Um dia, fui à escola como de costume, mas tinha um grande problema: tinha perdido meu caderno. Minha professora de espanhol me perguntou: “Christian, onde está seu caderno?” Eu não queria que ela mandasse um bilhetinho para meus pais e disse a ela que já tinha enchido o caderno e não tinha nenhuma página sobrando.
Daí em diante, passei a mentir para ela. Comecei a encontrar desculpas para ir para a enfermaria e não ter de assistir à aula de espanhol. Isso não aconteceu só uma ou duas vezes, mas muitas. Não gostava do jeito de a professora falar com a gente e achava que ela era muito severa.
Toda vez que ia à enfermaria, a escola mandava um bilhetinho para minha mãe. Daí, ela começou a perguntar o que estava acontecendo. Então, contei para ela sobre minha professora.
Minha mãe explicou que o melhor era ser honesto e contar as coisas direitinho. O que ela me disse me fez pensar que as mentiras são como flechas mentais. E eu precisava me proteger com bons pensamentos. Mantive essa idéia e a pratiquei com muito cuidado. Imediatamente, percebi o que estava acontecendo. Vi que eu estava mentindo por medo de ser castigado. E estava preocupado que a professora não me deixasse participar das atividades com o resto da classe.
Consegui acabar com os pensamentos que estavam me empurrando para a mentira. E parei de mentir. Agora, estou contente que as coisas tenham voltado ao normal na escola. E também gosto mais da minha professora.
