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REFLEXÃO

Descubra quem você realmente é

Da edição de dezembro de 2005 dO Arauto da Ciência Cristã


Um grande amigo meu estava se esforçando para descobrir quem ele realmente era. Havia passado por um longo período de depressão e estava sentindo que sua vida já não tinha nenhum propósito ou direção. Os amigos realmente fizeram de tudo para ajudá-lo e dar-lhe apoio, mas ele parecia mergulhar cada vez mais no desespero e na frustração. Era como se tivesse perdido o rumo e, além disso, se desesperava por pensar que havia perdido sua identidade. Não sabia mais quem ele era.

Contudo, meu amigo continuou orando, como também outros de sua igreja oravam para que ele melhorasse. Volvia-se freqüentemente à Bíblia e Ciência e Saúde, de Mary Baker Eddy. Embora, muitas vezes, pouquíssima luz ou inspiração conseguisse atravessar sua escuridão mental, sentia que a única maneira de ficar livre e conhecer a si mesmo, ou seja, seu verdadeiro eu, seria pelo seu relacionamento com Deus.

Quando todas aquelas orações fizeram efeito, chegou o dia em que a luz encheu seus pensamentos e as nuvens se dissiparam. Contou-me que foi como se tivesse realmente “nascido de novo”, sentia-se renovado. Viu a si mesmo como Deus o havia criado. Sentiu-se como filho de Deus e livre!

A Bíblia apresenta inúmeros relatos de pessoas que haviam perdido o rumo ou que não haviam compreendido quem verdadeiramente eram, e depois vivenciaram um tipo de renascimento espiritual ao se encontrar com Deus. Descobrir o próprio relacionamento com Deus, abriu uma nova perspectiva sobre sua verdadeira identidade e individualidade. No Antigo Testamento, existem os exemplos de Moisés, Jacó, Jó e Jonas, para mencionar apenas alguns. No Novo Testamento, o relato dramático de Saulo transformado em Paulo, talvez seja o mais completo (ver Atos 9).

O comportamento de Jacó, anterior à sua transformação, incluía atos deliberados de duplicidade. Ele havia usurpado o direito de primogenitura do irmão. Jacó não fora o homem que deveria ter sido. Ele ainda não havia visto o que Deus via nele. Não se conhecia, realmente. De qualquer maneira, certa noite, Jacó teve de lutar bravamente com um “anjo” de Deus. Deve ter havido uma grande luta interior também, além de um desejo de se transformar em um novo homem. A Bíblia relata que Jacó lutou pela noite adentro. O resultado? Ele foi abençoado. Até mesmo seu nome foi mudado para Israel. Conforme o relato em Gênesis menciona, Jacó havia “prevalecido” (ver 32).

Mary Baker Eddy conclui que, com essa experiência, a própria natureza de Jacó fora radicalmente transformada e ele adquirira o verdadeiro sentido espiritual de seu ser. Em seu livro Ciência e Saúde, ela chega a esta conclusão: “Foi assim que apareceu o resultado da luta de Jacó. Ele havia vencido o erro material pela compreensão acerca do Espírito e do poder espiritual. Isso transformou o homem” (p. 309). Talvez possamos concluir que uma compreensão de Deus como Espírito infinito, onipresente, e de nossa própria natureza como a semelhança pura do Espírito divino, nos transformaria também.

Outro exemplo de transformação espiritual ocorre, mais tarde, no Novo Testamento da Bíblia. Aqui descobrimos que grande parte da missão de Cristo Jesus implicava levar às pessoas as boas-novas sobre quem elas realmente eram como filhos e filhas de Deus, filhos da luz. Ele ensinava a seus ouvintes importantes lições sobre a necessidade de mudar totalmente a perspectiva que tinham de si mesmos: o arrepender-se, ou seja, mudar completamente a maneira de pensar sobre quem eles eram. Por quê? Porque, como disse Jesus: “O reino dos céus está próximo”; “o reino de Deus está dentro de vós”.

Essa é uma teologia radical. As pessoas deixaram de acreditar que teriam de esperar por algum estado de felicidade em algum lugar em um mundo futuro. Jesus estava ensinando e demonstrando que as bênçãos de Deus estão aqui, à mão, e que o próprio reino dos céus está agora dentro da nossa consciência.

Quando Nicodemos, um proeminente líder religioso de seu tempo, veio, certa noite, conversar em particular com Jesus sobre o poder divino por trás de suas obras de cura, ele recebeu uma resposta surpreendente. Nicodemos já estava disposto a aceitar que Deus era o poder por trás do ministério de cura de Jesus. Contudo, Jesus foi mais além na demonstração do que era exigido para se compreender o que tudo isso realmente significava. Jesus disse que Nicodemos, e, de fato, todos os que estão em busca de respostas espirituais, precisavam “nascer de novo”. De acordo com a interpretação bíblica de Eugene H. Peterson, chamada The Message (A Mensagem), Jesus respondeu, em parte: “Ouça o que tenho a dizer: A não ser que uma pessoa nasça lá do alto, não será possível compreender a que estou me referindo, ou seja, ao reino de Deus... a não ser que uma pessoa se submeta a essa criação original — a criação do ‘vento pairando sobre a água’, do invisível movendo o visível, um batismo para uma nova vida — não será possível entrar no reino de Deus” (João 3).

É por esse “batismo para uma nova vida” e pela “compreensão do Espírito” que vamos perceber quem realmente somos, como a criação de Deus. Ciência e Saúde define batismo como: “Purificação pelo Espírito; submersão no Espírito” (p. 581). Portanto, ser batizado em uma nova vida é ser completamente purificado pelo Espírito divino, Deus. É ter toda nossa natureza imersa nas qualidades do Espírito. Além disso, à medida que crescermos em nossa compreensão do Espírito, perceberemos que Deus realmente nos fez à própria semelhança do Espírito. Refletimos o Espírito. Somos espirituais, não materiais.

Quando você olha para o seu reflexo no espelho, você vê sua própria imagem. Às vezes, gostamos do que vemos, outras não, e, às vezes, não estamos tão seguros. Mas, quando olhamos para dentro do Espírito, a Verdade e o Amor, reconhecemos que realmente somos Sua semelhança. Essa não é uma semelhança mortal ou material, mas um reflexo totalmente espiritual. Como Deus é Amor, expressamos unicamente uma natureza amorosa. Deus é a Verdade e o Princípio divinos e expressamos somente integridade. Deus é Vida e expressamos vitalidade constante. Deus é Alma e expressamos beleza, graça, e pureza. Deus é Mente infinita e expressamos inteligência.

Com apenas um vislumbre dessa relação inquebrantável que cada um de nós tem com Deus, conseguimos descobrir nosso propósito individual. Percebemos nosso rumo na vida. Conhecemos a nós mesmos! Assim como meu amigo que foi curado, podemos dizer: uma grande bênção nos foi concedida!

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