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Reflexão

“Um futuro cheio de esperança”

Carta aberta aos refugiados que eu conheci e a todos os refugiados do mundo

Da edição de abril de 2001 dO Arauto da Ciência Cristã


Já se passou bastante tempo, mas eu me lembro que nos encontramos em vários acampamentos de refugiados próximos à fronteira. Eu me lembro das condições em que vocês viviam naqueles acampamentos. Quando amanhecia, a vida recomeçava e, aos poucos, eram retomadas as atividades diárias. Se chovia durante a noite, formavam-se grandes poças d'água na terra, que logo viravam uma lama negra e pegajosa. Só as crianças se divertiam com a água, brincando despreocupadamente. Todo o acampamento se reunia para a distribuição da comida. Novos refugiados chegavam a cada momento, e a população dos acampamentos não parava de crescer.

O plano de Deus para todos os Seus filhos inclui o direito de viver em paz, de se sentir apreciado, de progredir na vida.

Eram longas as filas de homens, mulheres e crianças que haviam perdido tudo o que possuíam. Será que o anonimato e a adversidade os privaram da dignidade e de toda a esperança? Tendo trabalhado com vocês, tendo orado por vocês, estou certa de que isso não aconteceu.

Vocês são milhares, se não milhões de pessoas de todas as idades e classes sociais, que optaram pela fuga (ou que foram obrigados a fugir) devido a guerras e massacres, e que vivem da ajuda de outras pessoas. Vocês são os herdeiros de pleno direito das promessas que Deus fez a cada um de nós. E Deus não os abandonou, porque Ele jamais deixou de amá-los ternamente. Uma de Suas promessas é a seguinte: “Só eu conheço os planos que tenho para vocês: prosperidade e não desgraça e um futuro cheio de esperança” (Jeremias 29:11, conforme a Nova Tradução na Linguagem de Hoje).

Apesar das aparências, ali mesmo onde a guerra e o desespero parecem reinar, existe uma realidade diferente. Existe o plano de Deus para todos os Seus filhos, que inclui o direito inalienável de viver em paz, de se sentir apreciado, de progredir na vida. Qualquer que seja a situação em que nos encontremos, é sempre possível reivindicar mentalmente esse direito com insistência e confiança, para si mesmo e para os outros. Eu me recordo de ter feito isso praticamente sem cessar, quando percebi as dificuldades que vocês tinham de enfrentar. Às vezes as circunstâncias parecem privar-nos daquilo que conseguimos com muito esforço e trabalho. Em realidade, porém, essas circunstâncias não têm poder verdadeiro. O Amor divino transforma e eleva a existência humana e não nos deixa no ponto para onde as circunstâncias difíceis parecem ternos conduzido. Existe uma promessa que me ajudou, particularmente quando eu pensava ter perdido alguns bens materiais: “Restituir-vos-ei os anos que foram consumidos pelo gafanhoto migrador...” (Joel 2:25). Permanece, pois, o fato espiritual de que Deus não deixa que Seus filhos “vegetem” nem retrocedam. Nossa vida nunca está perdida ou fracassada, pois nós somos, em realidade, a imagem e a semelhança da própria Vida. Nenhuma circunstância pode destruir o plano que Deus tem para Seus filhos, que inclui o bem, e somente o bem, para cada um de nós. Ter a consciência desse fato nos restitui, em realidade, tudo o que aparentemente perdemos e nos faz até esquecer o amargor dos anos de dificuldade!

Mary Baker Eddy, que descobriu a Christian Science, escreveu em seu livro Ciência e Saúde: “Aprendamos do real e eterno, e preparemo-nos para o reino do Espírito, o reino dos céus — o reino e o governo da harmonia universal, que não pode ser perdido nem pode permanecer para sempre invisível” (p. 208). Apesar do caos aparente, o reino e o governo divinos podem ser reivindicados e discernidos. Levamos esse reino da harmonia dentro de nós e o transmitimos aos que nos rodeiam.

Eu me lembro bem, durante o tempo em que estive com vocês, da alegria que vocês expressavam quando falávamos de nunca perder a coragem. É porque não ficávamos apenas dizendo palavras bonitas para manter a calma. Falávamos de realidades espirituais poderosas, das “boas novas”, que têm o poder de modificar situações individuais e nacionais.

Gosto da última parte do Salmo 23, que diz: “Bondade e misericórdia certamente me seguirão todos os dias da minha vida; e habitarei na Casa do Senhor para todo o sempre.” A bondade e a misericórdia divinas são a herança que nos acompanha até mesmo durante os dias mais sombrios. E, em realidade, nenhum homem, nenhuma mulher e nenhuma criança jamais deixou a “Casa do Senhor”, a consciência do Amor, a doce certeza de que jamais poderemos estar separados da paz, do amor e do progresso que Deus, nosso refúgio verdadeiro, tem em abundância para todos nós.

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