Começou casualmente, apenas como simples curiosidade, sutil, mas persistente. Acessava sites de pornografia na Internet a cada dois ou três meses. Não achava que fosse um grande problema. Depois, me inscrevi em um site que consistia apenas de apresentações feitas por “amadores”, incluindo muitas pessoas casadas. Achei que não teria maiores problemas, uma vez que não haveria nenhuma exploração.
Ledo engano! Havia, sim, exploração. Percebi que era eu que estava sendo explorado. Comecei a visitar o site com mais freqüência e a notar uma leve mudança na maneira com a qual eu olhava para as mulheres à minha volta. De repente, passei a enxergá-las como objetos, ao invés de como pessoas. Costumava fixar meus olhos nos olhos das mulheres enquanto conversava, mas agora meus olhos passeavam pelos seus corpos, o que me constrangia bastante.
Notei também que meus devaneios em relação a essa nova visão sobre as mulheres começou a abalar meu casamento. Pensei que poderia manter minhas fantasias em um lugar separado no pensamento, sem afetar de forma negativa meu relacionamento com minha esposa, mas estava enganado.
Considero-me uma pessoa devota e sei que a oração sincera freqüentemente põe a descoberto problemas ocultos. Pensava em Deus como Amor, e sabia, lá no fundo, que essa situação não estava permitindo que minha vida refletisse a pureza desse amor. Fiquei surpreendido certo dia, quando, durante minha rotineira oração diária, li esta passagem na Bíblia: “...cada um é tentado pela sua própria cobiça, quando esta o atrai e seduz... Portanto, despojando-vos de toda impureza e acúmulo de maldade... Tornai-vos, pois, praticantes da palavra e não somente ouvintes, enganando-vos a vós mesmos” (Tiago 1:14, 21,22).
Ponderei bastante sobre esses versículos. Em minha mente, eu havia justificado meu hábito, não como algo grave, mas apenas como algo supérfluo, que não estava prejudicando ninguém. Contudo, percebi que enganara a mim mesmo e aos outros. Compreendi que estava impedindo meu progresso espiritual com esse meu desejo de encontrar satisfação na emoção e experiência físicas. A Bíblia estava me dizendo, com muita clareza, que eu tinha de abandonar aquela ilusão.
Senti como se uma luz tivesse se acendido. De repente, perdi todo o desejo de visitar esses sites, e, imediatamente, tomei a firme decisão de abandonar o hábito. Então, à medida que refletia sobre minhas atividades durante os últimos meses, dei-me conta das implicações que meus atos tinham tido sobre meu casamento e próprio bem-estar. Estivera procurando por felicidade e prazer em uma fonte externa. Em realidade, não vinha apreciando o bem que já estava presente em minha vida, como minha amável esposa.
Muitos meses mais tarde, acessei novamente o site. Entretanto, constatei que ele não apresentava nenhum prazer para mim. Que alívio! Isso acabou com minha fascinação por sites pornográficos.
Meu embaraço com mulheres também acabou. Consigo novamente olhá-las nos olhos quando conversamos e, o melhor de tudo, minha esposa e eu agora desfrutamos de um relacionamento muito mais feliz e saudável. Descobri que, à medida que a aprecio mais e valorizo suas qualidades femininas, estou vivenciando um relacionamento perfeito, exatamente aqui onde estou e não em algum lugar fora da minha experiência.
Em Ciência e Saúde, Mary Baker Eddy escreveu: “O Amor divino corrige e governa o homem” (p. 6). Senti, com essa experiência, que fui verdadeiramente corrigido pela amorosa mão de Deus.
Em consideração àqueles envolvidos nessa experiência, o nome do autor foi omitido. Este artigo foi originalmente publicado em www.spirituality.com, nosso site em inglês.
