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O amor sempre presente

Da edição de dezembro de 2005 dO Arauto da Ciência Cristã


Quando acordei naquela manhã, meu primeiro pensamento foi: “É quase Natal!” Mas, não foi um pensamento de felicidade. Ao contrário, senti-me sobrecarregada por todos os preparativos para as festas, os quais ainda precisava terminar antes que meus netos chegassem. Além disso, não tinha ninguém para me ajudar.

Normalmente, gosto de começar cada manhã sentindo a presença de Deus e afirmando minha união com Ele. Portanto, foi angustiante descobrir que o fundamento espiritual do meu dia estava repleto de detalhes e preocupações, especialmente no Natal.

Para mim, o Natal é uma ocasião para uma apreciação renovada do Cristo, a mensagem do amor de Deus pela humanidade e que habita em cada um de nós, em nossas afeições mais profundas. Isaías diz: “Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu” (Isaías 9). Um filho é um presente precioso, algo que precisa ser amado e acalentado, algo que precisa crescer em nossos corações.

Eu desejava muito acalentar o Cristo em meu coração, passar por cima da materialidade da época e vivenciar a luz e a beleza do amor de Deus. Mas, quando saí para terminar minhas compras, parecia que simplesmente não conseguiria.

Quando cheguei a uma floricultura, encontrei-a repleta de eufórbias, que cobriam todo o assoalho como um maravilhoso tapete vermelho. A beleza daquele cenário foi como uma inspiração para mim, porque sabia que, em poucos dias, todas aquelas flores seriam vendidas, levadas para casas, igrejas, escritórios e lojas. De certa maneira, senti como se Deus tivesse preparado aquele cenário encantador especialmente para mim, porque Ele sabia que eu precisava sentir Seu amor.

Quando me aproximei do balcão, lá estava Graciela, a filha da proprietária, preparando uma guirlanda de pinho com velas e fitas vermelhas. Enquanto conversávamos, notei a xícara em que ela bebia chá, que por sinal era belíssima, feita de fina porcelana e pintada com um delicado desenho dourado. Era o tipo de xícara que as pessoas preferem guardar em coleções, ao invés de colocá-las em uso. Comentei sobre a beleza da xícara e Graciela respondeu: “Bem, depois de muito sofrimento, prometi a mim mesma que desfrutaria de tudo o que é belo e o usaria. Por que não?”

Ela não me explicou o que queria dizer por sofrimento, mas, intuitivamente achei que ela havia adoecido. Toquei levemente sua mão e disse-lhe que sua decisão fazia muito sentido para mim.

Graciela me trouxe as velas e as fitas de Natal que eu estava procurando retirando a última fita que havia colocado na guirlanda que estivera preparando e recusando-se a cobrar por elas. Sua generosidade surpreendeu-me e, imediatamente eu soube como lhe agradecer.

“Posso lhe trazer um livro que tem me ajudado muito na vida?”, perguntei-lhe. “Ele mostra que saúde e beleza são dons de Deus para a humanidade e que nada pode tirá-los de nós”. Ela concordou. Portanto, fui buscar um exemplar de Ciência e Saúde.

A caminho de casa, eu estava dominada pela alegria. Senti-me libertada do fardo de obrigações materiais como tembém de qualquer sensação de solidão ou tristeza. Foi quase como se eu pudesse sentir os anjos de Deus enchendo todo o espaço, movendo-se ao meu redor com mensagens de consolo e amor. Sabia que isso era obra do Cristo, vindo à minha consciência como uma luz libertadora, mostrando-me que o reino de Deus e sua harmonia celestial estão presentes aqui e agora, na terra. O encanto das flores e da xícara de chá, a generosidade da Graciela e nossa mútua apreciação da beleza, fizeram-me sentir, muito profundamente, que a graça do Cristo estava em meu coração e que nenhuma circunstância poderia tirá-lo de mim.

Voltei e entreguei o livro à Graciela, que o recebeu cheia de gratidão. Quando cheguei em casa, meu telefone tocou. Era uma grande amiga me oferecendo a ajuda de sua empregada, enquanto ela estivesse fora para as festas. Senti que isso também era um presente de Deus, satisfazendo não somente minhas necessidades espirituais, mas as necessidades práticas.

Eu desejava muito acalentar o Cristo em meu coração, passar por cima da materialidade da época e vivenciar a luz e a beleza do amor de Deus.

Essa preciosa experiência de Natal me faz lembrar de uma frase de Ciência e Saúde: “Os cristãos regozijam-se com beleza e abundância secretas, ocultas ao mundo, mas conhecidas de Deus” (p. 15). Regozijam-se naquela beleza secreta que abriu meu coração ao Cristo. Além disso, quando fui movida pelo Cristo, quando o compartilhei com outra pessoa, descobri que ele havia estado comigo o tempo todo.

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