Chet: A classe tinha aproximadamente 20 estudantes. Não foi difícil notar a Anne entre os alunos, não apenas porque era alta e bonita, mas porque era uma atriz de verdade. Eu estava apenas fazendo o curso por diversão. Quando nosso instrutor nos deu uma cena importante para contracenarmos juntos, Anne e eu passamos a nos conhecer muito melhor. Eu sempre vinha para os nossos ensaios carregado de páginas com anotações sobre o personagem. A Anne vinha apenas com sua simplicidade e a fantástica capacidade de transformar palavras em emoção verdadeira e palpável. Contudo, embora tivéssemos muito em comum, especialmente nosso amor pelas artes e pela Christian Science, eu estava emocionalmente envolvido em outro relacionamento e perdi completamente a oportunidade de ter uma amizade mais profunda com a Anne, que estava ali mesmo à minha frente.
Anne: Tudo bem, tenho de admitir que realmente gostei do Chet. De fato, nunca havia encontrado alguém como ele, com cabelos ondulados e desalinhados, carregando os livros em uma velha bolsa de couro dos correios em lugar de uma mochila convencional. Um verdadeiro artista, visionário e poeta, criativo e emotivo. Além disso, para um estudante universitário, ele expressava muita maturidade, substância espiritual e autoconfiança. Mas, embora o considerasse muito especial, eu já estava envolvida com outra pessoa. Portanto, Chet e eu encerramos nossa cena, nossas aulas e, finalmente, perdemos o contato.
Chet: Após a formatura, conheci uma cantora e compositora que tinha dois filhos pequenos e me casei com ela. Durante sete anos, mudamos de um lugar para outro, vivemos em três continentes e cinco casas. Aos poucos, fomos nos distanciando um do outro e nosso casamento acabou em divórcio. Foi o período mais triste e deprimente da minha vida, mas também um momento em que renovei meu relacionamento com Deus. Em uma ocasião particularmente triste, uma Praticista da Christian Science compartilhou esta simples verdade comigo: “Seu casamento com Deus continua ininterrupto”. O chão sob meus pés que, durante meses, sentia que estava se desmoronando, começou a se tornar mais sólido, à medida que ponderava essa verdade. Comecei a sentir a natureza imutável de Deus como o próprio Amor e a natureza inalterável do meu relacionamento com Ele e da minha união com o Amor. Comecei a afirmar também, com alegria renovada, que tudo o que eu acalentava sobre casamento ainda me pertencia, não poderia acabar ou me ser tirado, porque era entre mim e Deus e não entre mim e outra pessoa.
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