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Uma sociedade alicerçada na esperança

Da edição de junho de 2006 dO Arauto da Ciência Cristã


Criar uma sociedade fundamentada na confiança, ao invés de no medo e na cólera que, freqüentemente, parecem predominar no mundo, talvez soe como uma espécie de utopia ou algo inatingível. Em uma época em que, como já aconteceu nos Estados Unidos, crianças de seis anos podem ser acusadas de assédio sexual, pessoas inocentes são usadas como reféns, políticos e executivos estão abertamente sob suspeita, é compreensível que nossa primeira reação a tais acontecimentos seja de desconfiança e expectativa do pior.

Contudo, existe uma resposta para a desconfiança e o pessimismo, cuja base está em um modelo espiritual, ao invés de em um modelo político ou econômico. Subjacente a tal cinismo, existe um clamor por estabilidade que somente Deus, Espírito e Alma infinitos, pode satisfazer; um clamor por um mundo melhor, onde a humanidade não mais abandone sua inclinação natural de seguir o mandamento de Jesus: “...que vos ameis uns aos outros” (João 13:34). Em meio ao descaso, perigo e ódio, o mestre cristão simplesmente amava e exortava a todos a sentirem, dentro do coração de cada um, o reino dos céus, o reino do amor (ver Lucas 17:21). Jesus ensinou que, quando o amor de Deus governa o coração humano, a suspeita se dissolve, possibilitando a confiança no bem.

A maioria das religiões tradicionais ensina o amor como seu objetivo final. Elas não só estimulam a prática da bondade e da compaixão como a consideram necessárias para a sobrevivência da raça humana. O puro amor tem o efeito de acalentar a confiança, que é natural a cada um e a todos nós, como filhos de Deus. Construir sociedades onde reina o amor é possível. É nossa responsabilidade individual e coletiva edificá-las, momento a momento.

Em Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras, Mary Baker Eddy mostra a necessidade de se viver com amor. Além do amor familiar, solidário e romântico, ela ensinou que o Amor divino é o próprio Deus. Quando nós valemos desse Amor e O expressamos, nossos atos se tornam altruístas e são reforçados com um poder além do nosso.

Ciência e Saúde declara com muita firmeza, porém com simplicidade: “Em primeiro lugar na lista dos deveres cristãos, deu ele [Jesus] a conhecer a seus seguidores o poder curativo da Verdade e do Amor”; e também que o propósito de Deus é “...criar a confiança no bem” (pp. 31 e 579). A Sra. Eddy comprovou, como também muitos de seus seguidores, que quando amamos, nos engajamos em uma oração prática para erradicar o medo, o ódio e a desconfiança. Viver o amor uns pelos outros, nas minúcias da vida, precisa ser nosso deleite, como também nossa necessidade.

A experiência também ensinou à Descobridora da Christian Science que existem tendências perigosas de pensamento que destruiriam a confiança e que não devem ser ignoradas. Em Ciência e Saúde, a Sra. Eddy referiu-se a essas tendências perigosas como “magnetismo animal”, um termo que se aplica a todo o mal (ver p. 484). Em um artigo intitulado “Caminhos que são vãos”, ela adverte a respeito da maneira pela qual o magnetismo animal “fomenta a desconfiança e a suspeita onde é devida a honra, o medo quando a coragem deveria ser mais forte, a confiança naquilo que deveria ser evitado, a crença de haver segurança onde existe o maior perigo...” (The First Church of Christ, Scientist, and Miscellany [A Primeira Igreja de Cristo, Cientista e Vários Escritos], p. 211).

A decisão individual de ajudar a construir um mundo em que uma maior compaixão pode imperar, livre do medo e da suspeita, poderá nos levar a novos níveis de bem-estar. A decisão de reprimir as pretensões do mal e impedir sua atividade é essencial na criação de uma sociedade alicerçada na confiança. Tal resolução pode começar com uma oração conscienciosa de reconhecimento do controle de Deus sobre os nossos momentos e dias, como também com a disposição de confiar em que Sua bondosa orientação está à mão de todos os Seus filhos e filhas.

Além disso, o mesmo alerta sobre a natureza do magnetismo animal pode prover uma oração na qual se considere a necessidade de honra e de coragem. Podemos honrar a grandeza de Deus, acalentando cada partícula do bem em nós mesmos como Sua expressão. Podemos reconhecer atos de integridade e bondade nos outros, incluindo nossos líderes de governo. É preciso coragem para amar aqueles que foram acusados de delitos, interessar-se o suficiente para reconhecer a inocência deles como expressões de Deus, livres do mal e da suspeita. Podemos nos recusar terminantemente a acreditar que qualquer ação má tenha a capacidade de causar dano, uma vez que não provêm de Deus. A espiritualidade inata, a inteligência e a bondade precisam ser percebidas como verdadeiras, tanto na vítima como no malfeitor.

Se, em qualquer momento, ficarmos aquém da decisão de contribuir dessa maneira devota, as idéias contidas no poema da Sra. Eddy, “Amor”, podem consolar e estimular uma nova tentativa:

“Se a frágil cana vais quebrar
Com ato ou dura voz,
Imita quem nos soube amar,
Curando a todos nós.
Procura em Deus a inspiração
Que os homens une em afeição”
(Hinário da Ciência Cristã, 30).

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