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Cura de um problema emocional

Da edição de dezembro de 2000 dO Arauto da Ciência Cristã


Certa vez, ao tratar de um negócio, conheci um rapaz que gozava de certa projeção no meio artístico. Eu já ouvira falar dele, mas quando o vi pessoalmente, fiquei imediatamente fascinada. Senti uma atração física muito forte, uma admiração um tanto irracional. Pareceume que ele também ficara impressionado com a minha pessoa e que quisera chamar minha atenção. Mais tarde, percebi que ele exercia esse mesmo tipo de fascínio em muitas outras mulheres e que, de certa forma, ele se envaidecia e as encorajava. Mas na época, quis acreditar que eu era especial e que, de fato, ele sentia algo por mim. Não teve nenhum valor para mim o raciocínio lógico, que chamava minha atenção para uma grande diferença de idade, de condição de vida e de interesses. Parecia que eu estava enfeitiçada.

Minha vida passou a girar em torno dele, muito embora nem chegássemos a namorar propriamente. Eu procurava estar presente em todas as suas aparições públicas, não importava o dia e a hora. Gravava em fita todas as suas falas e as ouvia repetidamente, por horas a fio. Tudo o que ele dissesse em público, parecia-me que era dirigido a mim. Eu interrompia qualquer atividade para ficar ouvindo as dezenas de fitas que havia gravado. Pensava nele obsessivamente e sua lembrança me vinha à mente nas ocasiões mais impróprias, como, por exemplo, enquanto estudava a Lição Bíblica Semanal do Livrete Trimestral da Christian Science, ou enquanto dava aulas na Escola Dominical. Até pensei em desistir de dar aulas ali.

Como moro sozinha, ninguém notava esse meu estado emocional. Na igreja e com os amigos, eu procurava disfarçar mas, muitas vezes, nessas ocasiões, eu me isolava para pensar nele e dava uma desculpa qualquer.

Por fim, percebi quão errado era tudo isso e fiquei horrorizada comigo mesma. Mas não conseguia mudar de atitude. Era uma verdadeira escravidão mental e eu não conseguia me libertar. Pedi ajuda a uma praticista da Christian Science. Como sentia vergonha, porém, não contei as coisas como eram e ela nem entendia qual era, de fato, o problema.

Depois de dois anos dessa história, percebi que minha saúde mental e meu progresso espiritual estavam em jogo e que era hora de buscar seriamente uma solução. Procurei uma outra praticista e, dessa vez, contei as coisas direito. Comecei a entender melhor minha verdadeira identidade como mulher e como filha de Deus. Principalmente, entendi a importância de ver a mim mesma e aos outros como seres espirituais, não como corpos materiais, jovens ou velhos, bonitos ou feios. Cada vez que a figura dele me vinha à lembrança, eu repassava mentalmente a “exposição científica do ser”, que se encontra à p. 468 de Ciência e Saúde: “Não há vida, verdade, inteligência, nem substância na matéria. Tudo é Mente infinita e sua manifestação infinita, porque Deus é Tudo-em-tudo. O Espírito é a Verdade imortal; a matéria é o erro mortal. O Espírito é o real e eterno; a matéria é o irreal e temporal. O Espírito é Deus, e o homem é Sua imagem e semelhança. Por isso o homem não é material; ele é espiritual." Afirmava a verdade de que tanto eu como ele éramos esse homem espiritual mencionado ali; que a única Mente, Deus, era a mesma, tanto para mim como para ele, e não continha nenhum pensamento impuro ou nocivo.

Com esse empenho consciente, fui ganhando minha liberdade. Destruí as fitas, retomei minhas atividades normais e, embora continue a cruzar com ele, em virtude de sua profissão, seus olhares e palavras já não têm nenhum efeito sobre mim. Já faz diversos anos que estou completamente curada dessa confusão emocional.

Sou muito grata pela ajuda prática que a Christian Science nos dá, em qualquer situação.

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