O que significa realmente a independência? Essa pergunta me ocorreu por ser este o mês em que o Brasil está comemorando 177 anos de independência.
Na época em que o Brasil era uma colônia portuguesa, Dom Pedro era um príncipe jovem, que amava o Brasil, terra para onde fora levado, ainda criança. A família real estava vivendo de novo em Portugal. Quando Dom João VI pediu ao filho que deixasse o Brasil e voltasse para sua pátria, Dom Pedro decidiu ficar no Brasil. O Partido Brasileiro buscava meios de livrar o Brasil do domínio português. Sintindo-se apoiado por ele, o príncipe decidiu ficar no Brasil ao invés de retornar para Portugal. Como resposta a seu pai, anunciou sua decisão no dia 9 de janeiro de 1822, dizendo: “Como é para o bem de todos e felicidade geral da nação, estou pronto: Diga ao povo que fico!”Vicentino, Cláudio, História: memória viva (São Paulo, Brasil, Editora Sipione, 1994). Essa é considerada uma fala histórica, um ato que acelerou a separação do Brasil e foi um passo importante para a Proclamação da Independência, que ocorreu uns meses depois. Não houve guerras — nem brigas, nem sangue, nem batalhas. A transferência de poder do governo central de Portugal para o Brasil ocorreu de forma pacífica. O desafio posterior foi preservar a independência.
Esse exemplo me faz pensar no significado da independência e como se pode obtê-la e mantê-la. A verdadeira independência não é definida por cultura, sexo, idade ou condição financeira. Nem é conquistada através de batalhas ou sofrimento. A independência é algo que obtemos, não de acordo com a nossa condição física ou monetária, mas de acordo com a compreensão espiritual de acordo com a consciência que temos dos direitos divinos de cada um. Assim como Dom Pedro, precisamos tomar uma posição quanto a nossa independência.
Faça o login para visualizar esta página
Para ter acesso total aos Arautos, ative uma conta usando sua assinatura do Arauto impresso, ou faça uma assinatura para o JSH-Online ainda hoje!