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É peso o que precisamos perder?

Da edição de abril de 2001 dO Arauto da Ciência Cristã


Os comerciais estão sempre anunciando produtos para perda de peso. Mas a crescente demanda por novos produtos sugere que eles talvez não sejam muito eficazes.

Certa vez, ouvi falar de um teste feito para determinar a insanidade das pessoas, que me ajudou a entender por que tantas tentativas de perder peso não são bem sucedidas. Esse teste consistia em colocar algumas pessoas numa sala fechada, onde havia uma torneira aberta. Num canto da sala encontravam-se um esfregão e um balde. A pessoa que se dirigisse calmamente à torneira e a fechasse, era considerada normal. Quem tentasse secar a água para não se afogar, era considerado demente.

Nesse caso, o que precisava ser feito não era recolher a água, mas sim, fechar a torneira. Quando se trata de perder peso, o problema normalmente identificado é o de excesso de gordura. Mas talvez esse seja apenas o sintoma. O problema, em realidade, pode ser o fluxo dos nossos pensamentos a respeito do nosso corpo e do alimento que ingerimos.

Quando eu estava em fase de crescimento, sempre me sentia um pouco acima do peso normal, ou seja, não muito atraente nem com o porte atlético de minhas colegas. Eu também me sentia incapaz de controlar meus hábitos alimentares e muitas vezes exagerava.

Contudo, já adulta e na condição de atleta, tornou-se importante para mim ser magra e estar em boa forma. Eu conseguia isso, não regularmente, seguindo uma dieta rígida. Mas isso fazia com que eu me preocupasse com a alimentação e com minha aparência física. Mesmo quando eu perdia uma quantidade considerável de quilos, minhas preocupação com o que eu comia e com minha aparência era obsessiva e acabava pesando em minhas atividades mais do que quando a balança acusava alguns quilinhos a mais. Qualquer liberdade que eu parecia conquistar era passageira, eu acabava recuperando o peso e tendo de começar tudo de novo.

Certa vez, poucas semanas antes do campeonato nacional de esqui, meu treinador recomendou que eu perdesse peso para melhorar meu desempenho. Quando comecei a pensar mais seriamente nessa recomendação, percebi que o que realmente pesava, na pista de esqui e em qualquer outro lugar, era minha obsessão com respeito à alimentação e à minha aparência. Embora essas obsessões fossem acompanhadas pela vontade de comer mais e pelo aumento do peso, estes eram apenas sintomas, não a raiz do problema. Isso me ajudou a perceber que não era o peso do meu corpo o que interferia no meu desempenho na pista, mas sim os pensamentos que eu entretinha sobre meu corpo.

Em meu pensamento eu era gorda por natureza, tinha uma atração irresistível por comida e era incapaz de efetivamente moderar meus hábitos alimentares. Uma passagem de Ciência e Saúde começou a me fazer pensar de outra maneira: “Despojar o pensamento daquilo em que erradamente confia e dos testemunhos materiais, para que os fatos espirituais do ser possam aparecer — eis o grande conseguimento por meio do qual eliminaremos o falso e daremos lugar ao verdadeiro. Assim, poderemos estabelecer em verdade o santuário, ou seja, o corpo, do qual ‘Deus é o arquiteto e edificador’ (428).”

Reconhecer que Deus é o “arquiteto e edificador” proporcionou-me liberdade e energia para a prática do esqui e de outras atividades, algo que as dietas e a preocupação com minha aparência jamais haviam conseguido. Assumi conscientemente o compromisso de parar de ficar obcecada com a perda de peso. Em vez disso, dediquei-me à tarefa de perder o conceito errôneo sobre mim mesma, o conceito de que eu era material em vez de espiritual, projetada e edificada por Deus.

Reconhecendo a Deus como o único poder do universo, percebi que a matéria era incapaz de interferir em Sua ação e expressão. Continuei empenhando-me em compreender que eu era a completa e perfeita semelhança de Deus. Era o Amor, o Princípio divino do ser, que estava no controle de meus pensamentos e de minhas ações. Eu não precisava me forçar a ser disciplinada; só precisava reconhecer que Deus, e não o alimento, era a força governante de minha vida.

A identidade espiritual inclui a manifestação do equilíbrio, do autocontrole, da sabedoria e da satisfação. Por isso, eu não podia pensar que tinha um desejo natural de comer demais ou de querer comer o tempo todo. Como era ridículo pensar que um pedacinho de chocolate, algumas garfadas a mais no jantar ou um lanche especial pudessem me tornar mais feliz ou mais satisfeita! Ou pensar que um pouco de matéria inerte sem inteligência tivesse o poder de me atrair, contrariamente à minha maneira de pensar, ou de me proporcionar algo que Deus não pudesse me dar!

Antes disso, eu sempre pensava que a dieta exigia privação. Mas recusando-me a aceitar o conceito de que eu era impotente e material e iniciando essa espécie de “dieta espiritual”, eu não me privei de nenhum bem. Na verdade, encontrei algo muito melhor em minha vida.

A alimentação deixou de ser o foco principal de minha atenção. Parei de contar calorias e de evitar certos alimentos. Muito naturalmente, comecei a comer quantidades mais moderadas de comida. Consegui concentrar-me mais em minha identidade como reflexo de Deus.

Minha habilidade de esquiar melhorou. Depois disso, consegui minha melhor corrida na temporada. Mas não foi só isso: minha vida melhorou. Senti como se tivesse voltado a ser eu mesma. A ansiedade, a frustração, a impaciência, a apatia e a obstinação diminuíram consideravelmente. Uma amiga que eu não via fazia um mês comentou como minha aparência estava boa e perguntou o que eu havia feito. Embora, naquela altura, eu tivesse perdido alguns quilos, percebi que, em realidade, o que estava fazendo a diferença era a compreensão mais clara de que eu havia sido criada por Deus e era governada por Ele.

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