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REFLEXÃO

Gripe aviária? Elimine o medo

Da edição de dezembro de 2005 dO Arauto da Ciência Cristã


A caricatura de um editorial de jornal publicado há algumas semanas, nos Estados Unidos, mostrava um furacão, chamado “Gripe Aviária”, rumo à Casa Branca, em Washington, D.C. A imagem assustadora de devastação iminente é apenas uma das maneiras pelas quais o medo da gripe aviária está sendo provocado nas pessoas, assim como a cobertura da mídia sobre a epidemia global de gripe espanhola de 1918 e a convicção de que isso é o que nos espera. Tais reportagens apresentam um quadro em escala monumental de desespero e morte; mas, não trazem informações sobre a constatação de um pesquisador da época: Se você derrotar o medo, derrota a doença.

Em 1918, para ajudar os médicos a encontrar um antídoto, 50 marinheiros voluntariamente se expuseram a todas as formas da doença. Foram inoculados com ela, expostos aos pacientes contaminados e até mesmo respiraram dentro de jarros cheios de germes. Mas, nenhum deles pegou a gripe!

Um artigo daquela época do jornal “Enquirer”, de Oakland, Califórnia, comentava: “Esses cinqüenta jovens voluntários se apresentaram como cobaias para testes em laboratório. Isso mostrou que eles não temiam a doença. Em outras palavras, não podiam contrair o que não temiam. Uma vez que não existia o medo, a doença era praticamente não-existente, muito embora todos os esforços fossem feitos para que eles a contraíssem”. O artigo concluía que os casos de “influenza” ou gripe espanhola cessariam, caso as pessoas fizessem como aqueles marinheiros: “a saber, eliminassem o medo da doença” (Sentinel, 12/4/1919).

Muitos anos antes, Mary Baker Eddy havia comprovado que eliminar o medo é acabar com a doença. Em Ciência e Saúde, um manual de cura espiritual, escreveu sobre a oração que constitui o tratamento da Christian Science: “Começa sempre teu tratamento acalmando o medo dos pacientes. Assegura-lhes, silenciosamente, estarem isentos de moléstia e de perigo. Observa o resultado dessa regra simples da Ciência Cristã e notarás que ela atenua os sintomas de toda moléstia” (p. 411).

O medo instiga a doença ao sugerir que somos seres mortais, vivendo dentro de um ambiente material, onde a doença pode se desenvolver e atacar de repente. Isso implica que a doença pode agir como uma entidade independente e, até mesmo, se tornar incontrolável. O medo nada sabe sobre Deus porque sua referência é a mortalidade. O medo não pode conceber o Amor infinito que é Deus.

Seja qual for o grau de pensamentos assustadores que aceitamos, entramos na arena onde o medo dita os resultados. Mas, não precisamos entrar ou permanecer lá, pois somos idéias do Espírito, inseparáveis de nosso Pai-Mãe celestial. O medo e a doença não fazem parte da nossa identidade, herança ou futuro, nem da de ninguém. Nunca fomos nem nunca seremos vítimas indefesas, esperando que a doença ataque. Somos os filhos do Amor onipotente, capaz de derrotar o medo.

Não há um componente mortal em nosso ser espiritual, portanto, não existe nada em nós a que o medo possa se atrelar. Uma vez que o medo é a raiz da doença, ao suprimir o medo, suprimimos a doença. Uma Cientista Cristã, que sobreviveu à epidemia de 1918, relatou como venceu o medo ao se defrontar com a gripe: “Uma noite, acordei logo após me deitar. Estava com tanta febre que parecia que o medo iria me derrotar... mas, em minutos, compreendi que Deus, o Amor divino, está sempre conosco e cuida de Sua criação. Então, pensei nas palavras do Salmo 91 e adormeci. Acordei, algumas horas mais tarde, sem nenhuma sensação de desconforto ou dor” (The Christian Science Journal, 10/1919).

Essa mulher foi uma de muitas Cientistas Cristãs, que compartilharam suas experiências de cura da gripe espanhola por meio da oração. Para alguns, a doença foi um vento passageiro. Para outros, foi mais séria: “Meu filho e eu fomos recentemente curados de... influenza (gripe) em sua pior forma. Ele desenvolveu uma doença aguda no pulmão e parecia que ambos íamos descer para ‘o vale da sombra da morte’, mas a Verdade foi vitoriosa e conseguimos galgar até o topo, regozijando-nos e louvando nosso Pai celestial por Seu amor e bondade para com todos os Seus filhos...” (The Christian Science Journal, 06/1919).

Nos relatos de cura pela Christian Science desse período, transparece o estado de alerta dos testemunhantes e a convicção de que Deus é o socorro sempre-presente. As reportagens contam que uma das maneiras pelas quais o vírus operava era enganando o sistema imunológico do corpo, para que ele não pudesse detectar a doença (“The Great Influenza”, John M. Barry, Viking, 2004, pp. 103-104). Essa fraude no nível biológico talvez possa aparecer, sob várias formas, no nível mental. Por exemplo, a passividade: “Vou para a cama mais cedo e me sentirei melhor pela manhã”; o consentimento: “Todos estão pegando a doença, agora é a minha vez”; o desamparo: “Não posso controlar o que meu corpo faz”; a expectativa de doença: “Aquelas pessoas espirraram o tempo todo em que estive com elas; acho que ficarei doente também”. Nesses e em outros casos, há uma aceitação sutil de que somos uma combinação de matéria e Espírito, de mal e de bem; que a mortalidade governa. Mas, ela não governa, nunca governou e nunca governará porque é Deus quem nos governa.

Provar isso em face da doença nem sempre é fácil, mas é totalmente possível. Ciência e Saúde provê os passos a serem dados: “Toma posse de teu corpo e governa-lhe a sensação e a ação. Eleva-te na força do Espírito para resistir a tudo a que é dessemelhante do bem. Deus fez o homem capaz disso, e nada pode invalidar a faculdade e o poder divinamente outorgados ao homem” (p. 393). Ao resistir a “tudo o que é dessemelhante do bem”, afirmamos que a natureza do universo é espiritual e está nas mãos de Deus, que o mal não tem lugar em nossa vida ou no nosso corpo e somos Sua criação espiritual, livre de doença e totalmente bons.

É preciso persistência e espírito de oração diante de sintomas ou de pessoas doentes. Mas, o poder e a capacidade de resistir já são nossos, devido ao relacionamento com a força infinita, o Amor. A doença pretende ter impulso para agir: “Aqui estou, esteja você preparado ou não”. Mas, quando “nos elevamos na força do Espírito”, não somos seres pequeninos, lutando sozinhos contra uma força malévola. Não é a nossa força pessoal que está se elevando, mas a força infinita que governa o universo criado à imagem e semelhança do Bem. Portanto, se a doença bater à sua porta ou à porta de qualquer outra pessoa, quer seja a gripe aviária ou outra qualquer, não tenha medo. Você pode permanecer firme e levar seu caso até à “força do Espírito”. Esse poder irá interromper a trajetória da doença e destruí-la.

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