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Agora, mais do que nunca

Da edição de dezembro de 2005 dO Arauto da Ciência Cristã


Uma canção de sucesso dos anos 60 começa assim: “O que o mundo precisa agora é de amor, do doce amor”. Hoje, mais de 40 anos depois, talvez pudéssemos cantar: “O que o mundo precisa agora — mais do que nunca — é de amor, do doce amor”. Furacões e enchentes que devastam regiões inteiras, regimes de governos injustos que oprimem milhões de pessoas em todo o mundo, genocídio, a epidemia da AIDS — como combatemos tais problemas, aparentemente esmagadores?

Bem, com amor.

OK, concordo. Para muitos, talvez até mesmo para a maioria das pessoas, essa resposta possa ser apropriada como letra de música pop, mas não como uma solução prática e eficaz. Entretanto, acreditamos que a espécie de amor que aplicamos a esses desafios pode, de fato, produzir uma mudança dinâmica. Não a versão pop de amor humano, mas, de preferência, o amor mais poderoso do universo, ou seja, o amor que provém de Deus. Sabemos que esse amor realmente cura, como também transforma e restaura vidas e inspira as pessoas e as nações a realizações incríveis.

Em Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras, Mary Baker Eddy refere-se a Jesus como o melhor homem que pisou este mundo (ver p. 52). Ele provavelmente teve mais influência para o bem, ao longo dos últimos dois séculos, do que qualquer outra pessoa na história. Ele nunca presidiu uma reunião de cúpula do Grupo das Oito maiores economias do globo. Nunca sacou a espada ou deu um tiro. Nunca negociou um tratado. Mas, ele transformava vidas, as salvava e as restaurava, durante o tempo em que viveu na terra e, através de seus ensinamentos, durante os últimos dois milênios. Algo importante: ele ensinou o poder do amor, da humildade, da compaixão, enquanto censurava energicamente o ódio, a justificação própria ou as pretensões do poder pessoal de qualquer espécie. Como ele mesmo disse sobre seu próprio ministério: “Eu nada posso fazer de mim mesmo; na forma por que ouço, julgo. O meu juízo é justo, porque não procuro a minha própria vontade, e sim a daquele que me enviou” (João 5).

Em outras palavras, ninguém é melhor, ninguém é mais estimado por Deus, do que cada um de nós

Podemos ter a mesma confiança que Jesus tinha no poder de Deus, que é próprio Amor divino, para mudar o mundo? Seria fácil para a maioria de nós desejar retaliar a injustiça, tão evidente em todo o mundo: odiar, desejar retaliação, optar pelo “olho por olho” contra nossos inimigos, ao invés de “voltar a outra face”, como Jesus ensinou. Ele perdoou até mesmo aqueles que o crucificaram. Além do mais, Jesus prevaleceu. Não pelo seu próprio poder pessoal ou perspicácia política, mas porque confiou em que Deus o guiaria, o protegeria e asseguraria que seu trabalho continuaria depois dele, para abençoar toda a humanidade.

Ao longo de toda a vida de Jesus, fica claro que a humildade — que não pode ser confundida com fraqueza ou falsa autodepreciação — caracterizou sua conduta. Por exemplo, quando Jesus foi o convidado de honra na casa de um importante fariseu, ele foi abordado por uma mulher de baixa reputação. Ela humildemente banhou os pés de Jesus, primeiro com suas lágrimas e depois com um caro perfume. Ela havia reformado sua vida e, em gratidão e humildade, estava prestando seu profundo respeito àquele santo homem. Mary Baker Eddy perguntou: “Tratou Jesus a mulher com desprezo? Repeliu ele sua adoração?” Em seguida, a importante resposta: “Não! Ele a olhou com compaixão” (Ciência e Saúde, p. 363).

Humildade e compaixão são qualidades de amor que aparecem freqüentemente na teologia cristã. De fato, o próprio Jesus banhou os pés de seus discípulos. Ele lhes perguntou: “Compreendeis o que vos fiz? Vós me chamais o Mestre e o Senhor e dizeis bem; porque eu o sou. Ora, se eu, sendo o Senhor e o Mestre, vos lavei os pés, também vós deveis lavar os pés uns dos outros... O servo não é maior do que seu senhor, nem o enviado, maior do que aquele que o enviou” (João 13). Em outras palavras, ninguém é melhor, ninguém é mais estimado por Deus, do que cada um de nós.

Podemos reconhecer isso em nossa interação com os outros. Podemos sondar o poder do Amor divino, esforçando-nos para ver os outros à luz do Amor divino e indo ao encontro dos outros com compaixão, ao invés de justificação própria, nas situações difíceis. Podemos nos ajoelhar, metaforicamente, e “banhar os pés” dos outros, mesmo daqueles que não concordam conosco. Podemos, no espírito da matéria de capa deste mês, “consolar” o mundo, no sentido mais amplo e mais profundo dessa palavra. Além disso, podemos prometer solenemente nunca desprezar aqueles que pedem nossa ajuda. Na medida em que nós, cada vez mais, imitarmos os exemplos de humildade e compaixão sanadora de Jesus, começaremos a perceber, como resultado, o bem dinâmico, de forma natural e inevitável.

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