No mês que se comemora o dia internacional da mulher, venho pensando na importância de defender também o direito dos homens.
Escrevo isso porque tenho a impressão de que o homem, em alguns aspectos, é considerado inferior à mulher. Isso se vê nas cadeias e prisões, cheias de homens. A grande maioria dos crimes, atos de violência verbal, fisica e sexual são cometidos por homens. Será o homem inferior à mulher? Tem ele mais propensão a ser irresponsável e violento?
Na Bíblia, aprendemos que tanto o homem como a mulher foram criados conforme a imagem e semelhança de Deus. “Viu Deus tudo quanto fizera” (incluindo o homem) “e eis que era muito bom” (Gênesis 1:31). Nada do que Deus criou é menos do que maravilhoso. Portanto, o homem, como a mulher, é inteligente, calmo e bondoso.
Lendo a revista Superinteressante (Edição 161, Fev/2001), eu me deparei com um artigo sobre testosterona, o principal hormônio masculino. Pesquisas médicas concluíram que, quanto maior a quantidade desse hormônio no sangue, maior é o desejo sexual e a tendência a ser dominador e violento. Constatou-se que homens com testosterona alta têm maior propensão a manter relações extraconjugais. Entre presidiários, os que cometeram crimes mais graves têm níveis mais altos desse hormônio.
Tais dados sugerem que as ações de um homem não são determinadas por ele mesmo, mas sim pela quantidade de testosterona em seu sangue. Como homem, não acho justo aceitar isso a meu respeito, pois creio que Deus governa o homem. Como Deus é Amor e é bom, o homem, criado à Sua imagem, não pode deixar de ser amoroso e bondoso. Deus deu domínio ao homem. Portanto, nós, homens, não somos dominados ou controlados pela testosterona, mas expressamos domínio completo sobre o nosso corpo e sobre nossos desejos e ações.
Apliquei algumas dessas idéias uma vez, quando morava sozinho. Trouxe uma amiga a meu apartamento e acabamos nos beijando e nos sentindo um pouco fora de controle. Decidi orar, negando a influência da testosterona e afirmando que só Deus, o Amor, tem poder e influência sobre mim. Não aceitei ser dominado pelo desejo sexual, mas reivindiquei meu direito inato e espiritual de expressar domínio sobre o corpo. Essa oração me ajudou. Tanto ela quanto eu nos controlamos e nos sentimos satisfeitos por não termos agido por impulso, mas com sabedoria e prudência. Da mesma forma, já dominei impulsos de me tornar agressivo com um rapaz que sempre me aborrecia. Esses exemplos me mostram que o homem tem plena capacidade para se dominar e agir corretamente.
Este trecho de Ciência e Saúde: “Um só Deus infinito, o bem ... estabelece a igualdade os sexos, anula a maldição sobre o homem, e não deixa nada que possa pecar, sofrer, ser punido ou destruído” (p. 340) me dá a certeza de que o homem não é inferior à mulher, visto que Deus estabelece a igualdade dos sexos. Penso também que ninguém está à mercê de hormônios, como se isso fosse uma maldição, porque Deus “anula a maldição sobre o homem”. O homem, governado pela Mente divina, tem o direito divino de expressar domínio próprio e assim ser livre e feliz.
