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Júlio e a flor de plástico

Da edição de setembro de 1999 dO Arauto da Ciência Cristã


Meu amigo Júlio estava num colégio interno para Cientistas Cristãos. Certa manhã, acordou com um forte resfriado.

Ele começou a repetir mentalmente "a exposição científica do ser", do livro Ciência e Saúde, da Sra. Eddy (p. 468), que começa assim: "Não há vida, verdade, inteligência, nem substância na matéria". Ele aprendera, na Escola Dominical, que a matéria não pode pegar um resfriado, pois a matéria é incapaz de pensar que está doente ou que está bem. Ele era um filho perfeito de Deus e não estava sujeito às assim chamadas leis que governam a matéria.

Júlio continuou afirmando atentamente essa declaração de Ciência e Saúde. Mas o resfriado continuava a se fazer sentir. Então, ele recomeçou a recitar a mesma declaração.

Foi para o chuveiro sentindo-se muito mal. Mas o tempo inteiro ele continuou repetindo "a exposição científica do ser". No chuveiro ele repetiu e repetiu. A mesma coisa enquanto se vestia, enquanto arrumava a cama e punha o quarto em ordem. Mas o resfriado não ia embora, e o colega de quarto percebeu.

"Você está bem?" perguntou Leo. Júlio respondeu: "Mais ou menos." "Bem, é melhor você continuar a trabalhar", disse o colega de quarto. "O que você quer dizer com 'trabalhar'?" pensou Júlio. "Eu tenho feito isso desde que acordei!"

No refeitório, Marcos, o amigo de Júlio, notou o resfriado e lembrou do grande jogo que teriam no dia seguinte. Júlio pensou sobre o jogo de basquete, o resfriado e sua frustração. Então, decidiu ir até a enfermaria para ver uma enfermeira da Christian Science.

A enfermaria estava ali para ajudar os alunos daquela escola a se curarem através da oração. A enfermeira veio até ele. Ela pensou um pouco e então pegou uma flor de plástico que estava num vaso. "Diga-me, Júlio, qual a diferença entre você e esta flor de plástico?"

Nas aulas de Ciências, Júlio havia aprendido muita coisa sobre matéria orgânica e inorgânica, moléculas, DNA, estrutura atômica, componentes, substâncias e elementos. Então, ele explicou à enfermeira a diferença entre a sua estrutura e a do plástico. Achou que tinha dado uma explicação completa.

"Bem, o que na verdade você está dizendo é que essa flor e você são feitos da mesma matéria básica, só que organizada de maneira diferente. No entanto, você está resfriado e ela não. O que faz você ser diferente?" perguntou ela.

"Eu penso!" respondeu Júlio. "Sabe, eu já disse 'a exposição científica do ser' umas mil vezes, e estou quase terminando de ler a Lição Bíblica pela segunda vez."

"Mas, você aplicou à sua situação aquilo que está lendo e está pensando? Você corrigiu seus pensamentos sobre si mesmo e sobre os outros?" perguntou a enfermeira. "Você aceitou que tanto você como a flor artificial são feitos da mesma substância. Então você é matéria?"

Ela abriu Ciência e Saúde e encontrou o trecho que diz: "Uma das formas de adoração em uso no Tibete consiste em levar pelas ruas uma máquina de rezar, e parar às portas para ganhar um centavo, fazendo-a tocar uma oração" (p. 10).

"Parece que é isso que você esteve fazendo — só repetindo orações, palavras, com pouca reflexão e significado", disse ela.

Júlio sorriu um pouco, lembrando-se de ter visto esse trecho ao ler Ciência e Saúde, naquela manhã. "Tenho orado sem praticar, não é?"

Júlio pediu a Deus que lhe desse a mensagem de que necessitava a fim de obter a cura. Novamente "a exposição científica do ser" veio ao seu pensamento, mas dessa vez ele refletiu sobre as palavras e as associou ao que estava ocorrendo. Isso o levou a analisar como estava pensando a respeito de seu colega de quarto e outras pessoas. Ultimamente, ele não havia sido muito cordial e não havia expressado muitas qualidades divinas. Então, expulsou os ressentimentos e os substituiu pelo amor. Como há uma única Mente e todos nós refletimos essa Mente, raciocinou ele, não poderia haver nenhuma desarmonia, raiva ou mágoa entre ele e seus amigos. Na verdade, não havia muitas mentes que pudessem entrar em conflito — e não era amável ser frio ou rude com quem quer que fosse. O homem de Deus, inclusive Júlio, Leo, Marcos e todos, refletiam o Amor divino. Júlio sentiu-se em paz e cheio de humildade. Respirou fundo — o resfriado tinha sumido. Completamente. Ele agradeceu a Deus pela inspiração sanadora que acabava de ter.

Então pegou a flor de plástico e foi até a enfermeira. "Adivinhe o que esta flor e eu temos em comum, agora?" perguntou Júlio.

"O quê?"

"Nem eu nem ela estamos resfriados."

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