Há alguns anos, apareceu-me um tumor no rosto. Eu o olhava no espelho, freqüentemente. Fiz isso por quase duas semanas. O tumor continuou a crescer e, além disso, apareceram outros sintomas alarmantes. Embora eu tivesse me apoiado na oração para ser curada, quando estava doente, houve um período em minha vida em que eu não segui os ensinamentos morais da Christian Science. Durante aquela época, aparecera um tumor em minha coxa, o qual fora removido cirurgicamente.
Desta vez, eu estava me empenhando em viver os ensinamentos da Christian Science e pensei em muitas experiências que me haviam provado que esse é um método sanador eficaz e científico. No entanto, surpreendi-me pensando que, se o tumor não desaparecesse com a oração, eu poderia resolver o problema pela medicina. Quase no mesmo instante, a palavra susceptibilidade me veio à mente. Volvi-me para esta passagem em Ciência e Saúde: “Julgamo-nos curados quando uma doença desaparece, embora possa reaparecer; nunca, porém, seremos inteiramente curados, enquanto a susceptibilidade para ficar doente não for eliminada.” No fim do mesmo parágrafo, a autora escreve: “... a causa da doença tem de ser obliterada pelo Cristo na Ciência divina, senão os assim chamados sentidos físicos obterão a vitória” (pp. 230–231). Entendi que essa era uma oportunidade para provar a identidade do homem, minha identidade, como idéia espiritual de Deus, Espírito.
Isso era o exato oposto de se ver como um corpo material, com um problema físico. Orei para compreender que eu não podia ser susceptível nem receptiva a pensamentos que incluíssem qualquer coisa indesejável ou desagradável, pois Deus, o Espírito, não pode certamente criar nada que não seja bom, nem na consciência, nem no meu rosto. Eu sabia que o tratamento médico não poderia eliminar a susceptibilidade aos tumores.
Raciocinei também que, como a matéria não tem inteligência, falta-lhe habilidade para fazer qualquer coisa. Ela não pode crescer, mudar, estender-se, nem piorar. E não tem nada a ver com a criação espiritual de Deus, na qual estou incluída.
Parei de examinar meu rosto no espelho e comecei a examinar meus pensamentos. Descobri alguns muito desagradáveis e críticos a respeito de amigos, vizinhos, e colegas da igreja. Compreendi a necessidade de me livrar desses pensamentos desprezíveis e comecei a apreciar a natureza espiritual do homem evidenciada, em mim e nos outros, através da expressão das qualidades de Deus. Qualidades como paciência, integridade, gratidão, perdão, afeição, bom humor, inteligência, espontaneidade e saúde. No início, não foi fácil. Eu sabia, no entanto, que meu desejo de crescimento espiritual era mais importante do que o desejo de me livrar de um problema material, por isso continuei persistindo.
Um dia, assisti a uma conferência da Christian Science. Enquanto estava sentada em silêncio, antes do início da conferência, uma imagem mental de mim mesma me veio ao pensamento, quase como se alguém estivesse segurando uma fotografia minha, no outro lado da sala. Quase comecei a rir, quando compreendi que o tumor em meu rosto não era mais real do que a “fotografia” do outro lado da sala, já que nenhuma das duas coisas era digna de confiança, nenhuma das duas era a imagem e semelhança espiritual de Deus, o Espírito.
Mais importante foi o desaparecimento de algumas impressões desagradáveis a respeito de meu próximo.
Poucos dias depois, o tumor desapareceu. Em seu lugar havia pele nova e lisa. Para mim, isso foi mais do que uma vitória sobre um tumor. Mais importante foi o desaparecimento, através do pensamento correto e do crescimento espiritual, de algumas impressões desagradáveis a respeito de meu próximo. E, como sempre, foi emocionante testemunhar o Cristo, a Verdade, como método permanente, confiável e científico de reforma e cura.
West Hollywood, Califórnia,
E. U. A.