Para ser um sanador

Ao longo da história, todas as culturas reverenciaram seus sanadores dores espirituais. Em muitas ocasiões, a cura foi associada a mulheres e homens santos, que freqüentemente curavam sem auxílio material de qualquer espécie. No Antigo Testamento, por exemplo, o relato do santo homem de Deus, Eliseu, restaurando a vida do filho da sunamita, mostra nitidamente que aqueles que consagravam a vida a Deus eram capazes de curar e restaurar a vida (ver 2 Reis 4:18–37). Eliseu era conhecido assim e, quando a mãe descobriu que o filho havia morrido, foi em seguida ter com o profeta, aprentemente sem medo e sem hesitação. A expectativa dela era a de que Eliseu seria capaz de restaurar a vida do filho. E foi o que ele fez.

Ser o santo homem ou a santa mulher de Deus pode ter sido limitado a um número seleto de pessoas naquele tempo mas, hoje, ser um sanador espiritual não depende da formação eclesiástica e nem da carreira. O desejo de ser um sanador não quer dizer que devamos viver uma vida à parte da família e dos amigos, completamente dedicada ao escolasticismo ou à reclusão. Aliás, até mesmo as crianças, com sua compreensão da bondade de Deus, podem ser conhecidas como sanadoras. Ser um sanador requer somente o amor e o altruísmo que vêm com naturalidade a todos os filhos de Deus, de qualquer idade. Jesus ensinou os princípios básicos de toda cura. Ele disse: "Amarás o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma e de todo o teu entendimento. Este é o grande e primeiro mandamento. O segundo, semelhante a este, é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo" (Mateus 22:37–39). É assim mesmo: algo simples e puro.

Amar a Deus supremamente e amar os outros como a nós mesmos são os principais requisitos para o sanador. E na simplicidade desse ensinamento jazem a liberdade e a possibilidade para todos sermos sanadores ao ver os outros como Deus os vê: íntegros, bem-cuidados, capazes e amados seres espirituais. Outro requisito é ver a nós mesmos dessa maneira também.