A caricatura de um editorial de jornal publicado há algumas semanas, nos Estados Unidos, mostrava um furacão, chamado “Gripe Aviária”, rumo à Casa Branca, em Washington, D.C. A imagem assustadora de devastação iminente é apenas uma das maneiras pelas quais o medo da gripe aviária está sendo provocado nas pessoas, assim como a cobertura da mídia sobre a epidemia global de gripe espanhola de 1918 e a convicção de que isso é o que nos espera. Tais reportagens apresentam um quadro em escala monumental de desespero e morte; mas, não trazem informações sobre a constatação de um pesquisador da época: Se você derrotar o medo, derrota a doença.
Em 1918, para ajudar os médicos a encontrar um antídoto, 50 marinheiros voluntariamente se expuseram a todas as formas da doença. Foram inoculados com ela, expostos aos pacientes contaminados e até mesmo respiraram dentro de jarros cheios de germes. Mas, nenhum deles pegou a gripe!
Um artigo daquela época do jornal “Enquirer”, de Oakland, Califórnia, comentava: “Esses cinqüenta jovens voluntários se apresentaram como cobaias para testes em laboratório. Isso mostrou que eles não temiam a doença. Em outras palavras, não podiam contrair o que não temiam. Uma vez que não existia o medo, a doença era praticamente não-existente, muito embora todos os esforços fossem feitos para que eles a contraíssem”. O artigo concluía que os casos de “influenza” ou gripe espanhola cessariam, caso as pessoas fizessem como aqueles marinheiros: “a saber, eliminassem o medo da doença” (Sentinel, 12/4/1919).
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