Crescer nem sempre é um processo simples. Sofri de uma doença crônica chamada tóxico-parasítica durante vários anos, até o final da adolescência e início dos meus vinte anos, e, depois disso, passei a sofrer de depressão clínica. O resultado é que fiquei debilitado e com aparência raquítica. Certa vez, meu médico me receitou tranqüilizantes. Após uns quinze dias de sua ingestão, estava andando por um corredor quando, repentinamente, senti-me mentalmente sufocado, como se “as luzes tivessem se apagado”. Assim começou uma escura e longa jornada, em que tentava achar uma saída para encontrar a saúde e algum tipo de normalidade.
Como não estava mais conseguindo freqüentar a universidade na França, liguei para uma tia muito querida que morava no País de Gales, na Inglaterra. Ela literalmente me tirou da rua; fui para lá e fiquei aproximadamente dois anos. Nem ela nem o marido, que era médico, se consideravam cristãos. De fato, ele era agnóstico. Mas, que compaixão cristã! Durante vários anos, eles me acalentaram e cuidaram de mim, enquanto eu recebia tratamento médico especializado. Imagino que não teria conseguido sobreviver sem a ajuda terna e constante dos meus tios. Houve longos períodos em que continuar era simplesmente uma batalha diária. Até as mais simples tarefas, como fazer um curto percurso de ônibus, se constituíam em um grande desafio. Uma popular canção melancólica da época dizia: “Estou à procura de um milagre em minha vida”. Bem, eu realmente estava à procura de um.
Como acabou acontecendo, esse milagre veio pelo meu pai. Papai e eu sempre tivemos um excelente relacionamento. Ele tinha muitas qualidades: um espírito esclarecido, integridade, bom humor, amor pela humanidade e pela natureza e um sentido espiritual espontâneo. Freqüentemente, procurávamos refúgio em um local tranqüilo para conversar. Eu não queria sobrecarregar ainda mais meu pai, mas, após anos de sofrimento, tive de admitir que eu não sabia mais o que fazer. Foi aí que ele disse: “Se a medicina não consegue curá-lo, a Christian Science o fará!”
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