Paixões, anseios, desejos — as artes tentam retratá-los, a filosofia tenta explicá-los, a religião tenta sublimá-los. A humanidade passa grande parte de sua existência tentando satisfazê-los. Se você examiná-los em maior profundidade, perceberá que as formas que os desejos assumem, mascaram, com freqüência, questões mais arraigadas.
O vício em drogas, ou a dependência química, talvez disfarce um desejo mais profundo de paz. Pode ser que a gula encubra um anseio por afirmação da própria auto-estima. A promiscuidade sexual talvez reflita o desejo de se sentir amado e cuidado. Profundos anseios podem ser compreensíveis? O que está em questão aqui é como tentamos satisfazê-los. É muito forte a suposição de que o mundo só é compreendido fisicamente, ou seja, somente através dos cinco sentidos físicos. Além disso, a teoria da sensualidade insiste em que todas as idéias são derivadas da sensação física e passíveis de serem reduzidas a ela. Essa teoria, freqüentemente, afirma que o bem mais elevado se encontra na satisfação dos sentidos.
Contudo, a sensualidade, ou seja, a confiança na sensação e no impulso físicos, não somente denigre o interesse espiritual, moral, e intelectual da pessoa, como também não é confiável. Ela está no âmago do conflito mencionado na Bíblia, em Gálatas 5:17: “Porque a carne milita contra o Espírito, e o Espírito, contra a carne, porque são opostos entre si; para que não façais o que, porventura, seja do vosso querer”.
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