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Matéria de capa

”A casa das corujas”

Da edição de março de 2004 dO Arauto da Ciência Cristã


MULHERES

No artigo anterior, China Zorilla conta que está atuando na peça “O Caminho para Meca”. Essa peça relata a história verídica de Helen Martins. A seguir, convidamos os leitores a conhecer um pouco sobre a vida dessa mulher notável.

Os raios solares começaram a brilhar através das velhas cortinas da casa. Seria uma manhã maravilhosa: a vida de uma mulher chamada Helen Martins iria mudar completamente. Foi uma manhã de mudanças, de decisões importantes, uma manhã ensolarada.

Helen nasceu em 1897, em Nieu-Bethesda, África do Sul. Depois de terminar o ensino médio, estudou para ser professora. Casou-se em 1920, mas se divorciou logo em seguida. Continuou a lecionar em Transvaal (que hoje é a província de Gauteng). Anos depois, seus pais faleceram e Helen ficou sozinha no mundo.

Uma noite, sentada na cama, Helen percebe quão monótona e cinza sua vida se tornou. E naquele momento, com aproximadamente 50 anos, decide mudar tudo para poder trazer luz e cor à sua vida. Essa simples decisão de mudar o ambiente em que vive se torna um desejo obssessivo de expressar seus mais profundos sentimentos e sonhos.

Para tal, começa a pintar e a decorar o interior de sua casa. Enche-a de cores e rostos brilhantes, pinturas de sóis e animais. Diversos espelhos, no formato de corações, quadrados e círculos, refletem os rostos surpresos daqueles que visitam a casa. Aquela cozinha humilde, de repente, desperta com tons fortes de vermelho. As paredes e os tetos ganham vida em sombras e formas infinitas, como resultado da inspiração ilimitada da artista. Sua busca pela luz e pela cor logo se torna um fascínio em combinar, em matizes diversos, reflexos com espaço e luz com escuridão.

Quando acaba de decorar o interior da casa, Helen decide expressar sua energia artística no jardim. Então, durante muitos anos, com a ajuda de um homem chamado Koos Malgas, começa a fazer esculturas de vários tamanhos, inclusive de corujas e camelos, seus animais preferidos. Mas ela não se limita, e elabora centenas de esculturas e figuras em relevo de outros animais. Também constrói muitos seres reais e ilusórios. Uma procissão de pastores e reis magos guia, em direção ao leste, uma fila de camelos que são quase do tamanho de animais verdadeiros. Helen integrou o cristianismo ao seu fascínio pelo oriente.

A entrada da rua contém um arco, sobre o qual pousa uma coruja austera de duas caras, e uma barreira de arame, junto à qual se ergue um grande cacto. Algumas pessoas sentem que essa é uma ilustração do relacionamento difícil que Helen tinha com o mundo exterior. O arco dá as boas-vindas ao visitante, enquanto que a barreira tenta estabelecer a separação.

Os vizinhos, na pequena cidade de Nieu-Bethesda, não viam com bons olhos o que essa mulher estranha fazia em sua casa. Durante as décadas de 40 e 50, a cidade foi ofuscada pelas grandes cidades e começou a declinar. Hoje, a casa de Helen, conhecida como “a casa das corujas”, é uma atração turística e recebe mais de 13.000 visitantes todos os anos.

Helen Martins é um exemplo de como é o espírito e não a idade, o que nos inspira e nos motiva.

A informação sobre a vida de Helen e “a casa das corujas” foi tirada do website da instituição: www.owlhouse.co.za. A informação e as fotos são usadas com permissão.

Algumas obras de Helen, que se encontram no site www.owlhouse.co.za

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