Skip to main content Skip to search Skip to header Skip to footer

ESPORTES

Uma Copa do Mundo, um só país

Da edição de junho de 2006 dO Arauto da Ciência Cristã


Entre 9 de junho e 9 de julho, acontecerá a Copa do Mundo de Futebol masculino, em várias cidades da Alemanha. Trinta e dois times se classificaram para representar seis regiões mundiais. O amor ao futebol e a participação de times que representam países dos hemisférios sul e norte, de diferentes religiões e culturas, e de diferentes situações econômicas, diminuirão muitas diferenças. Se o número de telespectadores se igualar ao da Copa de 2002, um bilhão de pessoas assistirá à partida final.

Existem muitos aspectos nesse evento, em que pelo menos um em cada seis habitantes do planeta participará como espectador. O futebol serve como uma forma maravilhosa de expressar vigor, determinação, trabalho em equipe, espírito desportivo e desenvolvimento para os jovens.

O jogo em si é belo. Penso sobre as crianças de seis anos que estão aprendendo a chutar a bola em direção à rede do time adversário. Lembro-me de gols históricos e do Brasil, único país que participou das dezessete Copas do Mundo já realizadas. Durante a final em 2002, o Brasil inteiro parou durante duas horas para assistir à partida e depois para comemorar o tão esperado Pentacampeonato. Os brasileiros tiveram a imensa alegria de serem campeões mundiais pela quinta vez. Além disso, a nação se orgulha de ser o berço de muitos dos melhores jogadores de futebol do mundo.

Além dos 32 times de 11 jogadores, e um planeta cheio de espectadores, a Copa do Mundo proporciona a oportunidade de se repensar sobre o que a humanidade tem em comum. Embora possa parecer que estejamos divididos de diversas formas, na verdade, estamos todos ligados como uma única família.

Em minha própria jornada rumo a um sentido mais amplo de família, descobri que a Bíblia e Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras, de Mary Baker Eddy, são fontes valiosas de orientação e inspiração. A Bíblia reúne um conjunto variado de escritos que abordam diferentes gêneros, desde a historiografia (como os primeiros cinco livros das Escrituras Hebraicas ou Antigo Testamento), a contos populares (como, por exemplo, o livro de Jonas no Antigo Testamento), a cartas (a maior parte das Escrituras Cristãs ou Novo Testamento, é composta de cartas do Apóstolo Paulo para as comunidades Cristãs que surgiam em sua época), a, até mesmo, um poema de amor (Cântico dos Cânticos, de Salomão). As várias fontes desses escritos e o processo histórico pelo qual eles foram reunidos para formar um todo, é fascinante e inspirador. Contudo, podemos visualizar a Bíblia como um registro da busca de indivíduos e de vários povos, pelo absoluto e divino. Ela registra as aspirações, as decepções e os de alguns de nossos irmãos e irmãs do passado.

O que mais me toca na Bíblia é a profunda humanidade das passagens de que mais gosto. Vamos considerar a história do profeta Jeremias. Apesar de seus próprios receios, da desconfiança e dos maus tratos recebidos pela maioria de seus compatriotas ao longo de várias décadas, ele perseverou em divulgar a notícia de um iminente desastre nacional. Quando a queda de Jerusalém e a deportação de muitos de seus habitantes para a Babilõnia ocorreram, ao invés de adotar uma atitude do tipo: “Eu avisei”, ele escreve uma carta de apoio, ajudando os exilados a reconhecerem o amor incondicional de Deus.

Vamos considerar também o Mestre cristão, Jesus. Defrontado com um homem coberto de lepra, atormentado pela enfermidade e isolado por normas culturais e religiosas, Jesus estende a mão e lhe toca. Vendo, além daquela horrível imagem, a perfeição inata do homem como a imagem e semelhança de Deus, ele o cura.

Tal compaixão humanitária está descrita em Ciência e Saúde. Mary Baker Eddy abre o capítulo “A Prática da Ciência Cristã” com um extenso comentário sobre a visita de Jesus à casa de Simão, o fariseu. Ao contrário do anfitrião, que nem mesmo oferecera água para lavar os pés de Jesus, uma mulher, tida como Maria Madalena, freqüentemente considerada prostituta, lava os pés do Mestre com lágrimas, os enxuga com seus longos cabelos e os unge com um caro ungüento. A Sra. Eddy mostra que o amor demostrado por Jesus ao aceitar com afabilidade essa atenção extraordinária, e o amor contrito dessa mulher, exemplificam a compaixão e o amor profundos que curam.

Essa compaixão e amor profundos transcendem fronteiras nacionais. Em um determinado momento, Jesus elogia um centurião romano por sua fé, e a descreve como sendo maior do que a de qualquer um de seus compatriotas judeus. Em outro exemplo, na parábola do Bom Samaritano, o Mestre ilustra claramente o amor que ultrapassa as fronteiras tradicionais; mostra que o significado de próximo é definido ao expressar humanidade e misericórdia.

Descobri que, embora seja verdadeiro que todos nós temos uma única origem divina, quer sejamos ricos ou pobres, muçulmanos ou cristãos, brancos ou negros, a questão maior é se tenho a perspectiva espiritual, o altruísmo e a paciência para proclamar o Amor universal. Até que ponto estou disposto a avançar em minha humanidade, para deixar que essa união universal seja manifestada em minha vida diária?

Como milhões de pessoas, estou na expectativa da Copa do Mundo, embora o time de meu próprio país, mais uma vez não tenha conquistado o direito de representar sua região. Estarei valorizando esse evento como uma oportunidade de acalentar a família universal de Deus, torcer pelos belos filhos de um único e todo abrangente Pai, e aplaudi-los.

Para conhecer mais conteúdo como este, convidamos você a se inscrever para receber as notificações semanais do Arauto. Você receberá artigos, gravações em áudio e anúncios diretamente via WhatsApp ou e-mail.

Inscreva-se

Mais nesta edição / junho de 2006

A missão dO Arauto da Ciência Cristã 

“...anunciar a atividade e disponibilidade universal da Verdade...”

                                                                                        Mary Baker Eddy

Conheça melhor o Arauto e sua missão.