Mais uma vez o amado Natal está aqui, repleto de bênçãos divinas e coroado com as mais caras lembranças da história humana — o advento terreno e a natividade de nosso Senhor e Mestre. Nesta feliz ocasião, o toque do Amor faz recuar o véu do tempo. Nós contamos nossas bênçãos e vemos de onde elas vieram e para onde se dirigem. Os pais chamam para casa seus entes queridos, as tochas natalinas ardem, as mesas festivas estão postas, os presentes brilham por entre os ramos verde-escuros da árvore de Natal. Que pena, porém, das famílias cuja união se desfez! Que Deus lhes dê mais de Seu precioso amor, que cura o coração ferido.
Hoje o pastor vigilante proclama as boas-vindas diante do novo berço de uma antiga verdade. Essa verdade varou a noite, através das trevas até a glória, do berço até a coroa. Para a consciência desperta, o recém-nascido de Belém deixou para trás as fraldas (os envoltórios materiais) e assumiu a forma e a beleza do ideal divino, que passou de um sentido corpóreo para o sentido espiritual do Cristo e está conquistando o coração da humanidade com inefável ternura. O Cristo está falando em seu próprio nome e no de sua mãe, ou seja, sua própria origem e meta celestial. Hoje o Cristo é, mais do que nunca, “o caminho, a verdade e a vida”, — “que, vinda ao mundo, ilumina a todo homem”, curando toda mágoa, doença e pecado. Nosso coração humildemente se ajoelha perante este auspicioso Natal, que santifica o encerramento do século XIX. Possuímos a graça, o renovo e a cura que ele traz. Nesta hora imortal, todo ódio humano, todo orgulho, toda ganância e luxúria, deveriam inclinar-se e declarar o poder do Cristo, sendo que o reinado da divina Verdade e Vida deveria tornar puro e abençoado o ser do homem.
Da obra The First Church of Christ, Scientist, and Miscellany, p. 256. Publicado com permissão do Conselho de Diretores da Christian Science.
De acordo com diretrizes estabelecidas por Mary Baker Eddy, o texto original inglês aparece nas páginas que confrontam a tradução de seus escritos. Todas as outras páginas serão em português, como de costume.
Christmas, 1900
Again loved Christmas is here, full of divine benedictions and crowned with the dearest memories in human history — the earthly advent and nativity of our Lord and Master. At this happy season the veil of time springs aside at the touch of Love. We count our blessings and see whence they came and whither they tend. Parents call home their loved ones, the Yule-fires burn, the festive boards are spread, the gifts glow in the dark green branches of the Christmas-tree. But alas for the broken household band! God give to them more of His dear love that heals the wounded heart.
To-day the watchful shepherd shouts his welcome over the new cradle of an old truth.This truth has traversed night, through gloom to glory, from cradle to crown. To the awakened consciousness, the Bethlehem babe has left his swaddling-clothes (material environments) for the form and comeliness of the divine ideal, which has passed from a corporeal to the spiritual sense of Christ and is winning the heart of humanity with ineffable tenderness. The Christ is speaking for himself and for his mother, Christ’s heavenly origin and aim. To-day the Christ is, more than ever before, “the way, the truth, and the life,” — “which lighteth every man that cometh into the world,” healing all sorrow, sickness, and sin. To this auspicious Christmastide, which hallows the close of the nineteenth century, our hearts are kneeling humbly. We own his grace, reviving and healing. At this immortal hour, all human hate, pride, greed, lust should bow and declare Christ’s power, and the reign of Truth and Life divine should make man’s being pure and blest.
