Profundamente absorvido
na escuridão dos sentidos,
um homem meditava
e a luz não divisava.
Porventura, meu Deus, me afastei
do caminho da retidão?
E, ao buscar-Te não Te encontrei,
para que, outra vez, me desses a mão?
Enquanto ele assim pensava,
oportunidades à sua frente desfilavam
mas ele, absorto e apático,
só o rastro delas contemplava.
Com o olhar perdido no infinito,
uma oracão silente iniciou;
então, o coração contrito
mais leve se tornou.
Já agora, sorrindo, em oração continuou
e, ó maravilha! — o caminho encontrou.
Qual de nós alguma vez não se sentiu
como esse homem, indiferente ao que viu?
Qual de nós, após ter orado
e com Deus haver comungado,
não percebeu, com tranqüilidade,
o Amor divino e sua imensa bondade?
Graças, então, o homem proclamava
e, ao seu redor, tudo brilhava.
Também a nós isso acontece
se, na compreensão, a luz do dia alvorece.
Em luz e paz o Amor vai se refletindo,
calando no coração de todo mortal
que, atento, vê o Cristo surgindo
e, exultante, exclama: Agora é Natal!
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