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ESPIRITUALIDADE E CURA

A cura pelo Amor é natural

Da edição de junho de 2008 dO Arauto da Ciência Cristã


Nunca havia sentido nada parecido antes, um amor todoabrangente, tão doce e íntimo, tão profundamente compassivo e incondicional, que nada mais parecia real. Essa terna presença me tocou profundamente, alguns dias após iniciar a Instrução em Classe Primária na Ciência Cristã, enquanto orava sozinha em meu quarto. Chorei por mais de uma hora.

Realmente, isso é que é o Amor, o Amor divino que cura! Alguns anos antes, esse Amor havia me levado do desânimo à esperança, da esperança à cura, quando, após três gestações prematuramente interrompidas, já não acreditava mais poder alguma vez formar uma família. Em desespero, peguei Ciência e Saúde pela primeira vez. Não importava que eu houvesse decidido que era agnóstica. Precisava de ajuda!

À medida que lia Ciência e Saúde, comecei a ponderar, com uma admiração recém-descoberta, o fato de que o Amor divino está em toda parte, que é a fonte de todo o bem, o único Criador e Mantenedor de Sua criação perfeita. O simples fato de vislumbrar tais idéias começou a mudar minha vida para melhor, abrandando o domínio do medo, proporcionando-me a confiança de que a cura viria, o que efetivamente aconteceu.

Hoje, tenho três filhos maravilhosos (e uma preciosa netinha), além de uma maneira inteiramente nova de pensar e viver. Adquiri uma perspectiva mais espiritual sobre a vida, uma compreensão mais plena de que, conforme a Ciência Cristã ensina, somos seres inteiramente espirituais. Sinto uma alegria profunda, cultivo a expectativa do bem e tenho uma postura decididamente mais amável com relação aos outros (pelo menos foi o que me disseram!). De fato, tive nada menos do que uma transformação radical de pensamento e experiência.

Naquele dia, durante a Instrução em Classe Primária, o Amor divino, que havia me curado alguns anos antes, tocou meu coração uma vez mais, de uma maneira como nunca havia tocado antes. Sempre prezarei aquela primeira compreensão sobre o Amor divino como uma presença terna e tangível.

O real Amor-Mãe cura

Posso facilmente me identificar com a mãe que estava com seus filhos no meio de uma grande multidão de pessoas que haviam sido convidadas a visitar a casa de Mary Baker Eddy, há mais de cem anos. De acordo com o relato da mulher, quando a Sra. Eddy olhou para as duas crianças, a mãe se conscientizou da ternura divina pousando sobre tudo e todos ali em volta e vislumbrou, pela primeira vez, conforme ela relata: “o real Amor-Mãe”. A mãe das crianças relembra: “Percebi, pela primeira vez, a irrealidade absoluta de tudo, exceto desse Amor infinito. Não estava apenas presente em toda parte, como a luz, mas era uma presença inteligente que me tocou fundo e descobri-me chorando, enquanto caminhava a esmo embaixo das árvores e dizendo em voz alta: 'Por que nunca conheci você antes? Por que não conheci você desde sempre?'” (ver Twelve Years with Mary Baker Eddy [Doze Anos com Mary Baker Eddy], Amplified Edition, pp. 67-69).

Quando a mãe mais tarde retornou ao hotel, descobriu que uma bolha grande e dolorida na cabeça de sua filha havia desaparecido, sem deixar nenhum vestígio. Claramente, a mulher havia visto a expressão do amor maternal infinito de Deus se manifestando e cuidando gentilmente de Sua criação. Mary Baker Eddy conhecia esse amor inefável do Amor e estava tão imbuída dele, que aquela mãe também o sentiu. Ela passou a ver tudo sob uma nova luz, inclusive seus filhos. Ela enfatizou, em seu relato, que o amor que sentira era divino, não mera afeição humana. Um outro detalhe significativo é a descrição que a mãe faz desse Amor divino como “uma presença inteligente”, que a comovera.

Na minha opinião, essa é a maneira mais importante pela qual o Amor divino transforma nossa vida: Ele “fala” a nós. Nas palavras de um dos meus hinos favoritos, a mensagem sanadora do Amor “...Inda pode ouvi-la agora quem atento escutar” (Hinário da Ciência Cristã, 175). A terna mensagem do Amor eleva a consciência, colocando-a sobre um fundamento espiritual, a partir do qual vemos as coisas de forma diferente, puramente espiritual. Como a luz do sol, o Amor dispersa a névoa d....o pensamento mortal e foca devidamente todo aspecto da natureza de Deus do qual precisamos nos conscientizar. Como isso se relaciona com a cura física? Estar consciente desse perfeito Amor “lança fora o medo”, como disse o Apóstolo João (1 João 4:18). Quando o amor vence o medo (o fundamento da doença), estamos curados.

Quando o Amor toca profundamente o coração da pessoa que busca curar, ou da pessoa que procura ser curada, a doce convicção de que o Amor é tudo o que há inunda o pensamento, dissolvendo toda crença de doença ou imperfeição.

A mensagem do Amor por meio do Cristo

O poder autocomunicador de Deus se revela por meio do Cristo, que Mary Baker Eddy descreveu como “...a idéia verdadeira que proclama o bem, a mensagem divina de Deus aos homens, a qual fala à consciência humana” (Ciência e Saúde, p. 332). Essa verdade fala a nós da maneira como podemos compreender, talvez não em tons humanos, mas por meio de idéias espirituais que, de forma silenciosa, porém radical, acabam com os falsos conceitos a respeito da vida, tais como a crença de que a vida esteja sujeita a forças físicas, além do nosso controle. Jesus estava tão consciente do Cristo, que esse Cristo constituía sua própria natureza. Essa compreensão avançada da nossa natureza divina, que Jesus com tanto sacrifício demonstrou, explica como ele podia curar os outros de forma total e instantânea, e, até mesmo, ressuscitar mortos, insclusive ele mesmo. Jesus falava freqüentemente sobre Deus como Pai, nosso Pai. Contudo, esse Pai certamente pode também ser conhecido como Mãe, o Pai-Mãe divino, que inclui as qualidades tanto masculinas quanto femininas, tal como aquela mãe, que visitou a casa de Mary Baker Eddy, percebeu tão claramente.

De acordo com um relato de um dos primeiros trabalhadores da Ciência Cristã, Irving Tomlinson, a Sra. Eddy ensinava aos seus alunos que: “O Amor é o Pai, que é forte em Seu cuidado por seus filhos e provê a todas as necessidades... O Amor é a Mãe que vela ternamente sobre todos os seus filhos” (Twelve Years with Mary Baker Eddy, p. 103).

Embora os Evangelhos não relatem que Jesus usava a palavra “Mãe” para se referir a Deus, não obstante, ele expressava naturalmente tanto os aspectos paternais quanto maternais do Amor divino, tanto a força como a compaixão. Isso é percebido muito claramente no início do Evangelho de Marcos. No primeiro capítulo, Marcos descreveu Jesus ensinando na sinagoga “como quem tem autoridade” (Marcos 1:22), expulsando espíritos imundos, perturbações mentais profundas (ver Marcos 1:27) e curando doentes de muitas outras enfermidades (ver Marcos 1:34). O relato de Marcos transpira um senso do poder e da força de Jesus. Contudo, também vislumbramos a grande ternura de Jesus na cura do leproso que lhe rogou que o “purificasse”. Marcos escreveu que Jesus ficou “profundamente compadecido, estendeu a mão, tocou e lhe disse: Quero, fica limpo”! (Marcos 1:41). Como conseqüência, o homem foi curado.

Quando tempo fazia que aquele homem havia realmente recebido um toque humano? Tocar um leproso era contra a lei judaica. Entretanto, o amor que Jesus sentia sobrepunha-se a qualquer obediência formalística. A resposta do Mestre, cheia de compaixão pelo homem, demonstrou a expressão de Deus como Mãe, curando o homem com o toque de ternura. O Amor, tanto forte quanto terno, tanto Pai como Mãe, transformou a vida do leproso por meio da compaixão crística de Jesus.

O Amor vê somente o encanto

“O Amor jamais perde de vista o encanto. Sua auréola pousa sobre seu objeto” (Ciência e Saúde, p. 248).

Certa vez, perguntei ao meu professor de Ciência Cristã, durante a classe em que o Amor divino se tornou tão tangível para mim, como eu também poderia curar tão natural e rapidamente como Jesus havia curado o leproso. Ele respondeu: “O que você acha que o Amor vê em seu paciente?”

“Somente o encanto”, disse eu.

“Bem”, ele respondeu, “é assim que você conseguirá.”

Quando o Amor toca profundamente o coração da pessoa que busca curar, ou da pessoa que procura ser curada, a doce convicção de que o Amor é tudo o que há inunda o pensamento, dissolvendo toda crença de doença ou imperfeição. Lembro-me da história de uma amiga, há alguns anos, cuja oração sincera por sua filhinha lhe proporcionou, como jovem mãe, um senso muito tangível desse Amor transformador.

Quando ainda muito bebê, a filha recebeu um diagnóstico médico de que tinha uma cavidade no coração. Sua mãe aceitou um exemplar de Ciência e Saúde que eu lhe oferecera e começou a estudá-lo. Imediatamente, a criança, que estivera muito indisposta, começou a agir como qualquer outra criança feliz e saudável. Contudo, quando completou 18 meses, ela foi levada a um hospital infantil muito conceituado em Londres para fazer alguns testes, os quais revelaram que uma operação para fechar a cavidade seria necessária, quando completasse quatro anos. A mãe continuou a estudar a Ciência Cristã, aprendendo mais sobre Deus e a perfeição de sua filha.

Não são necessários anos de aprendizado em metafísica ou uma montanha de conhecimento espiritual para dar testemunho do poder transformador do Amor infinito. Necessita-se apenas de um coração receptivo ao fato de que o Amor é tudo o que há.

Orávamos juntas, de vez em quando, especialmente quando a criança completou quatro anos e foi levada para os testes pré-operatórios. Meu coração estava repleto de compaixão por aquela família, enquanto orava para saber que somente a presença do Amor divino cuidava da menininha com um amor tão perfeito, que a mantinha totalmente isenta de qualquer imperfeição. Também, que essa criança era feita à própria imagem de Deus (ver Gênesis 1:26), nunca sujeita a qualquer outro poder, senão o bem. No dia seguinte, a família voltou para casa com notícias maravilhosas. A cavidade havia se fechado completamente, a despeito do diagnóstico médico anterior de que isso seria impossível. A operação se tornara desnecessária. Essa criança é agora uma jovem adulta ativa e a cura foi permanente. O Amor havia transmitido a todos somente o que era verdadeiro a respeito de sua filha.

Não são necessários anos de aprendizado em metafísica ou uma montanha de conhecimento espiritual para dar testemunho do poder transformador do Amor infinito. Necessita-se apenas de um coração receptivo ao fato de que o Amor é tudo o que há. É essa a razão das crianças se curarem tão facilmente. Seus pensamentos puros são inocentes e muito receptivos a essa realidade, como também podem ser os nossos. Quando abrimos nosso pensamento dessa maneira, ficamos maravilhosamente cientes da terna presença do Amor divino, em toda parte.

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