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Capital inicial e capital de giro — sempre ao nosso alcance

Da edição de agosto de 2001 dO Arauto da Ciência Cristã


Todos nós temos objetivos na vida. Normalmente, procuramos pensar em como alcançar nossas metas: que cursos fazer, como obter financiamentos, onde procurar oportunidades, como resolver eventuais problemas. Nos negócios, então, preocupamo-nos em conseguir o capital inicial e depois, pensamos constantemente no capital de giro. O que muitas vezes esquecemos é que o mais importante é desenvolver qualidades de caráter, hábitos mentais, que servirão de base para tudo quanto fizermos. O progresso depende muito mais de nossas condições interiores do que das circunstâncias exteriores, ou seja, nossa devoção a Deus é um fator determinante para a realização pessoal, muito mais do que condições financeiras, os diplomas, etc. ainda que essas coisas também mereçam nossa atenção.

A maneira de pensar que eleva as qualidades de caráter é o resultado da busca de compreensão espiritual, o desejo de conhecer melhor a Deus e Seu governo. Assim, não só é mais fácil alcançar bons objetivos, mas também podemos enfrentar e superar as dificuldades que surgem no percurso. Como se pode fazer isso? Não pretendo esgotar o assunto, nem seria possível, mas gostaria de falar sobre algumas coisas que aprendi no mundo dos negócios.

Como empresário bem sucedido, eu proporcionava à minha família uma situação financeira bastante estável. Levávamos uma vida confortável: boas escolas para os filhos, carros novos, viagens de férias, Ao mesmo tempo, não descuidávamos de nossa vida espiritual: estudávamos a Bíblia e Ciência e Saúde, da Sra. Eddy e freqüentávamos uma igreja filial da Christian Science, onde sempre desempenhávamos várias funções e colaborávamos em muitas atividades.

A disciplina é, a meu ver, outro sustentáculo do progresso espiritual e humano. Significa trabalhar com método e regularidade, sem deixar de orar e estudar.

Em determinado momento, fiz um negócio mal feito e, no prazo de alguns meses, perdi completamente a empresa e outros bens. Não conseguia entender como eu, com tanta experiência em todos os aspectos do meu ramo, podia ter me enganado daquela maneira. Como se não bastasse, sofri um grave acidente de carro e fiquei muito tempo sem poder trabalhar, devido às lesões sofridas. Para sustentar a família, fomos vendendo os bens que nos restavam.

Nesse período difícil, tanto eu como minha esposa famos ajudados por continuar a fazer o que sempre havíamos feito antes: dedicar-nos sem interrupção ao estudo da Christian Science, que nos explica as leis divinas da harmonia, dedicação ao desejo de aprender, dedicação ao exemplo deixado por Cristo Jesus, que venceu todo tipo de mal. Nessa época, minha esposa era Primeira Leitora em nossa igreja filial e permaneceu no cargo. Estávamos enfrentando sérias dificuldades financeiras.

Outra qualidade que me foi valiosa, e que tive de desenvolver mais e mais, foi a perseverança. Perseverar é não desanimar, não esmorecer na busca da cura, na busca da compreensão, e isso não foi nada fácil. Parecia que a situação tardava demais em se resolver. Em certo momento, por não estar conseguindo vencer um problema decorrente do acidente, resolvi me submeter a uma cirurgia. Esta não trouxe os resultados esperados e eu vi que perseverar na oração e no progresso espiritual era a única solução realmente confiável. Moisés, na Bíblia, é um exemplo de perseverança: ele não desanimou diante de tantas respostas negativas do Faraó, nem com a rebeldia do povo hebraico (ver a história no livro do Êxodo). Moisés continuou confiando na direção e no cuidado de Deus.

A disciplina é, a meu ver, outro sustentáculo do progresso espiritual e humano. Significa trabalhar com método e regularidade, sem deixar de orar e estudar. A Sra. Eddy diz, em Ciência e Saúde: "Quem se colocaria diante de um quadro negro e rogaria ao princípio da matemática que lhe resolvesse o problema? A regra já está estabelecida e é nossa tarefa achar a solução. Devemos pedir ao Princípio divino de toda bondade que faça Seu próprio trabalho? Seu trabalho está feito e só precisamos utilizar a regra de Deus a fim de receber a Sua bênção, a qual nos permite elaborar a nossa própria salvação" (p. 3). Utilizar a "regra de Deus", obedecer às regras do Princípio divino, de integridade e exatidão, inteligência e lógica, em vez de seguir nossos próprios impulsos, é disciplina.

Com a ajuda de um praticista da Christian Science e o estudo de outros personagens bíblicos, comecei a me identificar com o que aconteceu a Jó, homem abastado que, conforme nos relata a Bíblia, perdeu tudo o que tinha. Estudando esse relato, dei-me conta de que Jó recuperou tudo, quando parou de se lamuriar e compreendeu o amor infinito de Deus. Eu também compreendi que lamentar-se e relembrar as desventuras não leva a nada. A única coisa realmente nossa é o amor que Deus tem por nós. Nunca poderemos perder essa propriedade, esse imenso capital. O amor divino é a única verdadeira substância, que está sempre à disposição de todos. Graças a essas formas práticas de devoção espiritual, eu estava agora entendendo algo fundamental: eu não havia perdido o amor de Deus por mim!

Essa compreensão me curou do problema causado pelo acidente, de forma permanente e completa. Na mesma época, consegui vender a última propriedade que sobrara, um imóvel de uso tão específico que eu não pudera vender antes, por nenhum preço. Mas o vendi por um valor justo e, com esse dinheiro, reiniciei meu negócio e reconstruí minha vida profissional e econômica. Isso aconteceu há mais de doze anos e nossa dedicação ao progresso espiritual, bem como a compreensão do amor de Deus por nós, continuam sendo parte importante do meu capital de giro.

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