa dela. Não disse o que era e eu não perguntei, mas logo pensei: Mais um ônibus para tomar!

Fiquei pensando em como eu já havia orado pela harmonia, naquela manhã. Lembrei-me das verdades espirituais que havia lido na Lição Bíblica. Eu sabia que no "dia de Deus" só pode haver o desdobramento do bem, não uma sucessão de problemas, grandes ou pequenos. Na realidade, eu estava sempre vivendo nesse "dia de Deus". Eu estava plenamente certa de que Deus supre todas as necessidades, não só as minhas, mas de todos. "O Amor divino sempre satisfez e sempre satisfará a toda necessidade humana", diz a Sra. Eddy em Ciência e Saúde (p. 494). Mas voltava a pergunta: "Como isso vai se ralizar?"

De repente, entendi que a gentileza e a amizade que minha vizinha havia nos demonstrado desde que nos mudáramos para essa casa, havia pouco tempo, era uma manifestação desse Amor divino de que fala o livro-texto. A idéia que me viera, de recorrer a ela, tinha sido uma resposta imediata por parte do Amor divino. A gratidão que minha amiga queria expressar com seu presente, também era um reflexo desse mesmo Amor divino. Eu poderia confiar na oração que fizera e ter certeza de que o suprimento de Deus é sempre completo. Ele não tiraria da minha vizinha para dar a mim, mas sim, me daria a possibilidade de devolver o dinheiro. Eu não precisava dizer a Deus como fazer isso. "A sabedoria do homem não é suficiente para autorizá-lo a dar conselhos a Deus", lemos em nosso livro-texto (p. 3).

Humildemente, pedi perdão a Deus por não ter reconhecido antes Sua resposta. Senti-me cheia de gratidão e alegria por aquele momento de compreensão espiritual.

Fui depressa até a vizinha e ela prontamente me emprestou o suficiente para a condução. O "presentinho", que minha amiga me entregou, quando cheguei lá, era um cheque de uma quantia considerável. A gratidão que eu já sentia, aumentou. Na escola, a diretora também me esperava com um cheque: um auxílio financeiro para a compra do material escolar, e nós nem havíamos pedido esse auxílio! Aquilo que havia me parecido um problema, ter de tomar dois ônibus, havia se transformado em suprimento abundante!

O "dia de Deus" é o "bom dia" que desejamos, para nós e para a humanidade. Com isso em mente, ao dizer "bom dia", estaremos afirmando algo maravilhoso: que o bem e a compreensão espiritual são infinitos, hoje e todos os dias.

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