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Matéria de capa

”É esse!”

Da edição de junho de 2006 dO Arauto da Ciência Cristã


Éramos bons amigos de classe no segundo grau. Estudávamos juntos física e matemática, matérias em que o Mario era ótimo, mas nunca pensei em nada além de amizade, pois ele não me chamava a atenção. Era gordinho, divertido e carismático, mas diferente da imagem do namorado que garotas geralmente têm.

Após o colégio, perdemos o contato.

Enfrentei minha adolescência com as dúvidas e inquietações comuns dessa faixa etária: “Será que vou namorar? Vou me casar? Como vai ser minha vida no futuro? Quero ser mais alta; não gosto do meu cabelo...”.

Resolvia essas ansiedades e os desafios da faculdade por meio do estudo da Christian Science. Conversava muito com praticistas, amigos da igreja e professores da Escola Dominical. Estudava diariamente a Lição-Sermão, como aparece no Livrete Trimestral da Christian Science, composta por trechos da Bíblia e de Ciência e Saúde. Esse estudo me dava uma base espiritual para solucionar meus problemas. Também me dedicava especificamente ao estudo dos capítulos “Matrimônio” e “Desmascarado o Magnetismo Animal”, do livro Ciência e Saúde. Eu me fortaleci e cresci com esse estudo.

Os ensinamentos e a prática da Christian Science me levaram a ter amigos com padrão moral muito bom, mesmo durante a faculdade. Não usávamos drogas, bebidas alcoólicas, nem fumo. Hoje, reconheço que o pensamento espiritualizado sempre me protegeu.

Quando atingi uma idade mais madura, pensei: “Tudo bem se não me casar”. Mary Baker Eddy escreve: “A união das qualidades femininas com as masculinas constitui inteireza... Esses elementos diferentes unem-se com naturalidade uns aos outros, e sua verdadeira harmonia está na unidade espiritual” (Ciência e Saúde, p. 57). Eu me sentia feliz, pois sabia que, como filha de Deus, já era completa. Compreendia que não precisava procurar minha cara-metade para me completar.

Certa noite, fui à Colação de Grau de um amigo e lá reencontrei o Mario. Não nos víamos havia dez anos. Quando o vi, ouvi uma voz: “É esse”! Estranhei e até me questionei: “É esse, o quê”? Após a cerimônia, trocamos telefones.

Relutei em aceitar a inspiração de que aquele seria meu marido, pois me incomodava a maneira como o Mario se vestia e agia. Ele era demasiadamente despojado e extrovertido. Conversava com todo mundo e eu desejava alguém com um comportamento mais recatado. Achava que o namora não daria certo.

Entretanto, questionei se estava enxergando o filho de Deus ou a aparência física do Mario. Comecei a apreciar as qualidades que ele expressava, como criatividade, alegria, inteligência, responsabilidade e inocência, ou seja, passei a ver a identidade espiritual dele. Por isso, começamos a namorar e encarei o relacionamento de forma mais séria. À medida que eu vencia preconceitos, nosso namoro melhorava. Mario tirou carteira de motorista, o que eu achava muito importante, e procurou se aperfeiçoar profissionalmente. Conseguiu um emprego em São Paulo, que exigiu a mudança na sua apresentação e conduta. Todos esses ajustes aconteceram de forma natural e harmoniosa, por meio do crescimento espiritual de ambos, pois Mario começou a estudar a Christian Science e a aplicar seus ensinamentos no seu dia-a-dia.

Depois de um ano e meio de namoro ficamos sabendo que aconteceria uma reunião organizada pel' A Igreja Mãe, chamada “Pioneiros do Milênio Espiritual”, em Boston, Estados Unidos. Desejávamos ir e nos programamos para isso. Mas, também queríamos nos casar e fazer uma viagem de lua-de-mel. Parecia muita coisa ao mesmo tempo. Porém, quando vencemos esse pensamento de limitação, tudo fluiu naturalmente.

Pudemos nos casar, ter nossa lua-de-mel e depois ir ao evento d'A Igreja Mãe, e desenvolvemos mais nossa espiritualidade. Na volta, iniciamos a vida de casados, sem nenhum trauma ou dificuldade.

Quando estamos imbuídos de espiritualidade, transformamos as coisas em pensamentos e esses pensamentos, divinos e infinitos, nos abençoam e suprem as necessidades.

Fundamentamos nossa família nas verdades espirituais que estudamos na Christian Science, pois sabemos que são a verdadeira substância e vida. Sempre penso no lar como o Céu, que é um estado de consciência de harmonia e felicidade. A família reflete a atmosfera mental de todos os seus integrantes. Mario e eu já estamos casados há oito anos e Luigi, nosso filho, já está com dois anos. Temos muita alegria e paz em nosso lar.

Quando estamos imbuídos de espiritualidade, transformamos as coisas em pensamentos e esses pensamentos, divinos e infinitos, nos abençoam e suprem as necessidades. Um carro, por exemplo, é uma idéia que atende à necessidade de locomoção; um apartamento maior supre o espaço para uma criança crescer. Procuro saber que tudo já está suprido por Deus e manifestado por meio de idéias que demonstram a coincidência do humano com o divino.

Ciência e Saúde diz: “É preciso que a paciência realize 'sua obra perfeita' ” (p. 454). Aprendi nessa jornada que é preciso ter paciência. Em questões de relacionamento, não adianta ter pressa, provocar ou manipular situações. O bem se desdobra de forma natural e promove os ajustes e correções necessários para harmonizar a situação. Por isso, sempre dou prioridade ao estudo da Christian Science e ao meu desenvolvimento espiritual.

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