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Matéria de capa

O que você faria se lhe dessem apenas seis meses de vida?

Da edição de agosto de 2001 dO Arauto da Ciência Cristã


Quando a guerra do Vietnam começou a se intensificar, fui convocado. Viajei então para a cidade de Denver, a fim de submeter-me a uma avaliação física. Algumas horas depois, os médicos pediram que eu fizesse novas radiografias.

No final do dia, disseram-me que havia algo de errado comigo, e que eu deveria telefonar-lhes no dia seguinte. Quando telefonei, eles me disseram: "Seu estado é muito grave; você deve consultar um pneumologista imediatamente". Eu pensava que se tratava de um simples resfriado que não passava. Eu estava muito magro, provavelmente mais de vinte quilos abaixo do peso. Mas o que eu tinha era tuberculose. Fui a vários médicos e acabei consultando-me com um que, vim a descobrir depois, era provavelmente uma autoridade mundial em doenças nos pulmões.

Os médicos iniciaram uma bateria de exames e, após algumas semanas, voltei a esse especialista que estave, de uma certa forma, supervisionando tudo. Ele estava muito abalado quando me disse que eu talvez não tivesse mais do que seis meses de vida. Disse, também, que se eu me internasse num sanatório, onde pudesse receber cuidados constantes e muito repouso, talvez chegasse a viver uns dois anos.

Eu acabara de terminar a faculdade e estava iniciando uma carreira profissional. Essa era a última coisa que eu queria ouvir naquela ocasião. Quando saí do consultório do médico, fiquei parado em frente ao edifício. O médico me havia transmitido a notícia com lágrimas nos olhos. Fiquei pensando: "O que é que eu vou fazer"? E, parado ali, lembrei-me de que eu tinha um exemplar de Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras de autoria de Mary Baker Eddy. Eu sabia muito pouco sobre o livro. A melhor amiga de minha mãe era Cientista Cristã. Uma senhora que trabalhava em nossa casa também. Na verdade, eu só sabia que essa religião curava. Senti que ela era a solução para meu problema. Tirei Ciência e Saúde do fundo de uma caixa de livros e comecei a lê-lo.

Meus pais não se interessavam pela Christian Science. Eu tinha ouvido minha mãe dizer à empregada que não falasse comigo sobre esse assunto. Ela havia dito: "Você só vai lhe dar falsas esperanças e confundi-lo". Eu estava lendo o livro, mas não podia fazê-lo na frente deles. Então, lia durante a noite e escondia o livro debaixo do colchão.

Quando Josephine trocava a roupa de cama, ela via que o livro estava lá. Ela deve ter imaginado o que estava acontecendo, mas jamais me disse nada a esse respeito. Então, certo dia, quando a amiga Cientista Cristã de minha mãe veio visitar-me e minha mãe precisou sair do quarto para atender ao telefone, eu lhe perguntei: "Mary Francis: como você ora"?

Ela então me disse: "Bem, a primeira coisa a fazer é raciocinar partindo do ponto de vista de sua perfeição espiritual. Você deve orar a partir desse ponto de vista. Você é um filho perfeito de Deus".

Mamãe voltou para o quarto e só consegui essa explicação da amiga dela. Eu lia o livro-texto, mas devo confessar que a essa altura estava ficando apreensivo. Continuei a ler, mas percebi que somente a leitura não estava adiantando nada. Eu precisava entender o que lia.

Finalmente, cheguei à página 259. Aí então aconteceu uma daquelas situações em que mentalmente tudo começa a fazer sentido. Eu li: "Na Ciência divina, o homem é a verdadeira imagem de Deus. A natureza divina expressou-se melhor em Cristo Jesus, o qual projetou sobre os mortais o reflexo mais verdadeiro de Deus e elevou suas vidas a um nível mais alto do que lhes permitiam seus pobres modelos de pensamentos — pensamentos que apresentavam o homem como decaído, doente, pecador e moribundo". Identifiquei-me totalmente com esse trecho, e pensei: "Esse homem sou eu". Sem dúvida, eu me sentia decaído, estava muito doente, já havia pecado bastante e me aproximava da morte. O trecho seguinte dizia: "A compreensão crística acerca do ser científico e da cura divina inclui um Princípio perfeito e uma idéia perfeita — Deus perfeito e homem perfeito — como base do pensamento e da demonstração".

No início, eu tinha a impressão de que o doente e pecador faziam parte de mim. Mas comecei a compreender que somos filhos de Deus, as idéias espirituais de Sua criação.

Como já disse, eu me identificava perfeitamente com o homem decaído, doente, pecador e moribundo. Eu sentia que essas características se manifestavam em mim. Nesse ponto, em pensamento, tive de dizer a mim mesmo: "Será que você vai conseguir pensar partindo do ponto de vista de que você é o filho perfeito de Deus? E conseguirá desenvolver seu raciocínio a partir desse ponto de vista"?

Bem, no início me parecia um tanto quanto arrogante de minha parte afirmar isso, porque eu tinha a clara impressão de que o doente e o pecador faziam parte de mim. Naquele momento, comecei a compreender muito mais claramente que somos os filhos de Deus. Somos as idéias espirituais de Sua criação. E essa criação é perfeita e permanece perfeita através dos tempos.

Na ocasião, eu não compreendia o que estava acontecendo. Sem sombra de dúvida, tinha ocorrido uma mudança no meu pensamento. Eu só posso dizer que parecia haver mais energia, mais luz. A obscuridade e as trevas relacionadas com o futuro começaram a desaparecer. Passei a me sentir irritado por ficar de cama o tempo todo. Eu queria me levantar.

Alguns dias mais tarde, o clínico da família, que morava perto de nossa casa e que acompanhara o desenrolar da situação, começou a dizer que os médicos estavam intrigados com o que estavam vendo nas radiografias. E me submeteram a novos exames. Ele comentou: "Não estamos compreendendo bem o que está acontecendo, mas queremos acompanhar isso de perto. Talvez agora possamos receitar algum remédio e antibióticos". Mas eles não estavam muito seguros. Então decidiram não me receitar nada, e simplesmente observar o que estava acontecendo.

Umas duas semanas depois, encaminharam-me para um terceiro médico, que tirou novas radiografias e me examinou. Quando terminou, disse: "Não entendo bem o que está acontecendo aqui: Suas primeiras radiografias foram tiradas há uns cem ou cento e vinte dias mais ou menos. Você estava às portas da morte. Sei que essas radiografias são suas por causa dessa fenda na clavícula, mas também sei que há tempos não vejo uma pessoa tão saudável quanto você".

Devo confessar que não fiquei surpreso, ou melhor, fiquei muito aliviado por ouvir aquelas palavras.

Perguntei: "O senhor fala sério, doutor"?

Ele me respondeu: "É claro! Mas não entendo. O que houve aqui foi extraordinário. Não existe nenhum tecido com cicatriz. Isso me faz pensar que talvez não fosse tuberculose. Mas eu teria diagnosticado esse problema como tuberculose. E o faria novamente". Portanto, eu estava curado.

Estávamos todos felizes. Ficou evidente para meus pais que eu estava melhorando. Penso que, provavelmente, eles pensaram muitas vezes que isso teria acontecido de qualquer forma. Eles faziam grande oposição à Christian Science. E estou dizendo isso porque, se você pensar que as coisas devem acontecer de uma determinada maneira para que haja a cura, esqueça. Não importa quem você é, nem qual o problema que o aflige. Esse livro, o livro-texto da Christian Science, traz ao pensamento a luz do Cristo. Isso pode não acontecer do dia para a noite e você talvez tenha de lutar contra prognósticos desfavoráveis, mas sugiro que você não desista. Eu não desisti e consegui a cura.

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